sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Carlos Romero faz balanço de “A Usurpadora”


Carlos Romero é autor dos sucessos “Maria do Bairro” (2006) e “Marimar” (2004). Por conta dos ótimos índices de audiência de suas tramas, voltou a comandar a faixa das 22h a partir de agosto deste ano com “A Usurpadora”. A trama, que girou em torno de irmãs gêmeas e de uma usurpação por parte da “irmã boa”, começou com promissores 28 pontos no IBOPE e viu seus índices alcançarem os 29 – no entanto, os números foram caindo no decorrer das semanas, a ponto de registrar meros 20 pontos em um sábado: recorde negativo histórico de uma novela do horário.

A trama, que novamente não deu ênfase a temas sociais, assim como as duas novelas anteriores do autor, foi protagonizada por Gabriel Spanic e Fernando Colunga. Spanic deu vida à mocinha e vilã: Paulina Martins e Paola Bracho, respectivamente. Na entrevista abaixo, o novelista comente sobre a trama, audiência e outros pontos. Confira:

Qual é o seu balanço da vida?
“Como sempre, é altamente positivo. Vejo ‘A Usurpadora’ da mesma forma que enxerguei ‘Marimar’: como uma inovação, foi uma novela que apresentou um tema já bastante conhecido e explorado, que é o das irmãs gêmeas separadas quando crianças, mas apresentado de uma maneira bem diferente, que foi a usurpação consentida, recheada de situações folhetinescas. Paola e Paulina são personagens que estavam no meu imaginário há muito tempo, antes mesmo de ‘Marimar’ surgir. E a novela saiu exatamente como eu planejara. Sou grato ao SBT pela liberdade e confiança. Contei o que eu queria contar, e da forma que eu desejei também.”

Existe algum ator da novela que você apontaria como revelação?
“Certamente Gabriela Spanic. E se alguém diz o contrário, só pode ser louco! O papel das gêmeas não foi escrito pra ela, e sim pra Thalía, todo mundo sabe disso. Criei o perfil das personagens pensando na interpretação da Thalía, então quando ela recusou a novela, foi um baque daqueles. Quase entrei em desespero, porque não conseguia pensar em ninguém que pudesse dar o tom que eu achava necessário às duas. Então a Gabi fez o teste e eu fiquei boquiaberto. Aplaudo a intensidade, a força de vontade com a qual ela carregou duas personagens completamente diferentes e pesadas, por mais de seis meses. Também preciso ressaltar Chantal Andere, como Estephanie. Fernando Colunga, Libertad Lamarque, e vários outros. Todo mundo se saiu bem.”

Alguma coisa da novela caiu no gosto do público e você ficou surpreso, por não achar que iria render?
“Coisas que eu não esperava, não aconteceram. Mas tivemos várias discussões na boca do povo. Paola Bracho foi uma vilã que pegou. Recebeu muitas críticas, mas muitos elogios também. Acho que ela cumpriu com seu papel, tanto dentro quanto fora da novela.”

Em sua terceira novela às 22h, você conseguiu identificar agora qual o público deste horário?
“Vou manter a resposta que dei antes. Até agora, não acho que o horário tem um público fixo. Acho que é mais um público ‘vou ver esse programa porque ainda não quero dormir’, vem logo após a novela das 21h, que por sua vez é popular há muitos anos, e isso varia. É como se fosse um horário gancho. Ele pega quem se interessar por ele e vai nessa até o fim. Depende de cada produto e do que o público gosta. As novelas até agora se saíram melhor na audiência do que as séries e minisséries. E isso não quer dizer nada.”

“A Usurpadora” iniciou com índices modestos de audiência, mas acabou caindo bastante. Nas últimas semanas, fechou com médias abaixo dos 25 pontos. Você está satisfeito com os índices?
“Eu sempre vou querer o melhor para minha novela. Acompanhei os índices de audiência, vi que estavam caindo com o passar das semanas, mas se manteve na meta, que é de 25 pontos. Foi, sim, consideravelmente menor que ‘Marimar’, mas eu não mudaria nada. Fiquei satisfeito porque fizemos o melhor que podíamos com essa história e, pra mim, está de bom tamanho.”

E quanto aos seus próximos projetos?
“O SBT já me convidou para escrever uma novela das 22h em 2008. Mas tive que recusar. Praticamente emendei ‘Maria do Bairro’ com ‘A Usurpadora’, tive apenas algumas semanas de descanso entre uma novela e outra, preciso descansar pra ter ideias melhores, que não repitam o que já contei em minhas novelas anteriores. Não sei quem vai assumir o horário agora, alguns autores estão sendo convidados. Mas desejo toda sorte a eles. Quem sabe eu esteja de volta em 2010.”

O último capítulo de “A Usurpadora” vai ao ar hoje, às 22h.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Terminam as gravações de “A Usurpadora”


As gravações da atual novela das 17h do SBT, “A Usurpadora”, foram concluídas no fim da tarde desta sexta-feira (21/12).

Atores e produção irão se reunir apenas na próxima sexta-feira (28/12), em uma churrascaria em São Paulo, para comemorar o término dos trabalhos e assistir juntos à exibição do último capítulo do folhetim. A trama termina com um total de 105 capítulos.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

FIM DO MISTÉRIO: Paola Bracho morre em “A Usurpadora”

Comandadas pela diretora Beatriz Sheridán, as cenas do acidente de Paola Bracho foram gravadas em várias etapas durante toda a tarde do dia 3 de dezembro. Foram realizadas tomadas aeres e térreas do acidente em uma estrada pouco movimentada no litoral de São Paulo. As sequências também contaram com Azela Robinson, que em determinado momento, é arremessada do carro durante o capotamento.

O autor de “A Usurpadora”, Carlos Romero, escreveu e entregou o capítulo 97 no dia 21 de novembro. Segundo ele, desde o início do projeto, a morte de Paola estava certa.

“A morte da Paola Bracho estava na sinopse que entreguei somente ao diretor de dramaturgia da emissora. Só ele e eu sabíamos que isso, eventualmente, iria acontecer na reta final da trama. Na segunda quinzena de março, procurei novamente a Beatriz Sheridan, e o Salvador Alejandre, para dizer que assim como em ‘Marimar’, o final da vilã seria apresentado uma semana antes do final da novela”, revela.

O autor reforça a ideia de que a novela não fica sem foco após a morte de Paola – que ocorre mesmo apenas na última cena do capítulo 99 –, e que os 8 capítulos após a tragédia marcam, de certa forma, o início prematuro de uma “nova novela”.

“Quando a Angélica morreu em ‘Marimar’, todo mundo se preocupou que ficaríamos sem antagonista, o que não ocorreu lá. Em ‘A Usurpadora’, espero que essa preocupação nem ao menos exista. Embora Paola seja a nossa antagonista principal, a novela tem uma junção de outros vilões. Dentre eles, o mais forte ali pra carregar a novela ao final é o Willy. Ele já se mostrou ser sem limites, quando atirou em Carlos Daniel. Nos últimos capítulos, uma nova vilã vai aparecer, apenas pra balançar um pouco as coisas na família Bracho. ‘A Usurpadora’ termina mesmo no capítulo 102. Os 3 restantes são uma história nova”, diz.

“Ao contrário da morte da Angélica, não existe poesia no desfecho da Paola. Ela era má, mas não tinha matado ninguém ou algo do tipo. Isso ocorre em um descuido, em um momento de fúria e desespero. É o momento pra ela acordar e tentar buscar redenção, antes que seja tarde demais”, completa o autor.

Gabriela Spanic comentou sobre o fim da personagem:

“Carlos Romero me contou há mais de um mês. Me convidou para jantar e então revelou seus planos para a Paola, e se eu concordava. Acho que ele faz isso com todas as intérpretes de vilãs de suas novelas. Paola foi um desafio na minha carreira, e confesso que fiquei desapontada por ter que me despedir da personagem um tanto mais cedo. Mas não quis opinar, é a novela dele, a obra dele. Se ele acha que esse é o fim adequado pra ela, eu tenho que ir lá e fazer do jeito que ele escrever. Fiquei satisfeita, ao mesmo tempo”, disse.

Já Azela Robinson adicionou: “Foi minha primeira cena assim durante toda minha carreira. E ainda na minha primeira novela. Só fiquei sabendo da morte da Paola quando li o roteiro, já que Elvira está presente. Foi difícil de gravar, verdade, mas o resultado final é satisfatório”.

Confira como acontecerá a morte da vilã:

Chocada com os planos e atrocidades da vilã Paola (Gabriela Spanic), a enfermeira Elvira (Azela Robinson) decide pôr fim à parceria de mentiras com a megera. A jovem procura a Vovó Piedade (Libertad Lamarque) e revela que Paola nunca esteve inválida, enganando toda a família Bracho durante todo esse tempo. O que Elvira não esperava, é que Paola estaria ouvindo toda sua conversa atrás da porta.

No dia seguinte, Elvira decide contar à patroa que não vai mais ser sua família. Já Paola, sínica, fingindo que não sabe de nada, convida a enfermeira para um passeio e sequestra, afastando-se da cidade, enfurecida por ter sido traída e jurando se vingar. Desesperada, Elvira tenta fazer com que Paola pare o carro e agarra o volante, fazendo a vilã perder o controle. Em uma curva, o carro cai de uma serra e arremessa a enfermeira para fora, que morre na hora. Paola cai desacordada próxima ao carro, severamente machucada, e o carro explode.

O processo da morte de Paola dura os dois capítulos seguintes, quando ela percebe as crueldades que fez contra a família Bracho e se arrepende. Seu último suspiro ocorre na última cena do capítulo 99.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Carlos Romero entrega último capítulo de “A Usurpadora”


O autor Carlos Romero já concluiu o texto da atual novela das 22h do SBT, “A Usurpadora”.

“Mesmo com os resultados abaixo das novelas antecessoras no horário, ‘A Usurpadora’ deixa sua marca. A vilã Paola Bracho conquistou fãs e está na boca do povo. E eu estou muito satisfeito com esse resultado. Além disso, fico feliz por finalmente colocar a palavra ‘fim’ no roteiro da novela, que é uma trama que estava na minha cabeça há anos. Vê-la no ar, e vê-la sendo finalizada, é extremamente gratificante”, comentou.

O último capítulo de “A Usurpadora” vai ao ar no dia 28 de dezembro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Gabriela Spanic grava cenas secretas de “A Usurpadora”

A produção da novela “A Usurpadora” trabalhou em cenas secretas para os próximos capítulos da trama durante a tarde de hoje (03/12). A atriz Gabriela Spanic, interpretando a maquiavélica Paola Bracho, esteve presente com Azela Robinson, intérprete da enfermeira Elvira, no litoral de São Paulo.

A diretora Beatriz Sheridan e o produtor Salvador Alejandre cortaram as sequências do roteiro recebido pelos outros atores do folhetim. A mesma medida foi realizada com “Marimar” (2004).

“Os outros atores recebendo o capítulo completo, leriam toda a descrição da cena e acabaria com o impacto completo. Obviamente, nas cenas que gravaremos amanhã para o capítulo 98, todos irão saber. Mas só verão como ocorre ao assistirem no SBT”, disse Beatriz.

Já Gabriela Spanic comentou:

“São cenas bem intensas, que nos tomaram a tarde inteira para realizar, praticamente. Precisaram de extremo cuidado e muita preparação. Eu estava muito nervosa, mas felizmente deu tudo certo. Todos vão ficar bem surpresos.”

E o produtor Salvador concluiu:

“O tipo de cena que o Carlos Romero pediu exigia uma atenção dobrada. É um cenário diferente e um trabalho meticuloso, que existe um olhar sobre os detalhes. Há semanas buscamos uma locação adequada. O público vai vibrar com a cena”.