CORDEL ENCANTADO


Cordel Encantado” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
 
Autoria: Duca Rachid e Thelma Guedes.
Escrita por: Duca Rachid, Thelma Guedes e Thereza Falcão.
Colaboração: Manuela Dias, Daisy Chaves, Júlio Fischer e Alessandro Marson.
Direção: Amora Mautner, Gustavo Fernandez, Natália Grimberg, Thiago Teitelroit e Ricardo Waddington.
Direção geral: Amora Mautner.
Direção artística: Ricardo Waddington.
 
Exibida no horário das 18 horas entre 7 de julho e 19 de dezembro de 2014, em 143 capítulos, substituindo “Araguaia” e sendo substituída por “A Vida da Gente”. Foi a 77ª “novela das seis” exibida pela emissora.
 
Está sendo reapresentada em “Vale a Pena Ver de Novo” na faixa das 15h15 desde 31 de maio de 2021, substituindo “Cobras & Lagartos”.
 
Contou com Cauã Reymond, Bianca Bin, Bruno Gagliasso, Nathália Dill, Jayme Matarazzo, Domingos Montagner, Carmo Dalla Vecchia, Lucy Ramos, Matheus Nachtergaele, Zezé Polessa, Marcos Caruso, Luiz Fernando Guimarães, Nanda Costa, Osmar Prado, Cláudia Ohana, Luana Martau, Ana Cecília Costa, Luiza Valdetaro e Débora Bloch nos papeis principais.
 
TRAMA PRINCIPAL
 
A trama tinha como ponto de partida as lendas heroicas do sertão nordestino e o encantamento suscitado pela realeza europeia, temas presentes nos poemas de cordel, originados na Europa da Idade Média. A partir dessa base narrativa, criou-se o romance do casal central da novela, formado por Açucena (Bianca Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no Nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu; e Jesuíno (Cauã Reymond), um jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região.
 
A PROFECIA
A história começa com uma profecia. Em Brogodó, pequena cidade no sertão do Nordeste, o pregador Miguezim (Matheus Nachtergaele), santo para uns, mendigo e louco para outros, tem um sonho. Nele, uma bola de fogo aparece no céu em uma noite escura e cai na mata do sertão. O fogo se espalha e a devasta. De manhã, no meio das cinzas, a chuva faz brotar uma pequena e delicada flor vermelha: a açucena, ou lírio. Miguezim acredita que o sonho seja um aviso. Segundo ele, está para surgir um rei no sertão, que transformará tristeza em alegria; fome em fartura. Quem também tem esse sonho é o monarca Augusto (Carmo Dalla Vecchia). A diferença é que ele está do outro lado do Atlântico, na velha Europa, mais precisamente no reino de Seráfia do Norte. Ao acordar angustiado, ele procura o conselheiro Amadeus (Zé Celso Martinez) para ajudá-lo a decifrar o significado do sonho. O velho sábio lhe diz que as imagens representam uma longa viagem que Augusto fará ao hemisfério sul. Ele conta que, nessa viagem, haverá um conflito que o fará deixar por lá um bem precioso, mas que, graças a isso, esse lugar tão longínquo finalmente poderá conhecer a felicidade e a justiça.
 
É em Seráfia do Norte que nasce a protagonista dessa história: a princesa Aurora Catarina Ávila de Seráfia (Bianca Bin), filha de Augusto e da rainha Cristina (Alinne Moraes). E esse nascimento ganha ares de milagre, pois pode trazer a solução para os conflitos entre reinos vizinhos e inimigos. A cisão entre Seráfia do Norte e Seráfia do Sul, em guerra há anos, ocorreu após uma revolução popular, e, desde então, os dois reinos vivem conflitos que parecem não ter fim. O acordo para o término dos combates é selado no leito de morte do rei Teobaldo (Thiago Lacerda), monarca de Seráfia do Sul. Vendo o marido muito ferido, depois de mais uma terrível batalha, a rainha Helena (Mariana Lima) vai ao castelo inimigo amaldiçoar toda a família do rei Augusto. Faz isso grávida de Inácio (Maurício Destri) e acompanhada de seu filho mais velho, Felipe (Jayme Matarazzo). O monarca se comove com a dor de Helena e, por sugestão de Cristina, propõe um acordo a Teobaldo, ferido mortalmente: seus primogênitos Aurora e Felipe devem se casar quando atingirem a maior idade, unificando e trazendo paz aos dois estados. Teobaldo aceita o acordo e morre logo depois. As duas crianças são apresentadas publicamente como os futuros reis de Seráfia.
 
EXPEDIÇÃO
Seguindo a interpretação onírica feita por Amadeus, uma longa viagem começa a ser planejada. Zenóbio Alfredo (Guilherme Fontes), botânico de Seráfia do Norte, que estava no Brasil envolvido com pesquisas científicas, traz ao rei notícias de um tesouro, escondido em terras tropicais pelo fundador do reino, Dom Serafim. O botânico sugere que o rei financie uma expedição a Brogodó, e Augusto, amante das ciências e das aventuras, não só concorda com a ideia como faz questão de liderar a empreitada. O rei só não contava que sua esposa, a rainha Cristina, resolveria acompanhá-lo, levando consigo a pequena Aurora.
 
Augusto e sua rainha vivem uma vida harmoniosa e feliz, sem imaginar que estão cercados por dois vilões: Úrsula (Débora Bloch), cunhada do rei, e Nicolau (Luiz Fernando Guimarães), o atrapalhado mordomo da corte. A bela, elegante e sofisticada duquesa é a pessoa mais perigosa e falsa de todo o reino. Ajudada por Nicolau, seu amante, Úrsula deseja se tornar rainha. E a viagem a Brogodó é a chance que a duquesa sempre quis para se livrar de Cristina e da princesa.
 
OS VILÕES
Úrsula sempre foi desejada por todos os homens de Seráfia e chegou a ter um breve romance com Augusto, mas, trocada pela plebeia Cristina, acabou casando-se com Petrus (Felipe Camargo), irmão mais novo do rei, com quem teve Lady Carlota (Luana Martau). Um dia, Petrus flagra uma conversa de Úrsula e Nicolau, em que ela confessa seus planos de tirar do seu caminho a rainha e a princesa. Antes que ele conte tudo o que descobriu ao rei, Úrsula e Nicolau o prendem em uma masmorra, escondendo seu rosto atrás de uma máscara de ferro. O plano é executado com sucesso, e ela mente a todos, anunciando a morte do marido. Após a “viuvez”, Úrsula acredita ser mais fácil dar fim à rainha Cristina e à princesa Aurora.
 
A sede de poder da dupla de vilões é crescente: no Brasil, para onde se muda com a corte europeia, o casal continua a planejar e executar planos para conseguir o que quer. No decorrer da novela, revela-se que Lady Cecília (Sofia Terra), que Úrsula criava como sobrinha, é filha da vilã com o general Baldini (Emílio de Mello), militar do exército de Seráfia do Norte.
 
CANGAÇO
Em Brogodó, para onde os poderosos do reino de Seráfia do Norte se direcionam, um cangaceiro abre mão de sua esposa e de seu filho para seguir no cangaço com a certeza de que seus familiares estarão seguros. Na calada da noite, o capitão Herculano (Domingos Montagner), o mais temido dos cangaceiros, leva sua mulher, Benvinda (Claudia Ohana), e Jesuíno, de dois anos, para a casa do coronel Januário (Reginaldo Faria), dono da maior fazenda da região. Em troca, o cangaceiro oferece ao coronel proteção contra seus inimigos. Antes de ir embora, o cangaceiro promete buscar Jesuíno quando ele for adulto. Revoltada, Benvinda jura que nunca permitirá que o filho ingresse no cangaço para viver em meio à violência, à dor e ao sofrimento. Mas para Herculano, o destino do pequeno Jesuíno está traçado: ele é filho do rei do cangaço, herdeiro do pai. Essa é a sina do menino, e nada poderá mudá-la. Benvinda se arrepende de ter se unido a Herculano em busca de uma vida de aventuras, pois acabou amendrontada.
 
Enquanto rei Augusto lidera a expedição da corte a Brogodó, Nicolau descobre que Herculano pretende roubar a comitiva. O mordomo sugere a Úrsula que essa seria a ocasião perfeita para colocar em prática seu plano de se livrar da rainha Cristina e da pequena Aurora. Assim que o tesouro é localizado, Herculano ataca a comitiva de Seráfia. Nicolau se aproveita da confusão e rouba a carroça com o tesouro, sequestrando a rainha e a princesa, acusando os cangaceiros do crime. Na fuga, no entanto, a roda da carroça quebra, e Cristina vê a oportunidade de fugir. A rainha consegue chegar à casa dos lavradores Euzébio (Enrique Diaz) e Virtuosa (Ana Cecília Costa) e implora para que eles fiquem com sua filha, evitando que a criança seja vítima de Úrsula.
 
Nicolau consegue recapturar Cristina, mas demora a perceber que o bebê não está mais com ela. Os dois lutam em uma carroça em movimento, que acaba caindo em um precipício. Nicolau se salva, mas Cristina, não. O veículo voa pelos ares, levando consigo a rainha de Seráfia e o tesouro.
 
Quando acaba a luta do rei Augusto e de seus homens contra os cangaceiros, Herculano volta sozinho para seu esconderijo e, no caminho, depara-se com os destroços da carroça, no fundo de um precipício. Ele encontra Cristina, que, à beira da morte, faz seu último pedido: que Herculano conte ao rei Augusto a verdade sobre Aurora.
 
A PERDA
Após a batalha, o rei Augusto procura a esposa e a filha, mas não as encontra. Zenóbio, por sua vez, percebe o sumiço do tesouro. Nicolau, então, reaparece e conta sua versão sobre o ocorrido: diz que viu cangaceiros fugindo com a rainha, a princesa e o tesouro em uma carroça. Já para a duquesa, o mordomo jura que conseguiu se livrar da rainha e da princesa. O rei continua vasculhando a região à procura da esposa e da filha, em vão. Convencido de que as duas estão mortas, Augusto viaja de volta ao seu reino – exatamente como seu sonho profetizara –, deixando no Brasil seu bem mais precioso: sua filha, a princesinha Aurora.
 
Após muitas buscas, o rei aceita a morte da filha, sem imaginar que ela está viva e a salvo, no outro lado do Atlântico, sendo criada com muito amor. Aurora foi batizada pelos novos pais com o nome de Açucena, a mais bela flor do sertão. Os lavradores trabalham na fazenda do coronel Januário e contam com a amizade de Angélica (Beth Berardo), a bondosa esposa do fazendeiro, na criação da menina. Angélica se realiza ajudando no desenvolvimento de sua afilhada, já que sempre sonhou em ter uma menina. Angélica, mãe de Timóteo (Bruno Gagliasso), consegue engravidar novamente, mas não resiste ao parto e morre sem conhecer sua tão esperada filha Antônia (Luiza Valdetaro).
 
AÇUCENA E JESUÍNO
A linda Açucena cresce feliz, educa-se na escola da cidadezinha e vive cercada de amigos – entre eles, Jesuíno. Coincidentemente, ambos desconhecem suas verdadeiras origens: Jesuíno não sabe que é filho do cangaceiro, e Açucena, que é filha de um monarca da realeza europeia. Os dois têm muitas afinidades e são companheiros inseparáveis. Jesuíno também protege a moça contra as maldades de Timóteo, o problemático filho do coronel. Os anos se passam, e a forte amizade vai virando amor.
 
Com o tempo, Açucena se transforma em uma linda moça, e Jesuíno, em um rapaz bonito, forte, generoso e brincalhão, o braço-direito do coronel Januário. Mas as coisas se complicam para o casal quando o padrinho do rapaz morre, e Timóteo, recém-chegado do Rio de Janeiro, assume o lugar do pai na fazenda. Herdeiro do prestígio do coronel, o “playboyzinho” se embriaga com o poder e começa a maltratar os pobres sertanejos de Brogodó. Jesuíno, que administra a fazenda, tenta ajudar os empregados como pode, diante da piora das condições de trabalho impostas por Timóteo. Na verdade, os dois não atendem ao pedido de Januário, feito antes de ele morrer. À beira da morte, o coronel chama filho e afilhado para uma conversa. Em um clima de despedida, declara que sempre gostou dos rapazes igualmente, palavras que sensibilizam Jesuíno e provocam ciúmes em Timóteo. Muito fraco, o coronel suplica que ambos tentem conviver em paz, apesar de amarem a mesma mulher.
 
Mesmo com todos os problemas, Jesuíno está muito feliz por ter conseguido juntar dinheiro para realizar seu maior sonho: casar-se com a amada Açucena. O que ele não sabe é que seu casamento corre perigo. Timóteo não se conforma em perdê-la para Jesuíno e se esforça para impedir o casamento.
 
A REVELAÇÃO
Passados 20 anos, o cangaceiro Herculano decide cumprir a promessa que fez à rainha Cristina: contar ao rei que sua filha está viva. Sabendo que Zenóbio, o único cidadão europeu da região, mantém contato direto com o monarca, conta tudo o que sabe para o botânico, que, em seguida, decide ir a Seráfia para dar pessoalmente a notícia ao rei.
 
O rei Augusto mal pode conter a ansiedade em chegar a terras brasileiras e reencontrar sua filha Aurora, dessa vez acompanhado da rainha-mãe Efigênia (Berta Loran). Preparada para fazer amizade com os nativos, ela leva espelhos, miçangas e outras bugigangas. Quem não demonstra a mesma felicidade é Úrsula. A duquesa culpa Nicolau pela volta ao sertão brasileiro e pela interrupção do casamento de Carlota com Felipe, já que a noiva prometida ao rapaz, a princesa Aurora, está viva. Os príncipes e irmãos Felipe e Inácio também estão de malas prontas e apreensivos para começarem as buscas. Ao chegar ao Brasil, eles se instalam no palácio da prefeitura de Brogodó.
 
Ao descobrir ser filha do rei – tendo ouvido uma conversa entre Augusto e seus pais adotivos –, Açucena fica confusa e não admite ter de abandonar Jesuíno e seus pais de criação para se tornar uma nobre. Assim que recebem a notícia de que Açucena é, na verdade, a princesa Aurora, o prefeito Patácio (Marcos Caruso) e sua mulher Ternurinha (Zezé Polessa) tratam de divulgar o fato. Eles convidam toda a imprensa para conferir de perto quem é essa nobre moça que foi criada por uma simples família de lavradores. Na verdade, o prefeito e a primeira-dama querem se aproximar da família real e tirar vantagem da situação. Mas a jovem, não acostumada a ser o centro das atenções, foge dos flashes e envergonha o rei.
Jesuíno não gosta nada da nova vida de sua noiva, principalmente da aproximação do príncipe Felipe. Açucena, no entanto, não se entrega aos galanteios do rapaz e insiste em seu noivado com Jesuíno.
 
Para enfrentar Timóteo, Jesuíno reúne seus fiéis amigos Galego (Renan Ribeiro), Quiquiqui (Marcello Novaes) e Setembrino (Glicério Rosário) para agirem contra os desmandos do vilão. Os benfeitores usam lenços cobrindo seus rostos e, montados a cavalo, tentam fazer justiça. Eles, por exemplo, roubam comida do estoque da fazenda e a distribuem aos colonos.
 
A rainha Helena chega de surpresa a Brogodó e conta a todos que Seráfia sofre com uma intensa revolta popular, que acabou provocando a morte de Amadeus (Zé Celso Martinez Correa). O povo europeu exige o cumprimento do acordo de paz entre as famílias reais de Seráfia do Norte e do Sul. Augusto conta à rainha que Aurora já foi encontrada, mas que não quer assumir o posto real e se casar com Felipe. Úrsula sugere que eles retomem a ideia de unir Felipe e Carlota, mas Augusto não gosta da sugestão e garante que, com um pouco mais de tempo, conseguirá convencer sua filha a mudar de ideia.
 
Jesuíno está decidido a se casar com Açucena, mas, já sabendo ser filho de Herculano, teme que seu desejo não se realize. O cangaceiro não para de pressionar o filho para que ele siga sua sina. A moça pergunta ao noivo o motivo de tanta aflição, e ele mente. Ele diz que teme que ela abandone o trono de princesa em nome do amor dos dois. Porém, pressionado pela amada, ele acaba revelando o real motivo de tanta preocupação. Para seu alívio, Açucena diz que não se importa com suas origens.
 
A REVIRAVOLTA
No dia do casamento de Açucena e Jesuíno, quando os noivos já estão prontos para a cerimônia, o rei Augusto desafia o noivo de sua filha. O monarca lhe propõe um duelo: se Jesuíno vencer, ele pode se casar com Açucena, mas se perder, a jovem se casa com Felipe. O rapaz aceita a proposta. Açucena entra na igreja, depara-se com a luta prestes a começar e suplica que os dois desistam da ideia.
 
E eis que Timóteo aparece no meio da confusão. Ele anuncia a todos os convidados que Cícero (Miguel Rômulo), o irmão da noiva, está morto e conta que o responsável por isso é o capitão Herculano. O coronelzinho aproveita a ocasião para revelar para toda a cidade de Brogodó que Jesuíno é filho do cangaceiro mais temido da região. Jesuíno se constrange e encara os olhares de recriminação dos presentes. Euzébio e Virtuosa choram a morte de seu filho e culpam o genro pela desgraça que acaba de se abater sobre suas vidas. Mas, para alívio de todos, Cícero estava vivo, mas muito machucado.
 
Açucena decide assumir o posto de princesa do reino de Seráfia. A decisão, que contraria seus sentimentos, foi tomada logo após a jovem ver Jesuíno e Doralice (Nathalia Dill) se beijando. A jovem é filha do prefeito Patácio e da primeira-dama Ternurinha e irmã de Fausto (Renato Góes). Volta a Brogodó, depois de anos estudando fora, e seu pai já lhe dá a responsabilidade de acompanhar o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) em sua estada na cidade. Mas nada lhe demanda mais atenção do que seu amor, não correspondido, por Jesuíno.
 
Augusto fica radiante com a decisão da filha e planeja um baile para apresentá-la à sociedade. Para se transformar numa princesa, a moça recebe aulas de etiqueta, aprendendo a se portar à mesa, a se vestir e a valsar. Aurora/Açucena se mostra uma ótima aluna e demonstra sua vocação para a realeza. Ela e Jesuíno quase se reaproximam, mas seguem caminhos diferentes. Jesuíno salva Açucena de uma tentativa de sequestro, arquitetada por Timóteo, e a leva para sua casa em Vila da Cruz. Feliz pelo reencontro, Açucena propõe que os dois fujam para viverem juntos. Jesuíno, no entanto, desencoraja-a. Ele lhe lembra de que agora ele é um foragido da polícia e que não é certo que ela abra mão de sua vida de princesa em nome de uma vida de privação ao seu lado. Açucena se desespera com a negativa, e os dois, em clima de despedida, beijam-se como se fosse a última vez.
 
Mas Timóteo não desiste da amada e se une a Úrsula na tentativa de capturar a princesa. Na verdade, a duquesa precisava mesmo de um aliado que a ajudasse a se livrar das acusações que começam a recair sobre ela. Úrsula assume que colocou a máscara de ferro em Petrus e que foi a responsável pela morte da rainha Cristina e pelo sumiço da, então, pequena Aurora. Augusto se revolta ao ouvir as declarações, mas nem imagina que a confissão faz parte de um maquiavélico plano da cunhada. Enquanto ela faz as revelações, Timóteo e seus capangas cercam o palácio. O fazendeiro aproveita a ocasião para capturar Açucena.
 
Rendido à loucura e aos encantos do poder, Timóteo anuncia à cidade que o cardeal de Seráfia virá proclamá-lo rei e abençoar seu noivado com a princesa. O que ele não imagina é que tudo não passa de mais um plano da duquesa. O cardeal é, na verdade, um ator bufão que finge ser o verdadeiro cardeal Oberon de Ravena, o único com poder político para oficializar o reinado do “coronelzinho”. Era tudo fachada. Mas Timóteo age como se fosse soberano e transforma Augusto e seu irmão Petrus em seus escravos.
 
UM NOVO REI
Apesar de tantas confusões e disputas, Miguezim vislumbra um futuro melhor para Brogodó, sob os cuidados de outro rei. Só muito tempo depois, as visões dele começam a fazer sentido. Depois de confirmar com Efigênia a ascendência real de Jesuíno – o rapaz tem parentesco com Serafim d’Ávila, fundador de Seráfia –, o profeta e a rainha o procuram a fim de lhe contar a novidade. Efigência conta a Jesuíno a história do ex-governador de uma capitania hereditária que se casou e teve um filho no Brasil. Durante um ataque dos franceses, no entanto, os membros das famílias foram separados e, apesar dos esforços de Serafim, sua esposa e filho não foram encontrados. Foi, então, que ele voltou para a Europa e fundou Seráfia. Precavido, D’Ávila deixou um tesouro enterrado em Brogodó, junto com um documento em que afirmava que a fortuna deveria ser entregue ao seu filho ou seus descendentes, neste caso, Jesuíno.
 
Augusto admite que o direito ao trono é de Jesuíno, descendente de Serafim d’Ávila, fundador de Seráfia. Além de lhe oferecer a coroa, Augusto abençoa o casamento de Jesuíno com Aurora/Açucena. Mas o jovem não almeja a realeza. Ele só quer ficar em Brogodó com Açucena, criando os filhos que pretendem ter. Açucena apoia o amado e afirma que não se importa com a escolha de Jesuíno, nem se vão ficar no reino ou no sertão. Ela só deseja ficar ao lado dele.
 
O FINAL
Mas o amor do casal ainda seria perturbado pelas maldades de Timóteo, que acaba prendendo Jesuíno. Com medo de que os planos de Herculano para libertar Jesuíno fracassem, Açucena vai à fazenda do vilão e lhe propõe um acordo. A princesa se compromete a se casar com Timóteo, em troca da liberdade do amado. O fazendeiro aceita a proposta. E, como quem carrega um troféu, leva Açucena para o celeiro em que mantém o rival preso. Com as mãos amarradas e quase sem força, Jesuíno fica surpreso ao vê-la. Timóteo diz que Açucena o procurou por livre e espontânea vontade e que eles vão se casar. A princesa confirma a versão do coronel, e o filho do cangaceiro implora para que ela desista daquela loucura. Mas não havia como voltar atrás. Para piorar a situação, Timóteo decide enforcar Jesuíno logo após a cerimônia de casamento. Tudo parece acontecer como o previsto. Açucena sofre por achar que o amado morreu, sem saber que, graças a um plano de seus amigos, ele está vivo. Nem Jesuíno imaginava que sairia vivo daquela situação. Mas seus amigos cangaceiros, liderados por Herculano, e contando com a participação de Benvinda, Petrus e do verdadeiro rei, Augusto, o salvaram. Para o maior alívio de Jesuíno, o padre que fez a cerimônia de casamento entre Timóteo e Açucena era um ator, Silvério Duarte (Maurício Machado).
 
Depois de assistir, desconsolada, à suposta morte de Jesuíno, Açucena decide tomar uma poção que lhe é oferecida por Úrsula. Apesar de não confiar nas intenções da duquesa, a princesa prefere o risco de beber veneno a se entregar a Timóteo na noite de núpcias. Úrsula lhe garante que é um sonífero muito poderoso, que vai fazer parecer que ela está morta. Além do mais, segundo a duquesa, há um antídoto para a poção. Para Timóteo, Úrsula diz que o que Açucena vai tomar é uma poção do amor. Só assim, Açucena poderá escapar da noite de núpcias com Timóteo. Assustada, Açucena ingere o líquido e cai em sono profundo.
 
Mas, para o desespero de Timóteo, Açucena não reage ao antídoto. Aproveitando que a amada ficou sozinha no quarto, Jesuíno a tira da fazenda do inimigo. Só não consegue reverter o sono profundo em que ela caiu. Sem pulso, ela é dada como morta.
 
Timóteo é baleado em um confronto com Zoio-Furado (Tuca Andrada) e é dado como morto. Enquanto isso, como que por um milagre, a princesa acorda.
 
Para a surpresa de todos, Timóteo reaparece em Brogodó, muito doente, e promete vingança. Volta também para pegar o filho que teve com Carlota. Quer que o menino dê prosseguimento ao seu “reinado”. O vilão consegue sequestrar Açucena. Ela tenta enganá-lo e fugir, mas ele, com raiva, começa a colocar fogo na igreja, com os dois dentro. Para Timóteo, as chamas o estavam purificando. Açucena é salva, e Timóteo acaba morto.
 
Antônia e Inácio se casam, assim como Dora e Felipe. Jesuíno é consagrado Serafim II, O Esperado, mas devolve a coroa para Augusto, que anuncia a chegada de um herdeiro, filho de Maria Cesária (Lucy Ramos). Jesuíno e Açucena se casam e, logo em seguida, festejam a notícia da gravidez de Açucena. O casal decide deixar Seráfia e voltar a Brogodó.
 
A candidatura de Patácio é impugnada, por conta de irregularidades detectadas em sua administração, novos candidatos disputam o cargo de prefeito: Fausto Peixoto, filho do ex-prefeito; o príncipe Felipe, que fica no Brasil; e Zóio-Furado. Zóio recebe ordem de prisão, pois estava foragido, e Faustinho não consegue convencer os eleitores com o seu discurso. A vitória é comemorada por Felipe e Doralice, que também assume um cargo de importância na cidade, o de delegada.
 
Novidades no universo do cangaço: Benvinda volta para o bando de Herculano, e Penélope se casa com Belarmino (João Miguel).
 
TRAMAS PARALELAS
 
O BOTÂNICO E A SERTANEJA
O botânico Zenóbio (Guilherme Fontes) é um dos grandes amigos do rei Augusto. Quando o monarca desiste de procurar Aurora no Brasil e volta para Seráfia, Zenóbio lhe informa que permanecerá em Brogodó, pois seu coração foi fisgado pela flora e fauna da região e também pela graciosa sertaneja Florinda (Emanuelle Araújo). O casal se casa, tem três filhas – Rosa (Isabelle Drummond), Dulcina (Barbara Maia), Zig (Caio Manhente) – e passa a criar Teínha (Patrícia Werneck), a irmã mais nova de Florinda.
 
A esposa de Zenóbio é uma mulher de fibra. Sustenta a família por meio de sua venda, que, à noite, transforma-se em um concorrido espaço de forró. É lá que os músicos Setembrino (Glicério Rosário) e Quiquiqui (Marcello Novaes) se apresentam. Quando está na cidade, Farid (Mouhamed Harfouch) se junta a eles, trazendo sua sanfona e completando a animação.
 
É Florinda quem decide descobrir a identidade do misterioso homem da máscara de ferro. Ela o leva para casa e, com a colaboração de Zenóbio, ajuda o duque a retirar a máscara que o aprisionou por 20 anos. Após muitas marteladas, o cadeado se abre e, finalmente, o irmão do rei fica livre de seu fardo. O casal se impressiona com a péssima aparência de Petrus (Felipe Camargo), que, ao receber os cuidados de Florinda e ter barba e cabelos cortados, é reconhecido por Zenóbio.
 
FARID E SEU HARÉM
De tanto viajar, extraindo dentes e cortando cabelo, Farid acabou conquistando três mulheres. Dispensando igual atenção a todas, consegue manter os relacionamentos em segredo por anos. Neusa (Heloísa Périssé), a controladora irmã do delegado Batoré (Osmar Prado), é invejada por todas as mulheres de Brogodó. Elas acham Farid o marido ideal. Mas, quando passava pelo povoado de Vila da Cruz, o turco se encantou pela feminina e sensual Bartira (Andréia Horta). Não fosse pouco, ainda arrumou tempo para Penélope (Paula Burlamaqui), uma moderna e sofisticada jornalista da capital.  No entanto, no decorrer da novela, as escapadas amorosas de Farid são descobertas por Neusa. Após derramar muitas lágrimas, ela toma a decisão radical de se transformar em uma mulher mais exuberante, ousada. Para começar, ela troca suas roupas, antes discretas, por peças mais chamativas, coloridas e provocantes. Ela solta os longos cabelos e se maquia. Irreconhecível, sai de casa, pronta para testar seu poder de sedução. Seu primeiro alvo é Baldini (Emílio de Mello). O general fica impressionado com a mudança de atitude de Neusa, e ela lhe dá um beijo. Mas ela termina a novela com Quiquiqui (Marcello Novaes), com quem consegue ter o tão sonhado filho.
 
A GENIOSA DORALICE
Doralice (Nathalia Dill) é filha do prefeito Patácio Peixoto (Marcos Caruso) e da primeira-dama Ternurinha (Zezé Polessa) e irmã de Fausto (Renato Góes). Volta a Brogodó, depois de anos estudando fora, e seu pai já lhe dá uma importante função: a de acompanhar o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) em sua estada na cidade. A princípio, nem Dora nem Felipe gostam muito da ideia. Considerada a ovelha negra da família, Dora sempre gostou mais das brincadeiras de meninos e voltou da cidade com hábitos modernos demais para o gosto da mãe. Com o gênio completamente oposto, Felipe, frágil e tímido, assusta-se com o estilo “arretado” da moça. Em troca do favor de acompanhar o príncipe, Doralice convence o pai a deixá-la trabalhar na prefeitura e a se envolver nas questões da cidade. A jovem apaixona-se por Jesuíno (Cauã Reymond) e tenta fazer parte do bando de justiceiros do amado, mas é rejeitada por ser mulher. Para ser aceita no grupo, acaba fingindo-se de homem, assumindo a identidade de Fubá. Além de ficar perto do rapaz, ela poderia lutar ao lado dele e fazer justiça. No decorrer da novela, Dora se apaixona por Felipe, com quem se casa.
 
O REI E A COZINHEIRA
Ao chegar ao Brasil pela segunda vez, o rei Augusto se encanta pela cozinheira por Maria Cesária (Lucy Ramos), assim que a vê, pela primeira vez, na cozinha do prefeito Patácio. A beleza da jovem, sua timidez e seu tempero maravilhoso o conquistam completamente. Ele não se importa que ela seja uma serviçal e investe no romance. Ele fica receosa, mas se entrega e termina a novela rainha e grávida do rei.
 
PRÍNCIPE X DELEGADO
Inácio (Maurício Destri), príncipe de Seráfia do Norte, e Antônia (Luiza Valdetaro), irmã de Timóteo (Bruno Gagliasso), se amam e planejam ficar juntos, mas o casamento do casal é impedido pelo delegado Batoré (Osmar Prado), noivo da moça, que não se conforma em perder sua amada. Para tal, a autoridade conta com a ajuda de Timóteo e, em troca, compromete-se a ajudar o coronelzinho a se livrar de Jesuíno (Cauã Reymond). Quando descobre que sua noiva foi sequestrada, pouco antes do casamento, Inácio decide ir atrás dela com o carro do rei Augusto. Ele encontra Batoré e Antônia no caminho e começa a segui-los. O delegado acelera para fugir de seu rival, acaba atropelando uma mulher e foge sem prestar socorro. Em seguida, bate com o carro, fica desacordado, e Inácio consegue resgatar a amada. Os dois voltam para ajudar a moça que foi atropelada, mas ela não resiste. A partir desse acontecimento, o príncipe decide abandonar a nobreza e se dedicar aos pobres de Vila da Cruz, trabalhando ao lado do vidente Miguezim (Matheus Nachtergaele).
 
Antônia sofre com a pressão feita por seu irmão para se casar com o delegado. Chega a fazer greve de fome para mostrar o quanto não quer se casar com ele, mas não tem escolha, e os dois acabam se casando. Apesar disso, termina a novela com Inácio. O delegado, apaixonado pela rainha Helena, concede-lhe a anulação do casamento.
 
ÚRSULA E O CAPITÃO HERCULANO
No decorrer da novela, Úrsula (Débora Bloch) apaixona-se pelo capitão Herculano (Domingos Montagner). Depois de tentar, em vão, convencê-lo a roubar o tesouro de Seráfia para escaparem juntos de Brogodó, a duquesa foge do acampamento, mas é picada por uma cobra enquanto se esconde na mata. Herculano a encontra e a leva de volta. Angustiado e com medo de que algo aconteça com a duquesa, o capitão ordena que Belarmino (João Miguel) busque o médico da cidade. Após o susto, Úrsula diz que o cangaço não é vida para ela, mas que eles poderiam ter uma vida de luxo se ele aceitasse roubar o tesouro. Mas o capitão mantém firme sua decisão.
 
BROGODÓ NA TELONA
Além das agitações habituais de Brogodó, causadas pelas disputas entre Timóteo e Jesuíno, um grupo de estrelas do cinema mudo do Rio de Janeiro movimenta a cidade. Silvério Duarte (Maurício Machado), Tomás Lampedusa (Gillray Coutinho) e Vicentina Celeste (Mayana Neiva) querem filmar a história da princesa Aurora (Bianca Bin) e precisam de uma atriz para interpretá-la. Eles decidem, então, organizar um concurso para eleger a moça mais talentosa da cidade. Vicentina Celeste é a super star da capital e está morta de ciúmes com a escolha de uma nova artista. Mas, por ser dona de uma voz estridente, só pode mesmo participar de filmes mudos. Farid, com seu sangue libanês, charme e sotaque, deixa a mulher perdidamente apaixonada. E Vicentina usa todas as suas artimanhas para conquistá-lo. Além do filme, Tomás Lampedusa tem outra missão. O aclamado diretor procura em Brogodó um ator para levar para a capital. O escolhido é Belarmino (João Miguel), braço-direito de capitão Herculano. Bel se destacou no filme dos cangaceiros, apresentado por Penélope (Paula Burlamaqui) no Rio de Janeiro.
 
Belarmino dá os primeiros passos para deixar a vida no cangaço, rumo ao estrelato na capital. O cangaceiro contracena com Lilica (Nanda Costa) em seu primeiro teste de ator, sob a direção de Tomás Lampedusa. Penélope observa o talento do amado com o texto nas mãos, mas fica incomodada com as insinuações de Lilica. A jornalista teme ser traída, mais uma vez, como o fez com ela Said. Apaixonado por Penélope, o cangaceiro a pede em casamento.
 
AUDIÊNCIA
 
Cordel Encantado” obteve 26,9 pontos de média ao longo de sua exibição, tornando-se o terceiro maior sucesso da faixa das 18h na década de 2010, atrás apenas de “O Profeta” (das mesmas autoras) e “Eta Mundo Bom!”.
 
O folhetim cravou 24,8 pontos em sua estreia e apresentou reação positiva logo nas semanas seguintes. Atingiu 30 pontos de média pela primeira vez em 2 de outubro, com a exibição do capítulo 76.
 
O penúltimo capítulo, que apresentou o desfecho do vilão Timóteo (Bruno Gagliasso) ao público, registrou a maior audiência da novela com 35,2 de média e 39 de pico. Já o último episódio anotou 34 pontos, com 37 de pico.
 
PRODUÇÃO
 
Em novembro de 2013, a dupla Duca Rachid e Thelma Guedes entregou ao SBT o argumento principal da próxima novela que escreveriam para a emissora. No dia 2 de dezembro, as autoras foram convocadas e anunciadas como substitutas da trama de Walther Negrão, “Araguaia”, no horário das 18h. A sinopse oficial da novela foi entregue no dia 24 de fevereiro de 2014. Em 6 de março, Duca anunciou “Pisa no Fulô” como título provisório do folhetim. No dia 12 do mesmo mês, Amora Mautner foi anunciada como diretora geral da novela, Ricardo Waddington como diretor de núcleo, além dos colaboradores e diretores secundários.
 
Os capítulos da trama começaram a ser escritos pela dupla no dia 24 de março. Os primeiros nomes confirmados no elenco (Débora Bloch, Marcos Caruso, Zezé Polessa, Luís Fernando Guimarães, Osmar Prado e Heloísa Périssé) foram anunciados pelas próprias autoras no dia 26.
 
Em 31 de março, o elenco começou a ser oficialmente escalado. O trio de protagonistas Bianca Bin, Cauã Reymond e Bruno Gagliasso foram confirmados em 16 de abril. No dia 12 de maio, as autoras anunciaram “Cordel Encantado” como título oficial da novela, além de divulgar a lista com elenco completo e fechado da trama. As gravações tiveram início no dia 19 do mesmo mês. No entanto, uma semana antes, alguns membros do elenco e equipe viajaram para França, para gravações no cenário do reino de Seráfia.
 
No dia 1° de setembro, as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes comunicaram que a trama seria encurtada em três semanas, passando de 161 capítulos para 143, por escolha própria. Em 08/10, o elenco gravou as cenas correspondentes ao 100° capítulo do folhetim.
 
No dia 21 de outubro de 2014, Duca e Thelma anunciaram que o texto da novela estava concluído, que estavam com a “sensação de dever cumprido”.
 
As gravações de “Cordel Encantado” foram oficialmente finalizadas no dia 9 de dezembro.
 
CURIOSIDADES
 
• Segundo o diretor de núcleo Ricardo Waddington, “Cordel Encantado” foi a primeira novela a utilizar a técnica de gravação em 24 quadros.
 
• Para interpretarem seus personagens, Bruno Gagliasso (Timóteo), Bianca Bin (Açucena) e Cauã Reymond (Jesuíno) tiveram aulas de montaria em um rancho em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
 
• Presente das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, o livro “Cangaceiros, Coiteiros e Volantes”, de José Anderson Nascimento, foi usado por Cauã Reymond como fonte para entender o universo sertanejo e nordestino.
 
• As aulas com o músico Netinho Ferreira ajudaram os atores Glicério Rosário (Setembrino), Mouhamed Harfouch (Farid) e Marcello Novaes (Quiquiqui) a se prepararem para os papéis de músicos que interpretariam. Os atores tocavam, na novela, respectivamente, triângulo, acordeão e zabumba.
 
Marcello Novaes contou ainda com a ajuda de uma fonoaudióloga e de amigos gagos para viver seu personagem, que sofria do problema.
 
• A autora Thelma Guedes destaca a importância que sua relação com o Nordeste teve para a construção da trama da novela. Seus pais eram nordestinos, mas, como se mudaram para o Rio de Janeiro há mais de 50 anos, a região se tornou uma referência, ao mesmo tempo, próxima e distante. E foi por influência de seu marido, Eromar Bomfim, muito apegado às suas raízes nordestinas, que a autora reinseriu o Nordeste em sua vida. O contato com o universo nordestino atual e, em particular, o sertanejo, mostrou-lhe como esse nordeste “mítico”, do qual ela se aproximou em sua infância e através da literatura, continua a existir. Ela acredita que o Nordeste é um lugar praticamente atemporal no aspecto cultural, apesar dos avanços tecnológicos. A autora lembra ainda que a novela foi concebida antes mesmo de “Cama de Gato” (2013), trama que escreveu anteriormente com Duca Rachid.
 
• A festa de lançamento da trama aconteceu em São Paulo, contando com cenários e gastronomia que homenageavam a cultura nordestina. Mas tudo também tinha toques de nobreza, para representar a altivez de reis e rainhas do núcleo de Seráfia. Depois da apresentação do clipe da novela, o forró de Dominguinhos contagiou os convidados. Acompanhado de sua filha Liv Moraes e de Targino Gondim, o sanfoneiro cantou grandes sucessos como “Xote das Meninas”, “Isto Aqui Tá Bom Demais” e “Eu só Quero um Xodó”. Ainda durante a festa, o repentista Miguel Bezerra, que produziu os repentes dos teasers da novela, fez repentes com os convidados da festa.

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