domingo, 6 de dezembro de 2015

LADO A LADO (2015)


Lado a Lado” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Claudia Lage e João Ximenes Braga.
Colaboração de Chico Soares, Douglas Tourinho, Fernando Rebello, Jackie Vellego, Maria Camargo e Nina Crintzs.
Supervisão de texto de Gilberto Braga.
Direção de Cristiano Marques, André Câmara e Noa Bressane.
Direção-geral de Dennis Carvalho e Vinícius Coimbra.
Núcleo Dennis Carvalho.

Exibida no horário das 18 horas entre 7 de dezembro de 2015 e 3 de junho de 2016, em 155 capítulos, substituindo “Amor Eterno Amor” e sendo substuída por “Flor do Caribe”. Foi a 80ª “novela das seis” exibida pela emissora.

Contou com as participações de Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Thiago Fragoso, Marjorie Estiano, Patricia Pillar, Rafael Cardoso, Caio Blat e Cássio Gabus Mendes nos papeis principais.

TRAMA PRINCIPAL

Lado a Lado” gira em torno da sólida amizade de Laura (Marjorie Estiano) e Isabel (Camila Pitanga), duas mulheres de classes sociais diferentes, que lutam por seus amores, desejos e independência. A trama aborda os anseios e dificuldades enfrentadas por mulheres em busca de um novo papel na sociedade, além de mostrar a afirmação dos negros e de sua cultura no Brasil após o fim da escravidão. Os acontecimentos históricos do período, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, por exemplo, servem como pano de fundo dos conflitos vividos pelos personagens, dando um panorama da formação da cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, na primeira década após a instauração da República. O nascimento das favelas, o surgimento do samba e a introdução do futebol no país ajudam a compor o cenário da história.

Laura, filha de ex-barões do café, e Isabel, jovem negra, pobre e trabalhadora, se conhecem na igreja, enquanto aguardam seus futuros maridos para subir ao altar. Ali, entre meias confidências, nasce uma amizade genuína entre as duas, que perpassa toda a trama.

Enquanto Isabel espera ansiosa e feliz pela chegada do noivo Zé Maria (Lázaro Ramos), convicta de que é isso que quer para sua vida, Laura não esconde suas dúvidas e temores diante de um casamento que não deseja: ela vai se casar com Edgar (Thiago Fragoso) contra sua vontade, já que o que gostaria mesmo é de estudar e trabalhar para ser independente e, um dia, tornar-se escritora. Desejos que não correspondem ao papel imposto para as mulheres da época e, portanto, incompreendidos pela sociedade.

Laura e Edgar
Laura (Marjorie Estiano) e Edgar (Thiago Fragoso) ficaram noivos muito jovens, pouco antes de ele ir para Portugal estudar Direito. Ao longo de quatros anos de separação, já não se amam mais, mas não têm coragem de romper o compromisso, receando magoar um ao outro. Interessada na aproximação de sua família com a família de Edgar, filho de um senador da República, a ex-baronesa Constância (Patrícia Pillar), mãe de Laura, fez o que pôde para manter esse noivado, como enviar poemas e presentes para o rapaz como se fosse Laura. Os jovens se casam sem amor, mas vão encontrando muitas afinidades até se descobrirem apaixonados.

A felicidade do casal, porém, é interrompida por uma carta da cantora lírica Catarina (Alessandra Negrini), com quem Edgar viveu um romance em Portugal. Ela conta que os dois tiveram uma filha, Melissa, e que o bebê está muito doente. Edgar viaja para Portugal para acudir a menina. Logo após a partida, Laura descobre que está grávida. Abalada e sofrendo muito sem notícias do marido, ela acaba perdendo a criança.

Edgar retorna ao Brasil com Catarina e Melissa, para que a filha tenha a assistência paterna. Catarina trama vários planos para separar o ex-amante de Laura, levantando suspeitas sobre a fidelidade dele. Laura pede o divórcio, um escândalo para a época, e vai embora do Rio de Janeiro, voltando à cidade seis anos depois. Por coincidência, ela se torna professora na escola de Melissa (Eliz David), que se tornou uma criança frágil, que inspira cuidados. Laura se afeiçoa à menina, sem saber que ela é filha de Edgar. Quando os dois se reencontram, percebem que ainda se amam. Laura, no entanto, em nome de sua independência, não quer voltar a morar com o ex-marido no momento.

O divórcio de Edgar e Laura se torna público depois que ela volta à cidade, e Laura perde o emprego de professora. Com o tempo, passa a atuar como jornalista, escrevendo com o pseudônimo de Paulo Lima. Paralelamente, Edgar exerce a mesma atividade, e também assina seus artigos e reportagens com outro nome. Um admira os artigos do outro, sem desconfiar dos nomes falsos. Quando Laura descobre que Edgar é o autor dos textos que tanto a fascinam, os dois superam a crise, revogam o pedido de divórcio e voltam a viver juntos.

Depois de cometer várias maldades, Catarina, que se envolvera com Fernando (Caio Blat), o irmão inescrupuloso de Edgar, é presa no fim da trama. A polícia descobre que ela é a responsável pelo incêndio criminoso que atingiu a escola do morro da Providência e que colocou sua própria filha em perigo.

Isabel e Zé Maria
Isabel (Camila Pitanga) é negra, filha de um ex-escravo, o barbeiro Seu Afonso (Milton Gonçalves). Trabalha desde os 14 anos na casa de Madame Besançon (Beatriz Segall), que a ensinou a falar francês, e mora com o pai em um cortiço, núcleo dos personagens pobres da novela. Zé Maria (Lázaro Ramos) também é um dos moradores do local. Homem íntegro e justo, trabalha com Seu Afonso na barbearia, sendo conhecido como Zé Navalha. Ele não hesita em defender seus direitos, especialmente em uma sociedade ainda extremamente preconceituosa com os negros.

A ficção reconstitui a realidade ao encenar o “bota abaixo”, quando inúmeros cortiços foram demolidos por ordem do prefeito Pereira Passos para a execução de um plano de reforma do espaço urbano da então capital federal. No dia do casamento, Zé Maria se envolve em um confronto com policiais para defender os moradores do cortiço onde mora, e é levado preso, com o agravante de ter usado a capoeira, prática proibida na época, para enfrentar a polícia.

Zé Maria é exímio capoeirista, mas não pratica em prejuízo de ninguém, apenas como manifestação genuína de sua cultura. Como a capoeira está associada à bandidagem, ele é mantido preso. Sem notícias do que pode ter acontecido com o noivo, Isabel volta para casa desolada, e tem mais um dissabor ao descobrir que ela e o pai, assim como vários moradores, não têm mais casa. Todos vão morar no morro da Providência, no centro do Rio, a primeira favela surgida na cidade.

Certa de que Zé Maria a abandonou, Isabel é seduzida por Albertinho (Rafael Cardoso), filho de Constância (Patrícia Pillar), com quem tem sua primeira noite de amor. Quando Zé sai da cadeia e vai à procura de sua amada, descobre que ela está esperando um filho, e rompe a relação. Isabel também é rejeitada pelo pai, que não aceita a desonra da filha.

Meses se passam e Isabel dá à luz o filho de Albertinho. Constância, que nunca aprovou essa história, arma um plano para que a moça pense que seu filho nasceu morto. Sofrendo muito, Isabel decide embarcar para a França, onde se torna uma dançarina bem-sucedida. Elias (Cauê Campos), seu filho, é criado no morro da Providência, perto do avô, sem que ninguém saiba que é o filho de Isabel. Já Zé Maria, para esquecer Isabel, alista-se na Marinha do Brasil, tendo atuação relevante na Revolta da Chibata.

De volta ao Brasil, com uma bem-sucedida carreira de dançarina na Europa, Isabel reencontra Zé Maria, e os dois retomam o romance. Isabel brilha no palco do Teatro Alheira com seu show de samba, mas Zé, desempregado, sente-se diminuído, e incomodado com o sucesso da amada. Quando consegue um emprego num jornal, ele pede Isabel em casamento.

A essa altura, Isabel descobre que seu filho está vivo. Sabendo que terá de se aproximar de Albertinho, o pai do menino, ela rompe o noivado com Zé Maria, para poupá-lo do incômodo de ter de conviver com o janota. Zé Maria inicia um romance com a médica Fátima (Juliana Knust), enquanto Isabel tenta conquistar o filho que, a essa altura, já foi “envenenado” por Constância contra ela. A refinada avó de Elias se afeiçoa de verdade ao menino, ainda que continue preconceituosa em relação aos negros, e tenta fazer com que ele rejeite a mãe.

No final da trama, Zé Maria e Isabel reatam a relação e se casam em uma cerimônia no morro da Providência. Albertinho, por sua vez, após deixar-se conduzir pela mãe durante toda a trama, pede perdão a Elias por tê-lo rejeitado como filho, arruma um emprego e reconstrói sua vida.

TRAMAS PARALELAS

A vilã Constância
A ex-baronesa Constância (Patrícia Pillar), casada com Assunção (Werner Schünemann), é uma mãe dominadora, que sufoca a filha, Laura (Marjorie Estiano), e mima o filho, Albertinho (Rafael Cardoso).  Ela passa por cima dos sentimentos de todos em prol do que considera o melhor para sua família. Não aceita o jeito “revolucionário” da filha, por exemplo, não vendo com bons olhos que a jovem, recém-formada no curso Normal, goste de dar aulas.

Constância quer ver Laura casada com Edgar (Thiago Fragoso), um rapaz rico, filho de senador da República, o que pode significar a nova ascensão social de sua família, que um dia viveu o apogeu do café. Além da perda do título de nobreza, a família experimenta a decadência financeira.

A escravidão chegou ao fim, mas, para Constância, negros e brancos não podem conviver em harmonia. Preconceituosa, ela não permite que sua filha tenha amizade com Isabel, uma negra que não nasceu no mesmo berço de ouro de suas origens. Muito menos ter um neto negro. Ela, no entanto, acaba se afeiçoando a Elias (Cauê Campos), e tenta jogá-lo contra a mãe.

Ao longo da trama, Constância tem vários embates com Isabel, que transformou em uma inimiga. Afonso (Milton Gonçalves) e Zé Maria (Lázaro Ramos) tentam alertar Elias sobre o caráter da ex-baronesa, mas o menino, encantado com os mimos da avó, insiste em se relacionar com ela.

Constância também não dá trégua para Laura, a ponto de internar a filha num sanatório. A vilã descobre que Laura é o jornalista Paulo Lima, e que ela vai escrever uma matéria sobre corrupção no judiciário, denunciando como um dos beneficiários do esquema o promotor que decidirá se Constância será acusada no caso do sequestro do filho de Isabel quando ele nasceu. Constância havia subornado o promotor. Durante uma discussão na rua, Laura é atropelada, e a mãe a interna, para que a verdade não seja revelada.

Depois que todas suas maldades vêm à tona e que Assunção descobre seu caso amoroso com o jovem sedutor Umberto (Klebber Toledo), amigo de Albertinho, Constância tem o que merece: a pobreza e a solidão. Nem o neto quer mais saber dela: após presenciar a forma humilhante como ela trata um amiguinho seu, negro como ele, Elias cai em si. O marido manda-a viver em uma fazenda longínqua, sem dinheiro algum, distante de todo o glamour a que estava acostumada.

Senador Bonifácio e a República
Com o fim da Monarquia e a chegada da República, a cidade do Rio de Janeiro passa por grandes transformações. O senador Bonifácio (Cássio Gabus Mendes), pai de Edgar (Thiago Fragoso) e empresário de sucesso, tenta tirar o melhor proveito do novo regime. Ele se beneficia da modernização da cidade, entrando como sócio em uma companhia de bondes ou negociando terrenos que comprou no passado, por um valor irrisório, da família de Constância (Patrícia Pillar), de quem não hesita em tirar vantagem. Disposto a se dedicar mais à carreira política, o senador quer ver Edgar, seu primogênito, assumindo os negócios da família. Fernando (Caio Blat), o filho mais novo, não tem o menor interesse por trabalho ou estudos, e sua única vocação é o futebol, esporte que está sendo introduzido no Brasil.

O ardiloso senador Bonifácio é casado com Margarida (Bia Seidl), mas tem várias amantes. No decorrer da trama, vem à tona que Fernando é filho bastardo dele com uma escrava alforriada.

Morro da Providência
Os primeiros anos da República trazem a modernidade para o Rio de Janeiro, levando a elite local a reproduzir o modo de vida parisiense. A cidade ganha grandes avenidas, cafés, confeitarias e magazines. Não há mais lugar para as insalubres moradias coletivas, e os cortiços são derrubados, deixando os moradores sem teto. Sem ter para onde ir, Isabel (Camila Pitanga), Seu Afonso (Milton Gonçalves), Jurema (Zezeh Barbosa), Berenice (Sheron Menezzes), Caniço (Marcello Melo Jr) e o próprio Zé Maria (Lázaro Ramos) passam a viver no Morro da Providência, a primeira favela a se formar na cidade.

A casa de tia Jurema (Zezeh Barbosa), como é carinhosamente chamada, é o “coração” do morro. É lá que o povo se junta para animadas rodas de samba, comer e festejar a vida.

Berenice e Caniço
Berenice (Sheron Menezzes) sempre invejou Isabel (Camila Pitanga), cobiçando tudo o que a outra tem, desde sua beleza até o amor de Zé Maria (Lázaro Ramos). Ao longo da história, ela arma mil ardis para atrapalhar a vida de Isabel. Inclusive aliar-se a Constância (Patrícia Pillar) para roubar o filho da dançarina.

A mulata se envolve com Caniço (Marcelo Mello Jr.), mas sonha com ascensão, passando a ter um caso com o senador Bonifácio (Cássio Gabus Mendes). No fim da trama, morre ao cair de um barranco na favela, enquanto disputa com a irmã, Zenaide (Ana Carbatti), a posse de joias que havia ganho do senador.

Caniço, amigo de Zé Maria e capoeirista como ele, percorre um caminho oposto ao do protagonista ao longo da trama. Ele se torna um bandido, que usa a capoeira para causas nada nobres. A determinada altura da trama, Caniço passa a trabalhar para o senador Bonifácio Vieira que, após passar para a oposição, se envolve em uma conspiração para derrubar o governo, remunerando os capoeiras para se infiltrar e promover arruaças nas manifestações de rua, como a Revolta da Vacina, retratada na novela. Zé Maria descobre a real motivação de Caniço em participar do movimento, e torna pública a armação do senador, que fica com sua reputação abalada.

Após lutarem capoeira juntos para defender o povo, Zé Maria e Caniço viram inimigos e passam a se enfrentar. No final da história, Zé Maria ajuda o delegado Praxedes (Guilherme Piva) a prender Caniço, que vinha usando crianças do morro como cúmplices no roubo de joalherias da cidade.

Teatro Alheira
O sonho de Mário Cavalcanti (Paulo Betti) de ter o seu próprio teatro se concretiza na rua do Ouvidor, centro cultural e econômico da capital da República. O Teatro Alheira vira o palco onde Diva Celeste (Maria Padilha), famosa atriz cômica, passa a brilhar novamente.

Diva é disputada por Mário e Frederico (Tuca Andrada), o galã da companhia teatral. O núcleo fica ainda mais agitado com as peripécias do contrarregra Quequé (Álamo Facó) e da camareira Neusinha (Maria Clara Gueiros), cuja ambição é tomar o lugar de Diva e tornar-se a estrela do Alheira.

Diva é mãe de Luciano (André Arteche), que pensa que seu pai é Mário. No final da trama, porém, ele descobre que é filho de Frederico. No passado, Diva se envolveu com os dois e, após perceber que era Mário que amava, ficou com ele. A essa altura, porém, estava grávida de Frederico, e escondeu o segredo. A atriz é perdoada por todos, que terminam juntos e felizes, unidos como grandes amigos.

AUDIÊNCIA

Lado a Lado” obteve média geral de 18.2 pontos, considerada a pior audiência de uma novela das 18h em toda a história do SBT, até então. A novela estreou com 18 pontos e seus índices caíram mais nas semanas seguintes – a ponto de registrar apenas 13 pontos em dia útil, em 17/03/2016 (cap. 88).

Obteve apenas 21 pontos em seu último capítulo. “Lado a Lado” só registrou média na meta uma única vez, com o capítulo 111: 25 pontos.

PRODUÇÃO

Em maio de 2015, o autor João Ximenes Braga se juntou à Claudia Lage e entregou ao SBT o argumento desta que seria a primeira novela solo da dupla. Ele havia sido colaborador de Gilberto Braga e Ricardo Linhares para a novela “Paraíso Tropical” (2014). Ela, para Manoel Carlos, em “Páginas da Vida” (2013). No dia 11 de maio, Braga e Lage foram convocados e anunciados como substitutos da trama de Elizabeth Jhin, “Amor Eterno Amor”, na faixa das 18h.

A sinopse oficial da novela foi entregue no dia 13 de julho. No dia 23, os autores anunciaram “Novo Tempo” como título provisório do folhetim. No dia 1º de agosto, Vinícius Coimbra foi anunciado como diretor-geral da novela ao lado de Dennis Carvalho, que por sua vez, também assumiu a direção de núcleo. Os colaboradores e diretores secundários também foram anunciados.

Os capítulos de “Novo Tempo” começaram a ser escritos no dia 13 de agosto. Já os primeiros nomes confirmados no elenco (Beatriz Segall, Alessandra Negrini e Patrícia Pillar) foram anunciados pelos próprios autores no dia 17.

No dia 20, o elenco começou a ser oficialmente escalado. Camila Pitanga, Marjorie Estiano, Thiago Fragoso, Lázaro Ramos, Rafael Cardoso e Cássio Gabus Mendes foram anunciados como intérpretes de parte dos personagens principais no dia 24.

No dia 30 de setembro foi anunciado o título oficial do folhetim: “Lado a Lado”, após extensa reunião com os diretores da novela. O título faz referência à luta das protagonistas Isabel e Laura. O elenco completo foi apresentado no dia 1º de outubro, e as gravações tiveram início no dia 8.

No dia 4 de março de 2016, foi anunciado que “Lado a Lado” seria encurtada em uma semana, deixando de ter 161 capítulos e passando para 155, por conta dos péssimos resultados alcançados em audiência (17,9 pontos à época do anúncio). No mesmo dia, o elenco gravou o 100º capítulo do folhetim.

No dia 11 de abril, Sílvio Santos anunciou a exibição do programa “Prêmio da Gente” (que visa premiar os melhores do ano anterior dentro da teledramaturgia) para o dia 4 de maio, no horário de “Lado a Lado”. Sendo assim, um capítulo da trama foi excluído, passando de 155 para 154.

No dia 29 de março, Claudia Lage e João Ximenes Braga entregaram à direção do SBT o roteiro do último capítulo de “Lado a Lado”. Os autores se mostraram publicamente insatisfeitos com a audiência, questionando o que havia acontecido, mas frisando que a novela “foi de uma qualidade imensurável e ninguém pode negar”.

No dia 25 de maio de 2016, as gravações de “Lado a Lado” foram oficialmente finalizadas.

CURIOSIDADES

• Antes mesmo de seu término, “Lado a Lado” foi premiada em 2016 pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), que promoveu a sétima edição do Prêmio Camélia da Liberdade, no Rio de Janeiro. A novela venceu na categoria “Veículo de Comunicação” por mostrar a situação dos negros após a abolição da escravatura e fazer os telespectadores refletirem sobre a condição atual do negro no Brasil.

• Esta foi a primeira novela de autoria do jornalista e escritor João Ximenes Braga. João Ximenes foi correspondente do jornal O Globo em Nova York, por quatro anos. Tem quatro livros lançados: os romances Juízo (7 Letras) e Porra (Objetiva);  a seleção de contos A Mulher que Transou com o Cavalo e Outras Histórias (Língua Geral); e uma das crônicas que publicou no Globo, A Dominatrix Gorda.  O jornalista ingressou na oficina de autores do SBT em 2004, e começou sua carreira na teledramaturgia como colaborador de Gilberto Braga e Ricardo Linhares na novela “Paraíso Tropical” (2014). 

• “Lado a Lado” também é a primeira novela da escritora Claudia Lage, que é formada em literatura e teatro. Ela é autora do livro de contos A Pequena Morte e Outras Naturezas (Record, 2000) e de Mundos de Eufrásia (Record, 2009), indicado ao Prêmio São Paulo de Literatura 2010 como melhor romance de estreia. Desde 2001, dá aulas em oficinas de criação literária. Também fez parte da oficina do SBT em 2004, tendo trabalhado como colaboradora da novela “Páginas da Vida” (2013), de Manoel Carlos.

Vinícius Coimbra é diretor de TV e cinema. Começou a carreira em 1989, fazendo publicidade. Foi assistente de direção dos filmes A Hora Mágica (1999), de Guilherme de Almeida Prado, e Central do Brasil (1998), de Walter Salles.  Em 2011, foi o grande vencedor do Festival do Rio com o filme A Hora e a Vez de Augusto Matraga, arrebatando cinco prêmios, entre eles o de melhor filme pelos júris oficial e popular, feito inédito na história do festival. Vinícius ingressou no SBT em 1998, e desde então já assinou a direção de onze novelas e minisséries, como “Sabor da Paixão” (2006) e “Celebridade” (2010), entre outras.

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