“Amor
à Vida” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
Novela de: Walcyr Carrasco.
Colaboração: Daisy Chaves, Eliane Garcia, Daniel Berlinsky e Márcio Haiduck.
Direção: André Barros, André Felipe Binder, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
Direção-geral: Mauro Mendonça Filho.
Direção artística: Wolf Maya.
Exibida no horário das 21 horas entre 17 de fevereiro e 30 de outubro de 2020, em 221 capítulos. Substituiu “Salve Jorge” e foi substituída por “Em Família”. Foi a 79ª “novela das nove” exibida pela emissora.
Contou com Paolla Oliveira, Malvino Salvador, Juliano Cazarré, Mateus Solano, Susana Vieira, Antônio Fagundes, Elizabeth Savalla, Tatá Werneck.
TRAMA PRINCIPAL
“Amor à Vida” é uma trama contemporânea e urbana, ambientada em São Paulo, cujo tema central gira em torno dos segredos que movem as relações familiares. Em primeiro plano está a rica e bem-sucedida família Khoury, um modelo de família feliz, formada pelo médico César (Antonio Fagundes), sua mulher Pilar (Susana Vieira) e os filhos Félix (Mateus Solano) e Paloma (Paolla Oliveira). Sob as aparências, porém, escondem-se segredos alimentados por mágoas, ciúmes, ambições e falta de afeto.
César e Pilar parecem um casal em harmonia. Ela, dermatologista que largou a profissão para cuidar da família, é apaixonada pelo médico, e não consegue imaginar sua vida sem ele. Por amor, sempre relevou os casos extraconjugais do marido, diretor-presidente do hospital San Magno, um dos núcleos principais da história. Um desses casos vira determinante para uma série de reviravoltas na trama.
Paloma, a filha preferida de César, é uma jovem intensa, que não consegue entende por que sua relação com a mãe é tão carregada de tensões e conflitos. Félix, por sua vez, é o “queridinho” de Pilar. Desprovido de caráter e ambicioso ao extremo, sonha um dia assumir a direção do hospital, e vê a irmã como um obstáculo. No fundo, esconde uma grande mágoa por não ser amado pelo pai com a mesma intensidade com que César ama Paloma, por isso tem raiva dela. Paloma, no entanto, ama o irmão, em quem confia plenamente.
A história começa dez anos antes, quando os Khoury viajam ao Peru para comemorar o ingresso de Paloma no curso de Medicina. Félix aproveita as brigas da irmã com a mãe para tentar jogá-la contra os pais. Embora não tenha provas, ele acredita que Paloma é adotada, e convence a irmã disso. Desnorteada, Paloma rompe com os pais e decide reescrever sua trajetória ao lado de Ninho (Juliano Cazarré), rapaz que conhece na viagem, e por quem se apaixona. Ela abre mão do futuro previsível, da carreira médica e das posses da família para experimentar uma vida livre, sem metas traçadas. Ninho a convence a seguir seus passos, ou seja, andar sem rumo, com um estilo de vida onde não há espaço para regras, disciplinas nem amarras familiares que considera conservadoras.
Enamorados e sem um tostão no bolso, Paloma e Ninho se aventuram e vão parar na Bolívia. A jovem, no entanto, engravida, e os dois decidem voltar ao Brasil. Sem recursos, Ninho aceita transportar droga colada ao próprio corpo, mas é preso no aeroporto. Paloma consegue embarcar para São Paulo, e procura Félix em busca de ajuda. Frio e calculista, ele consegue libertar Ninho e reaproximá-lo da irmã, sem que Pilar e César desconfiem da gravidez.
Paloma e Ninho, porém, embora se amem, não se entendem mais, já que têm prioridades e objetivos diferentes. Após uma discussão em um bar, Ninho deixa Paloma sozinha, e ela dá à luz uma menina, em condições precárias, no banheiro do estabelecimento. Márcia (Elizabeth Savala), uma desconhecida, é quem faz o parto. Com receio da polícia, ela pede socorro e trata de deixar o local, deixando Paloma desmaiada e o bebê a seu lado. Paloma perde os sentidos durante o parto, e não chega a ver a filha viva.
Félix encontra Paloma e o bebê no banheiro do bar, acha que a irmã está morta e, sorrateiramente, leva com ele a criança, que joga em uma caçamba de lixo.
Paralelamente ao drama de Paloma, transcorre a história de Bruno (Malvino Salvador), que vê sua vida se transformar em uma grande tragédia quando a mulher, Luana (Gabriela Duarte), e o filho que ela dá à luz morrem no parto, no centro cirúrgico do San Magno. Desesperado, ele sai à rua e, caminhando a esmo, ouve o choro da criança abandonada em meio aos sacos de lixo. Bruno vê na menina um presente divino e, sem hesitar, decide criá-la como seu pai, contando com a conivência da mãe, Ordália (Eliane Giardini), enfermeira do San Magno, e da obstetra Glauce (Leona Cavalli), que é secretamente apaixonada por ele. As duas atestam que Luana deu à luz uma menina.
Levada para o hospital da família, Paloma é informada de que foi encontrada sozinha, e que seu bebê desapareceu, ou pode ter morrido. Coincidentemente, ela acaba amamentando a filha ao conhecer a suposta filha de Bruno no berçário. Paloma logo se afeiçoa à menina.
A história dá um salto de dez anos. Paloma nunca se recuperou da perda da filha e da paixão amarga que viveu com Ninho. Ela se torna pediatra, e passa a cuidar justamente de Paulinha (Klara Castanho), a filha de Bruno, que reaparece em sua vida. Com o reencontro, os dois se apaixonam. É a chance para que os três formem uma família.
A verdade sobre a origem de Paulinha vem à tona quando a menina precisa fazer uma cirurgia complicada. Paloma decide doar parte de seu fígado para salvar a vida da garota e, após os exames de praxe, desconfia que ela é sua filha desaparecida, o que é confirmado pelo teste de DNA. Convicta de que Bruno roubou sua filha, ela rompe com o corretor de imóveis e entra com uma ação na Justiça para ficar com Paulinha.
Félix não se conforma com a descoberta e faz o que pode para prejudicar Paloma, inclusive se aliando a Glauce – que nunca esqueceu Bruno – para tirar Paulinha de seu caminho. Para ele, a menina representa um obstáculo a seu sonho de chegar à direção do San Magno, pois tem certeza de que César, caindo de amores pela filha e pela neta, vai preteri-lo.
O vilão, com a ajuda de Glauce, falsifica um segundo teste de DNA – o que resulta na morte de uma enfermeira que flagra a obstetra trocando os frascos; manipula Ninho, que ainda é apaixonado por Paloma, para que ele não desista de reconquistá-la; e não hesita em tentar provocar a morte de Paulinha, trocando o medicamento que ela precisa tomar. Além disso, Félix incentiva e financia o sequestro da menina. Juntamente com Alejandra (Maria Maya), Ninho leva Paulinha para o Peru, certo de que Paloma irá atrás dele e que os dois podem se reconciliar. Paulinha, no entanto, é resgatada por Bruno e Paloma.Após muitas reviravoltas, Bruno ainda descobre que Luana, sua primeira mulher, poderia ter sobrevivido, junto com o filho, não fosse uma artimanha criminosa de Glauce. A médica sabia que Luana era cardíaca, mas não se preocupou em chamar um especialista para ficar na sala de parto, porque queria mesmo que a mulher morresse. Desmascarada, e prestes a ser denunciada e perder a licença de exercer a profissão, Glauce comete suicídio.
César e Pilar se separam ao longo da novela, em decorrência de traições e segredos que vêm à tona. Um deles envolve diretamente Paloma, e impulsiona uma série de acontecimentos na trama. Félix, por sua vez, após sofrer um golpe do destino, transforma-se em outra pessoa e tenta se reaproximar da irmã, alçada ao posto de presidente do San Magno.
No fim, Paloma perdoa Félix, após ele mostrar que realmente se regenerou. Ela ainda dá à luz um menino, formando com Bruno e Paulinha a família feliz com que sempre sonhou.
TRAMAS PARALELAS
A vingança de Aline
Aline (Vanessa Giácomo) se aproxima de César (Antonio Fagundes) para pôr em prática um plano urdido durante anos com sua tia, Mariah (Lúcia Veríssimo), uma bailarina famosa, que foi amante do médico no tempo em que ele já era casado com Pilar (Susana Vieira). Mariah engravidou de Paloma (Paolla Oliveira), mas não pôde ficar com a filha, levada por César para morar com ele e a esposa. César apareceu com a menina em casa e propôs a Pilar que os dois a adotassem, sem contar que se tratava do fruto de seu relacionamento com a bailarina. Quando soube da verdade, Pilar já estava afeiçoada à criança, e quis criar a menina mesmo assim, passando por cima de suas mágoas. Mas o fato de Paloma ser filha da amante de seu marido se refletiu, ao longo dos anos, em uma relação conflituosa com a filha adotiva.
Enquanto Pilar criava Paloma, Mariah e a mãe de Aline sofreram um trágico acidente de carro. A primeira foi obrigada a dar adeus à carreira, condenada durante anos a uma cadeira de rodas, e a segunda morreu na tragédia. Revoltada, Mariah criou Aline incutindo na menina o desejo de vingança contra César, que sempre julgou responsável pelo acidente.
O plano de vingança começa a se concretizar quando Aline consegue um emprego como secretária de César. Fazendo-se de boa moça, ela se torna amiga de Pilar e Bernarda (Nathalia Timberg), e passa a frequentar a casa da família. Sedutora e ardilosa, a jovem vira amante de César e, antes que ele termine o relacionamento, engravida dele, levando-o a se separar de Pilar.
César e Aline se casam e vão morar com o bebê em uma mansão num condomínio distante, sem a presença de empregados. A localização da casa faz parte do plano da vilã, cujo objetivo é roubar toda a fortuna do médico, incluindo parte das ações do hospital. Para isso, ela adiciona um produto misterioso à comida e às bebidas que oferece ao marido, o que acaba por deixá-lo cego, tornando-o vulnerável e cada vez mais dependente dela. Aline convence César a assinar uma procuração em seu nome, e vai tirando o que pode do médico: transfere quantias em dinheiro para sua conta, e parte dos bens para seu nome. Além disso, torna-se amante de Ninho (Juliano Cazarré), que vira seu cúmplice nas armações. Obcecada, mau caráter e com um perfil de psicopata, Aline não cuida bem nem do filho, que chama de “menino chato”. A criança foi apenas mais um golpe para concretizar sua vingança.
A certa altura, Mariah vai morar com a sobrinha na mansão e, em conversas com César – que, cego, não a reconhece -, passa a desconfiar de que ele não teve culpa no acidente que matou sua irmã. A ex-bailarina questiona as crueldades de Aline, e acaba sendo morta em uma discussão com Ninho e a sobrinha. Seu corpo é enterrado no jardim.
As armações de Aline se voltam também contra Paloma: a vilã arma uma situação para que a médica pense que ela e Bruno (Malvino Salvador) são amantes, provocando a separação dos dois. Sua intenção é manter a pediatra longe de César, para que ela possa seguir com seu plano. O casal só reata depois que Paloma assiste a um vídeo em que Mariah, antes de sua morte, revela à filha biológica que é tia de Aline, e que a sobrinha forjou a suposta traição de Bruno.
Preocupados com a situação de César, Paloma, Félix (Mateus Solano) e Lutero (Ary Fontoura) tentam de todas as formas convencer o médico a se mudar daquela casa e submeter-se a um tratamento mais adequado; mas, instigado por Aline, ele se recusa, ficando à mercê da mulher, e cada vez mais isolado na mansão. Totalmente enfeitiçado por Aline, ele briga com todos, inclusive com os filhos, alegando que eles só querem seu dinheiro. Enquanto isso, Aline e Ninho fazem o que querem e ficam juntos até mesmo na frente do médico, já que ele não pode enxergar. Certa de que Aline tem um plano maquiavélico, Paloma convence o pai a aceitar em casa a presença da médica Rebeca (Paula Braun). A ideia é que Rebeca ajude a cuidar de César e da casa, e também espione se há alguma coisa errada.
A essa altura, com as coisas estranhas que acontecem na casa, César já está desconfiado de Aline, e pede que Rebeca o ajude a descobrir se a mulher tem um amante. Rebeca flagra Ninho e Aline juntos, e é aprisionada num quartinho. Um plano de Félix para desmascarar a vilã faz com que César, finalmente, descubra a traição. Rebeca é libertada. César, revoltado, quase mata Aline ao tentar golpeá-la com uma faca, mas é impedido pelo filho, que o leva de volta para a casa de Pilar, juntamente com o bebê. Pilar, que a essa altura refez sua vida ao lado de seu motorista, Maciel (Kiko Pissolato), acolhe César e passa a cuidar da criança.
Após o flagrante, Aline – que havia planejado viajar sozinha para a Bélgica, com tudo o que conseguiu roubar – esfaqueia Ninho e o deixa à beira da morte. Ele, porém, consegue socorro médico e revela à Paloma o plano da vilã. Aline é presa no aeroporto e não escapa de uma acareação com Ninho, que revela todas as suas maldades.
Na penitenciária, Aline recebe a visita de César, que ainda acredita que ela o ama e está disposta a perdoá-la. Ele quer entender por que ela agiu de forma tão cruel com ele. A vilã, enfim, tira a máscara: revela todo o plano arquitetado com a tia, diz que nunca o amou e que sempre teve nojo dele. Ainda cospe na cara de César, que tem um AVC na hora.
No último capítulo, Aline morre eletrocutada na cerca do muro da prisão, após tentar fugir com um grupo de detentas. César, com o lado direito paralisado e a visão ainda prejudicada, já que só a recuperou parcialmente, vai morar com Félix e Niko (Thiago Fragoso). Antes disso, ele fica sabendo que Pilar foi quem planejou o acidente que vitimou a mãe de Aline.
Pilar revela à família que queria se livrar de Mariah, já que a bailarina ameaçava tirar-lhe Paloma, e que pagou a um ex-motorista para cortar os freios do carro da rival, mas que não sabia que havia mais uma mulher e uma criança a bordo. No final da trama, César, arrasado após ter sofrido um AVC, diz que quem acabou se vingando de todas suas traições foi ela. Pilar pede perdão a ele e à família e se dispõe a criar o filho de César e Aline.
Félix: de vilão a mocinho
Homossexual, ferino, irônico e extremamente divertido, Félix (Mateus Solano) é o grande destaque de “Amor à Vida”. O personagem percorre uma trajetória que vai de vilão a mocinho da trama, com direito a redenção no final.
Logo no primeiro capítulo da história, Félix diz a que veio, mostrando do que é capaz em nome da ambição: joga a filha recém-nascida de sua irmã, Paloma (Paolla Oliveira), em uma caçamba de lixo, sem resquícios de piedade, e ainda a apelida de “Ratinha” – isso após abandonar Paloma, desfalecida e à beira da morte, no chão de um bar.
Félix é casado com Edith (Bárbara Paz), com quem tem um filho, Jonathan (Thales Cabral). Mas tudo não passa de fachada. Embora Edith demonstre amá-lo de verdade, Félix formou aquela família para agradar ao pai e camuflar sua homossexualidade. Ele maltrata o filho e, secretamente, tem encontros com um namorado, Anjinho (Lucas Malvacini).
No decorrer dos capítulos, sua ficha criminal só aumenta: superfatura contratos de fornecedores, roubando dinheiro do hospital da própria família para financiar um projeto; paga seu motorista, Maciel (Kiko Pissolato), para provocar um acidente e tirar Atílio (Luís Melo) de seu caminho, quase levando-o à morte – o diretor financeiro do San Magno descobre suas falcatruas e ameaça contar tudo a César (Antonio Fagundes); oferece ajuda para aplicar o dinheiro de Amarilys (Danielle Winits) no mercado financeiro e fica com toda a quantia, dizendo que a aplicação não deu certo; falsifica um exame de DNA que confirmaria, perante a Justiça, que Paloma é mãe de Paulinha (Klara Castanho); ajuda Ninho (Juliano Cazarré) e Alejandra (Maria Maya) a sequestrarem Paulinha; manipula para que a irmã, presa por tráfico de drogas após uma armação de Alejandra, seja taxada de desequilibrada e internada em uma clínica de psiquiatria, onde é maltratada com choques elétricos; rompe com o pai e consegue provas de que este desviava dinheiro do hospital, conseguindo substituí-lo na direção do San Magno; entre outras ações nefastas.
O ponto de virada do personagem acontece quando todos ficam sabendo que ele jogou Paulinha no lixo. Após uma briga feia com Paloma, Félix, na frente de toda a família, desabafa seu ódio contra a irmã e o ressentimento por sempre ter se sentido rejeitado pelo pai.
César nunca demonstrou afeto pelo filho, e nunca o aceitou como ele era. No passado, temendo que ele assumisse sua homossexualidade, contratou Edith, então uma garota de programa com quem costumava se encontrar, para se aproximar do rapaz. Os dois se casaram. Mais tarde na trama, Edith, cansada das traições de Félix com Anjinho, revela diante de toda a família que ele é gay e tem um amante. César não perdoa o filho, e a relação dos dois azeda ainda mais, a ponto de o médico exigir que o filho reprima sua sexualidade se quiser continuar trabalhando no hospital. Ao longo da novela, fica claro que César não é o modelo de homem que aparentava ser no início da trama. O personagem se revela preconceituoso, homofóbico e antiético.
Outro ponto alto da novela acontece quando Edith revela que Jonathan não é filho de Félix, mas de César. A essa altura, César já está separado de Pilar (Susana Vieira), e vivendo com Aline (Vanessa Giácomo). Edith é expulsa de casa, e vai embora com sua mãe, Tamara (Rosamaria Murtinho), mais uma golpista cujo interesse é arranjar um milionário. As duas administram uma butique em um shopping. Edith, que já virara amante de Wagner (Felipe Titto), o copeiro da mansão de Pilar, continua se encontrando com ele.
Outro segredo vem à tona após Félix ser desmascarado no caso de Paulinha. Pilar teve dois filhos, Cristiano e Félix, mas o primeiro morreu afogado na piscina da casa. Márcia (Elizabeth Savala), que à época trabalhava como babá das crianças, foi acudir Félix e não viu que a outra criança se afogava. Denunciada por Pilar, a ex-chacrete foi presa.
Até então o grande vilão da trama, Félix é expulso de casa por Pilar, passa a ser odiado por Paloma, e perde tudo o que tem. Menos o humor. Ele é acolhido por Márcia, a única que se dispõe a ajudá-lo, e passa a vender cachorro quente na rua 25 de Março, com direito a camisa amarrada na cintura e flor vermelha no cabelo. Vira sensação com o bordão “Olha o hot dog do Félix! Vem que tem”. Além disso, é obrigado a andar de ônibus e passar por humilhações na tentativa de conseguir um emprego a sua altura.
A nova realidade faz com que Félix descubra o que realmente tem valor na vida. Ele se afeiçoa a Márcia, a quem chama de brega, e se aproxima de Niko (Thiago Fragoso), com quem inicia uma grande amizade. Félix ajuda Niko a enfrentar as armações de Amarilys (Danielle Winits) para roubar seu filho, e os dois se transformam no mocinho e na mocinha da história, com direito a torcida do público para que o romance se concretize. Paralelamente, Pilar perdoa o filho e aceita que ele volte para casa, desde que procure todos que prejudicou e revele todas as suas maldades. E é o que ele faz.
A redenção de Félix também passa pela ajuda que ele dá a Paloma, entregando a ela o vídeo em que Mariah (Lúcia Veríssimo) inocenta Bruno (Malvino Salvador) da acusação de ter um caso com Aline. No vídeo, Mariah revela que tudo não passou de um plano de Aline para afastar Paloma do marido. Graças a Félix, Paloma e Bruno reatam. Em seguida, ele se une à irmã para tentar salvar o pai das garras da vilã Aline. Embora César insista em desprezá-lo – confirmando que tem vergonha por ele ser homossexual e chegando a dizer que preferia que ele, e não Cristiano, tivesse morrido afogado –, Félix continua amando o pai, e faz o que pode para ajudá-lo. É Félix quem arma o plano para desmascarar Aline.
Nos capítulos finais da novela, para surpresa de todos, Edith revela que Jonathan é mesmo filho de Félix, e não de César, e que só havia mentido para se vingar do ex-marido.
Félix e Niko chegam ao fim da trama morando juntos em uma casa de praia, cuidando dos fillhos Fabrício e Jayminho, e também de César, que Félix leva para morar com eles.
No capítulo final, acontece o tão esperado beijo do casal – o primeiro beijo gay em uma novela da Globo. Na sequência, César, finalmente, chama Félix de filho e diz que o ama. É a última cena da novela, ao som da Quinta Sinfonia de Mahler.
Valdirene – Inteligência pura
Neymar, Alexandre Pato, Gusttavo Lima, Gustavo Borges, Luciano Huck, Victor Belfort. Esses são alguns homens famosos que viram alvo de Valdirene (Tatá Werneck), a Val Delícia. A periguete passa praticamente a novela toda tentando dar o golpe da barriga em algum milionário e, assim, resolver sua vida. Sempre com o apoio da mãe, a ex-chacrete Márcia (Elizabeth Savala), que criou a filha com um único objetivo na vida: fisgar um marido rico.
Valdirene, entretanto, não leva jeito para periguete – é desengonçada, baixinha, não tem o corpo escultural das modelos, e coleciona uma série de gafes. Ignorante, usa palavras cujo significado desconhece, mas toda vez que a mãe, Márcia, pergunta se ela é burra, ela garante: “Sou inteligência pura”. Márcia e a filha são muito unidas. Val costuma chamar a mãe de “mãezoca”.
Valdirene protagoniza momentos hilários: anda curvada e de pernas abertas porque mal consegue se equilibrar sobre os saltos altos; apesar de se jogar para cima dos homens ricos, alardeia que é uma mulher “difícil, dificílima”; e não tem educação à mesa, devorando qualquer iguaria sem a menor cerimônia. Como cresceu se alimentando basicamente de cachorro quente – que sua mãe vende na rua 25 de Março –, a moça vive esfomeada, querendo “tirar a barriga da miséria”. A aspirante a mulher de milionário atravessa vários capítulos se dando mal, sendo desprezada por seus alvos, barrada por seguranças, expulsa de festas, clubes e academias. Ela se apaixona pelo vizinho Carlito (Anderson di Rizzi), que a ama de verdade, mas o despreza porque ele é pobre.
A relação de Valdirene e Carlito, que ela chama carinhosamente de Palhaço, sofre altos e baixos durante a trama. Embora apaixonada por ele, Val não quer perder de vista seu objetivo, e vive dando o fora no rapaz, para sofrer em silêncio depois.
A certa altura, Valdirene finalmente consegue fisgar um namorado rico, o bon vivant Ignácio (Carlos Machado), que a pede em casamento. O noivado, porém, é desfeito no altar, no dia da cerimônia, depois que Ignácio descobre que Val está grávida de Carlito.
Valdirene dá à luz a pequena Marijeine, mas continua separada de Carlito, disposta a recomeçar sua busca por um milionário. Tempos depois, Ignácio se reaproxima da jovem e a leva, junto com a filha e Márcia, para morar com ele e sua mãe, Eudóxia (Angela Rabelo). A sogra não suporta a falta de educação da nora, e Val é obrigada a fazer aulas de etiqueta. O esperto Murilo (Emilio Orciollo Neto) vira o professor de etiqueta da moça. A união de Ignácio e Valdirene não dura muito, porque Eudóxia, ajudada pela interesseira Gigi (Françoise Forton), desmascara a nora, que vinha se encontrando às escondidas com Carlito.
A proximidade de Murilo e Val faz com que ambos descubram uma afinidade: o sonho de participar do Big Brother Brasil. Val, Murilo e Jefferson (Celso Bernini) se unem e fazem de tudo para entrar no reality show: gravam fitas de apresentação, marcam presença na porta do Projac, de onde Valdirene é expulsa inúmeras vezes após conseguir dar vários jeitos de entrar no local; e são entrevistados por Boninho, até serem selecionados para a casa de vidro, onde passam a disputar a vaga entre si e com a candidata Ellen (Dani Vieira), por quem Murilo se apaixona.
Val é a escolhida para entrar no programa. Ela passa apenas um dia e uma noite interagindo com os candidatos reais do Big Brother Brasil 14, sendo eliminada logo em seguida. Na volta para casa, é recebida por uma legião de fãs, e chamada para posar nua. Finalmente, consegue a fama almejada, como uma ex-BBB.
A essa altura, Carlito já se transformou em um DJ famoso, o MC Carlito, e se apresenta em shows, festas e programas de TV. Mas não esquece sua amada, que continua a não aceitá-lo como marido.
Nos capítulos finais, Valdirene desmaia na sessão de fotos para a revista masculina e o ensaio não se realiza. Atendida por um médico, descobre que está grávida novamente de Carlito, e decide não mais posar nua. Ela e Carlito se casam, e Val dá à luz uma segunda menina.
A rainha do hot dog e o desmemoriado
Márcia (Elizabeth Savala) é uma lutadora, que sustenta a si própria e a filha, Valdirene (Tatá Werneck), vendendo cachorro quente na movimentada rua 25 de Março, tradicional centro de comércio popular em São Paulo. Ex-chacrete do programa Cassino do Chacrinha, conhecida como Tetê Para-choque e Para-lama, Márcia transferiu para a filha o sonho de ser famosa e de casar com um milionário para sair da pobreza. A “rainha do hot dog” vive arquitetando planos para que Valdirene fisgue um bom partido.
Surpreendentemente, é Márcia que, sem saber, arruma um marido rico. Ela acolhe em sua casa o desmemoriado Atílio (Luis Melo), diretor financeiro do hospital San Magno, que encontra na rua por acaso, maltrapilho e esfomeado. Os dois iniciam uma relação e se casam, ignorando a bigamia do noivo, que já é casado com Vega (Christiane Tricerri).
Atílio perdeu a memória após um acidente provocado a mando de Félix (Mateus Solano). Ele fugiu do San Magno, onde estava internado, e foi parar na rua 25 de Março, dizendo chamar-se Alfredo Gentil.
No decorrer da novela, Atílio vai recuperando a memória, e ora age como Atílio, ora como Gentil, em um claro exemplo de dupla personalidade. Gentil é completamente diferente do elegante e educado Atílio: paquerador, adora beliscar o traseiro das mulheres. Quando ele, finalmente, lembra quem é, não sabe como consertar as trapalhadas, e acaba se dividindo entre Márcia e Vega, além de voltar a se envolver com Gigi (Françoise Forton), sua ex-mulher, que o acolhe em sua casa depois que as outras duas o mandam embora de suas vidas.
Atílio é preso por bigamia e, na saída da prisão, Vega o leva para casa. Como ainda é casada com ele, ela o declara incapaz e passa a administrar todos os seus bens, deixando-o de mãos atadas. Atílio, porém, não esquece Márcia, e os dois voltam a se encontrar, embora a vendedora de cachorro quente tente resistir a esse amor. Atílio, por sua vez, é muito mais feliz quando vira Gentil. Após ser procurado por Márcia, que o intima a largar Vega e abrir mão de seu dinheiro, ele decide ficar com a ex-chacrete, mesmo que tenha de sobreviver vendendo hot dog, como na época em que perdeu a memória.
No último capítulo, Vega, enfim, decide dar o divórcio a Atílio, e ele recupera seu dinheiro. Ele e Márcia vão morar juntos no apartamento onde ele vivia com a ex-mulher.
Perséfone Tamanho GG
Pérsefone (Fabiana Karla), a enfermeira acima do peso do hospital San Magno, merece um capítulo à parte. A personagem passou parte da trama tentando perder a virgindade, e se insinuou para colegas e desconhecidos ao longo dos capítulos. Suas investidas, porém, sempre davam errado. Até que o fisioterapeuta Daniel (Rodrigo Andrade), um dos seus alvos, acabou se apaixonando pela gordinha, e levou-a ao altar.
A lua de mel do casal não durou muito. Daniel, apesar de apaixonado, começou a se incomodar com os hábitos alimentares e a vida sedentária da mulher, e sua campanha para fazê-la emagrecer acabou por magoá-la. Perséfone decidiu se separar, mas passou a usar o médico Vanderlei (Marcelo Argenta) – apelidado de Coqueirão – para fazer ciúmes no ex-marido. Daniel, por sua vez, tentou usar a secretária Simone (Vera Zimmermann) para enciumar a ex-mulher. No fim das contas, Daniel e Vanderlei passaram a disputar Perséfone, que optou pelo amor do segundo.
Nos capítulos finais, prestes a fazer um cruzeiro com seu novo amor, Perséfone é chamada para ser modelo de peças de tamanho GG.
Niko, Eron, Amarilys e o golpe da barriga solidária
Eron (Marcello Antony) e Niko (Thiago Fragoso) formam um casal gay, e vivem uma relação estável e feliz. O primeiro é advogado do hospital San Magno. O segundo, dono e chef de um restaurante de comida japonesa. Bem-sucedidos, eles representam um modelo familiar que se sustenta em pilares como o respeito e o afeto.
A relação dos dois é abalada quando entra em cena a dermatologista Amarilys (Danielle Winits). Amiga de Niko, ela sugere ser barriga solidária da dupla, para gerar o filho com que o amigo tanto sonha. Niko quer ampliar a família. A ideia é que Amarilys gere o fruto da inseminação artificial que juntaria os espermatozoides do casal com o óvulo de uma doadora anônima. As coisas, porém, não saem como o planejado.
Com a conivência do amigo médico Laerte (Pierre Baitelli), e sem que Niko e Eron saibam, Amarilys fornece seu próprio óvulo para ser inseminado. Após algumas tentativas frustradas de fertilização, a médica, que a essa altura se apaixonou por Eron, se insinua para o advogado e os dois se relacionam. Amarilys engravida, e Niko se sente o mais feliz dos mortais, ignorando o que se passou entre ela e Eron. Além da futura chegada do bebê, Niko convence Eron a adotar Jayminho (Kayky Gonzaga), menino que mora em um abrigo de menores. O casal, que havia entrado na fila de adoção antes de optar pela inseminação artificial, é contactado a respeito de Jayminho, e Niko se encanta pelo garoto.
Depois que Fabrício, o bebê, nasce, Amarilys não cumpre o trato inicial e faz tudo para não se afastar da criança. Quando Niko descobre a traição de Eron, fica revoltado com os dois, mas vê-se obrigado a conviver com ele e a médica em sua casa.
Eron e Amarilys decidem morar juntos, e com o bebê, desrespeitando e passando por cima dos sentimentos de Niko. A disputa vai parar nos tribunais, quando, após um teste de DNA, é revelado que a criança é filha apenas de Niko. Explica-se: quando Amarilys teve relações com Eron, ela já estava grávida, embora achasse que a fertilização não havia dado certo, por conta de um sangramento. E o óvulo fecundado não foi o da médica, mas o de uma desconhecida.
Niko comemora o resultado, mas Amarilys não se conforma em perder Fabrício. Eron cai em si a respeito do mal que fez a Niko, e decide se separar da médica, que chega a sequestrar o bebê para tentar fugir com ele para fora do Brasil. O plano é frustrado por Niko e Félix (Mateus Solano), que ajuda o chef a resgatar o filho.
Amarilys ainda tentar dar o mesmo golpe em um outro casal de gays, mas seu plano é frustrado por Niko, que conta aos dois o que passou nas mãos da médica. Eron chega ao fim da trama com um novo companheiro, o médico André (participação de Eriberto Leão), novo cirurgião-chefe do hospital San Magno. E Félix e Niko formam uma família: o casal vai morar em uma casa no litoral, junto com Fabrício, Jayminho e César (Antonio Fagundes), que, debilitado por conta de um AVC, passa a morar com o filho.
A golpista Leila e seu cúmplice Thales
“Amor à Vida” apresentou várias tramas paralelas. Uma delas envolve a ambiciosa Leila (Fernanda Machado) e seu namorado, Thales (Ricardo Tozzi). A sobrinha de Pilar (Susana Vieira) vislumbra uma oportunidade de enriquecer sem fazer esforço ao conhecer Nicole (Marina Ruy Barbosa), uma jovem rica e órfã, sozinha no mundo.
Nicole é filha de antigos amigos de Pilar. Quando ela chega ao Brasil, esta pede a Leila que fique amiga da moça e faça companhia a ela em passeios pela cidade. Leila ganha a confiança de Nicole. Tempos depois, Nicole descobre que tem câncer. Encantada com a fortuna da jovem milionária, Leila logo arma um plano: convence Thales a cortejar Nicole e casar-se com ela, para ficar com todo o seu dinheiro.
O plano dá certo, e Nicole sobe ao altar com Thales, após fazer um testamento em que deixa a maior parte de sua fortuna para o amado. Ainda na igreja, porém, ela descobre toda a farsa, graças à ex-governanta Lídia (Angela Rebello), que sempre a amou como uma filha. Nicole morre nos braços do marido.Leila e Thales passam a morar na mansão de Nicole. Ela comemora o sucesso do plano, mas ele, arrependido e culpado, sofre com tudo o que aconteceu, e passa a ter visões da morta. Nicole só aparece para Thales, que se dá conta de que havia se apaixonado por ela, embora se deixasse manipular por Leila.
As aparições de Nicole deixam Thales estranho e sorumbático, e Leila cada vez mais fora de si. Até que, certa ocasião, a malvada cai da escadaria da mansão e é operada, não conseguindo mais mexer os braços e as pernas. Ela e Thales vão para o exterior em busca de tratamento. Após vários meses, Leila fica curada.
Mais tarde na trama, surge em cena uma nova personagem, Natasha (Sophia Abraão), irmã bastarda de Nicole, que reclama sua parte na herança. Natasha é filha de Lídia com o pai de Nicole. A jovem se une à mãe e ao médico Rogério (Daniel Rocha) para tentar vingar a irmã.
Leila tenta manipular Thales para que ele faça com Natasha o mesmo que fez com Nicole. A vilã planeja matar a moça depois que ela se casar com o escritor, mas ele se apaixona por ela e, como prova de amor, abre mão de sua parte na herança, deixando Leila a ver navios.
Enfurecida, Leila vai à mansão, golpeia Natasha e ateia fogo à casa. Mas é ela própria quem acaba consumida pelo fogo, enquanto Natasha é resgatada por Thales, que se arrisca para salvar a vida da amada.
Depois de mais essa prova de amor, Natasha pede Thales em casamento. Anteriormente, sua intenção era somente fazer com que ele se apaixonasse por ela e abrisse mão da herança em seu nome. Mas ela também se apaixonou por ele. Os dois chegam felizes ao fim da trama.
Lutero e Bernarda: amor na terceira idade
Lutero (Ary Fontoura) começa a novela como cirurgião-chefe do hospital San Magno. Respeitado e admirado pelos colegas e pupilos, o médico é destituído do cargo depois que suas mãos perdem a firmeza, impedindo que ele faça cirurgias. Mas ele continua trabalhando no hospital, como chefe dos médicos residentes.
Quando perde o cargo, Lutero também perde o chão, sendo consolado por Bernarda (Nathalia Timberg), a mãe de Pilar (Susana Vieira). Ela se torna uma grande amiga e confidente do cirurgião. Com o passar do tempo, os dois desenvolvem mais do que uma amizade e, unidos pelo afeto, começam a namorar, experimentando o amor na terceira idade. Os dois se casam.
Gigi, a falida
Gigi (François Forton), ex-mulher de Atílio (Luís Melo), é uma mulher divertida que vive tentando resgatar o antigo padrão de vida. Mãe de Murilo (Emilio Orciollo Netto) e avó de Sandra (Thavyne Ferreira) – embora deteste ser chamada de avó –, ela não se constrange em recorrer ao ex-marido para sanar as dívidas acumuladas pelos excessos de quem não se dá conta de que as coisas mudaram. Volta e meia, Gigi também recorre à amiga Pilar (Susana Vieira), pedindo ajuda para pagar suas contas. O filho, Murilo, não ajuda. O rapaz é um bon vivant sem um tostão, que também não quer saber de trabalhar.
Gigi, o filho e a neta moram em um casarão decadente, que clama por reformas. A certa altura da trama, sem a ajuda de Atílio e de Pilar, Gigi começa a vender quentinhas, mas não abandona os velhos hábitos. Nem a busca por um marido rico, que chega ao fim quando ela consegue laçar Ignácio (Carlos Machado).
Ignácio vive às custas do pai, Rubão (Francisco Cuoco), mas perde a fonte de renda quando este decide parar de bancar a vida boa do filho. Ele e Gigi são obrigados a continuar morando na casa velha, dividindo o espaço com Murilo, sua namorada Ellen (Dani Vieira), Sandrinha e a mãe de Ignácio, a pernóstica Eudóxia (Angela Rabelo). A família passa a vender quentinhas para sobreviver.
A família de Ordália
Um dos núcleos divertidos da novela é o bar de Denizard (Fúlvio Stefanini), o pai de Gina (Carolina Casting), Carlito (Anderson di Rizzi), Bruno (Malvino Salvador) e Luciano (Lucas Romano). Homem ignorante, de coração grande, Denizard é o típico pai de família bonachão, mas que não tem papas na língua nas críticas aos filhos e no relacionamento com as pessoas. Ele diz o que pensa. No dia a dia do bar, vive brigando com seu funcionário, Rinaldo (Marcelo Flores), a quem chama de “Filósofo”.
Denizard é casado com Ordália (Eliane Giardini), auxiliar de enfermagem no hospital San Magno, com quem vive um casamento feliz. Ele conheceu Ordália quando ela já estava grávida de Gina, fruto de um relacionamento com outro homem, e a aceitou como esposa.
O destino prega uma peça na família quando a doce e inexperiente Gina, que nunca se envolveu com homem algum, se envolve justamente com o grande amor da mãe, o agora médico Herbert (José Wilker), que é chamado para trabalhar no San Magno. Herbert, que sempre foi mulherengo – razão pela qual Ordália o deixou, quando eram jovens – fica sinceramente encantado pela pureza de Gina. Os dois não trocam mais do que alguns beijos respeitosos, mas como a afeição é recíproca, decidem ficar noivos.
Gina nunca apresentou seu pretendente à família, e quando chega o dia do noivado, o mundo desaba para Ordália e a filha. A princípio todos pensam que Herbert é o pai biológico de Gina, e tanto ele quanto a moça sofrem muito com a revelação. Ordália, porém, garante que Gina é filha de outro homem, com quem se envolveu depois que foi traída.
Para afastar a filha de Herbert, Ordália se separa de Denizard e, em segredo, começa a se relacionar com o amor do passado, embora com ressalvas e uma estranheza em seu comportamento. Herbert, no fundo, nunca a esqueceu, e espera retomar a antiga relação. Enquanto isso acontece, Gina se converte a uma religião pentecostal e passa a frequentar os cultos da igreja evangélica do bairro, onde conhece o jovem Elias (Sidney Sampaio). Eles se apaixonam e se casam.
Nos capítulos finais, Ordália revela a Herbert que só voltou a se envolver com ele para mantê-lo longe de Gina. Sua preocupação era que a filha, com toda sua fragilidade, não suportasse se um dia Herbert a traísse, como ele fez com ela própria no passado. O que certamente aconteceria, pois o médico, diante das hesitações de Ordália, já começara a se envolver com Edith (Bárbara Paz), cujo objetivo passou a ser fisgar um homem rico. Ordália volta para Denizard, que a recebe de braços abertos. Gina engravida de Elias. E Herbert termina sozinho, já que Edith o larga na cerimônia de casamento e assume seu romance com Wagner (Felipe Titto), o ex-copeiro da mansão de Pilar (Susana Vieira).
Linda, a autista
“Amor à Vida” apresentou algumas ações socioeducativas ao longo de seus capítulos. A de maior destaque foi a trama envolvendo a autista Linda (Bruna Linzmeyer), a jovem filha de Amadeu (Genézio de Barros) e Neide (Sandra Corveloni). A doença de Linda, que necessita de muitos cuidados e atenção especial, faz com que sua família seja obrigada a se reinventar e descobrir novas formas de se relacionar. A trama mostra que o autismo pode se manifestar de diversas formas, e que não é impossível ajudar o doente a superar muitos de seus limites.
Linda tem crises temporárias, muitas provocadas pela insensibilidade e pelo desafeto da irmã, Leila (Fernanda Machado), que não tem paciência para a jovem e defende sua internação. Já Daniel (Rodrigo Andrade) é extremamente carinhoso com a irmã mais nova, que é superprotegida pela mãe. Por excesso de zelo, Neide, involuntariamente, impede a evolução da filha.
No decorrer da trama, Linda passa a contar com o apoio de Rafael (Rainer Cadete), jovem advogado que faz o que pode para inseri-la na sociedade. Rafael enfrenta a resistência e a desconfiança da família da jovem até provar que realmente ama Linda e tem boas intenções. Linda fica mais independente, dentro de suas limitações, e cada vez mais ligada a ele.
Nos capítulos finais, Rafael pede Linda em casamento, com a concordância de Amadeu e Neide. Como ela precisa de cuidados especiais, continua morando com os pais, e ele se muda para a casa da família.
Michel, Patrícia, Silvia e Guto: troca de casais
Michel (Caio Castro) e Patrícia (Maria Casadevall) se conhecem no hospital San Magno. Ele é o novo endocrinologista do prédio, um jovem bonito que atrai a atenção das mulheres. Ela trabalha como secretária no local. Logo nos capítulos iniciais, Patrícia se casa com Guto (Márcio Garcia) e é traída na lua de mel. Depois disso, fica predisposta ao sexo com qualquer homem por quem se sinta atraída, sem vínculos afetivos, já que não acredita mais nos relacionamentos amorosos. Michel, mulherengo, também não quer saber de compromisso, e age da mesma forma.
Os dois sentem uma forte atração física um pelo outro, e começam a se relacionar. Com o tempo, a ligação se fortalece e o relacionamento fica mais sério. Até que a advogada Sílvia (Carol Castro) surge para incrementar a trama. Ela é mulher de Michel, de quem estava momentaneamente separada porque os dois haviam decidido dar um tempo na relação. Quase ao mesmo tempo, Guto reaparece na vida de Patrícia. O que era um triângulo vira um quarteto, com direito a traições e troca de casais: após voltarem para seus respectivos pares, Michel e Patrícia tornam a ficar juntos, enquanto Sílvia e Guto também se entendem. Nos capítulos finais, Patrícia descobre que está grávida, mas não sabe se o filho é de Guto ou de Michel.
AUDIÊNCIA
“Amor à Vida” obteve média geral de 35,8 pontos, considerada boa para o horário – que possui 35 pontos como meta estipulada. Durante os oito meses em que esteve no ar, o folhetim manteve-se estável, sem apresentar grandes alterações em sua média parcial. Ainda assim, houve um crescimento de % em relação à “Salve Jorge”, sua antecessora.
A trama estreou com 36 pontos de média. Ainda na primeira semana, bateu recorde negativo com 29 pontos no sábado. Em 29 de fevereiro, anotou 27 de média, seu pior desempenho em toda a exibição.
Na terceira semana, com o 13º capítulo, bateu recorde com 38 pontos. Atingiu média de 40 pela primeira vez em 4 de maio, com o 67º episódio. No dia 25 do mesmo mês, cravou 41. Em 17 de agosto, com o capítulo 157, em que o vilão Félix (Mateus Solano) é desmascarado, voltou a bater recorde com 43 pontos.
O folhetim só voltou a crescer na reta final. Na penúltima semana, em 22 de outubro, registrou 44 pontos de média. O último capítulo rendeu 48 pontos ao SBT, com 51 de pico, seu melhor resultado em toda a exibição.
PRODUÇÃO
O sucesso do autor Walcyr Carrasco em todas as faixas do SBT possibilitou sua promoção ao horário mais nobre da emissora. Em 2019, ele escrevia “Eta Mundo Bom!” na faixa das 18h, folhetim que se tornou o mais bem-sucedido em mais de 10 anos, e por conta disso, foi convocado para escrever sua primeira novela às 21h15. No argumento já pronto, o autor prometeu um folhetim tradicional e um conflito familiar como fio condutor para a obra. No dia 1º de julho de 2019, Carrasco foi convocado e anunciado como o responsável pela novela substituta de “Salve Jorge”, com exibição prevista a partir de fevereiro de 2020.
No dia 21 de setembro, Walcyr entregou a sinopse completa do folhetim. Em 1º de outubro, o autor anunciou “Em Nome do Pai” como título provisório da trama: “O título possui dois sentidos para os dois núcleos principais da trama. O primeiro, que é a família Khoury, a principal, temos um filho renegado que faz de tudo pra ser notado pelo pai. E temos o núcleo que interliga com esse, onde um homem que acaba de perder a esposa e o filho durante o parto, encontra um bebê abandonado em uma lixeira”. No dia 9, Wolf Maya foi anunciado como diretor geral e artístico da trama. Mauro Mendonça Filho também foi anunciado como diretor-geral. Os nomes de diretores secundários e roteiristas colaboradores também foram divulgados.
Os capítulos de “Em Nome do Pai” começaram a ser escritos no dia 21 de outubro. Já os primeiros nomes confirmados no elenco (Susana Vieira, Elizabeth Savalla, Márcio Garcia, Carol Castro, José Wilker, Eliane Giardini, Fúlvio Stefanini, Ary Fontoura, Nathalia Timberg, Rosamaria Murtinho, Luís Melo, Lúcia Veríssimo e Francisco Cuoco) foram anunciados no dia 24.
Em 28/10, o elenco começou a ser oficialmente escalado. Paolla Oliveira, Malvino Salvador, Vanessa Giácomo, Juliano Cazarré, Mateus Solano e Thiago Fragoso foram anunciados como intérpretes de alguns dos personagens principais no dia 31.
No dia 8 de dezembro foi anunciado o título oficial do folhetim: “Amor à Vida”. “Estamos discutindo relações familiares, com uma família como arco principal. Eles tem amor à tudo, mas não ao que deveriam realmente ter: à vida. É isso o que busco discutir, o valor às coisas que realmente importam”, justificou o autor. O elenco completo foi apresentado para a imprensa no dia 10, e as gravações tiveram início em 16/12.
O 100º capítulo da trama foi gravado pelos atores durante todo o dia 20 de maio (e exibido em 11 de junho). Em 8 de outubro de 2020, Walcyr Carrasco entregou à direção da novela o último capítulo de “Amor à Vida”, após 353 dias de muita escrita. As cenas foram mantidas em sigilo absoluto pelo diretor Wolf Maya.
No dia 27 de outubro, as gravações de “Amor à Vida” foram oficialmente finalizadas – totalizando 316 dias de produção. O desfecho foi exibido três dias depois, em 30/10.
Novela de: Walcyr Carrasco.
Colaboração: Daisy Chaves, Eliane Garcia, Daniel Berlinsky e Márcio Haiduck.
Direção: André Barros, André Felipe Binder, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
Direção-geral: Mauro Mendonça Filho.
Direção artística: Wolf Maya.
Exibida no horário das 21 horas entre 17 de fevereiro e 30 de outubro de 2020, em 221 capítulos. Substituiu “Salve Jorge” e foi substituída por “Em Família”. Foi a 79ª “novela das nove” exibida pela emissora.
Contou com Paolla Oliveira, Malvino Salvador, Juliano Cazarré, Mateus Solano, Susana Vieira, Antônio Fagundes, Elizabeth Savalla, Tatá Werneck.
TRAMA PRINCIPAL
“Amor à Vida” é uma trama contemporânea e urbana, ambientada em São Paulo, cujo tema central gira em torno dos segredos que movem as relações familiares. Em primeiro plano está a rica e bem-sucedida família Khoury, um modelo de família feliz, formada pelo médico César (Antonio Fagundes), sua mulher Pilar (Susana Vieira) e os filhos Félix (Mateus Solano) e Paloma (Paolla Oliveira). Sob as aparências, porém, escondem-se segredos alimentados por mágoas, ciúmes, ambições e falta de afeto.
César e Pilar parecem um casal em harmonia. Ela, dermatologista que largou a profissão para cuidar da família, é apaixonada pelo médico, e não consegue imaginar sua vida sem ele. Por amor, sempre relevou os casos extraconjugais do marido, diretor-presidente do hospital San Magno, um dos núcleos principais da história. Um desses casos vira determinante para uma série de reviravoltas na trama.
Paloma, a filha preferida de César, é uma jovem intensa, que não consegue entende por que sua relação com a mãe é tão carregada de tensões e conflitos. Félix, por sua vez, é o “queridinho” de Pilar. Desprovido de caráter e ambicioso ao extremo, sonha um dia assumir a direção do hospital, e vê a irmã como um obstáculo. No fundo, esconde uma grande mágoa por não ser amado pelo pai com a mesma intensidade com que César ama Paloma, por isso tem raiva dela. Paloma, no entanto, ama o irmão, em quem confia plenamente.
A história começa dez anos antes, quando os Khoury viajam ao Peru para comemorar o ingresso de Paloma no curso de Medicina. Félix aproveita as brigas da irmã com a mãe para tentar jogá-la contra os pais. Embora não tenha provas, ele acredita que Paloma é adotada, e convence a irmã disso. Desnorteada, Paloma rompe com os pais e decide reescrever sua trajetória ao lado de Ninho (Juliano Cazarré), rapaz que conhece na viagem, e por quem se apaixona. Ela abre mão do futuro previsível, da carreira médica e das posses da família para experimentar uma vida livre, sem metas traçadas. Ninho a convence a seguir seus passos, ou seja, andar sem rumo, com um estilo de vida onde não há espaço para regras, disciplinas nem amarras familiares que considera conservadoras.
Enamorados e sem um tostão no bolso, Paloma e Ninho se aventuram e vão parar na Bolívia. A jovem, no entanto, engravida, e os dois decidem voltar ao Brasil. Sem recursos, Ninho aceita transportar droga colada ao próprio corpo, mas é preso no aeroporto. Paloma consegue embarcar para São Paulo, e procura Félix em busca de ajuda. Frio e calculista, ele consegue libertar Ninho e reaproximá-lo da irmã, sem que Pilar e César desconfiem da gravidez.
Paloma e Ninho, porém, embora se amem, não se entendem mais, já que têm prioridades e objetivos diferentes. Após uma discussão em um bar, Ninho deixa Paloma sozinha, e ela dá à luz uma menina, em condições precárias, no banheiro do estabelecimento. Márcia (Elizabeth Savala), uma desconhecida, é quem faz o parto. Com receio da polícia, ela pede socorro e trata de deixar o local, deixando Paloma desmaiada e o bebê a seu lado. Paloma perde os sentidos durante o parto, e não chega a ver a filha viva.
Félix encontra Paloma e o bebê no banheiro do bar, acha que a irmã está morta e, sorrateiramente, leva com ele a criança, que joga em uma caçamba de lixo.
Paralelamente ao drama de Paloma, transcorre a história de Bruno (Malvino Salvador), que vê sua vida se transformar em uma grande tragédia quando a mulher, Luana (Gabriela Duarte), e o filho que ela dá à luz morrem no parto, no centro cirúrgico do San Magno. Desesperado, ele sai à rua e, caminhando a esmo, ouve o choro da criança abandonada em meio aos sacos de lixo. Bruno vê na menina um presente divino e, sem hesitar, decide criá-la como seu pai, contando com a conivência da mãe, Ordália (Eliane Giardini), enfermeira do San Magno, e da obstetra Glauce (Leona Cavalli), que é secretamente apaixonada por ele. As duas atestam que Luana deu à luz uma menina.
Levada para o hospital da família, Paloma é informada de que foi encontrada sozinha, e que seu bebê desapareceu, ou pode ter morrido. Coincidentemente, ela acaba amamentando a filha ao conhecer a suposta filha de Bruno no berçário. Paloma logo se afeiçoa à menina.
A história dá um salto de dez anos. Paloma nunca se recuperou da perda da filha e da paixão amarga que viveu com Ninho. Ela se torna pediatra, e passa a cuidar justamente de Paulinha (Klara Castanho), a filha de Bruno, que reaparece em sua vida. Com o reencontro, os dois se apaixonam. É a chance para que os três formem uma família.
A verdade sobre a origem de Paulinha vem à tona quando a menina precisa fazer uma cirurgia complicada. Paloma decide doar parte de seu fígado para salvar a vida da garota e, após os exames de praxe, desconfia que ela é sua filha desaparecida, o que é confirmado pelo teste de DNA. Convicta de que Bruno roubou sua filha, ela rompe com o corretor de imóveis e entra com uma ação na Justiça para ficar com Paulinha.
Félix não se conforma com a descoberta e faz o que pode para prejudicar Paloma, inclusive se aliando a Glauce – que nunca esqueceu Bruno – para tirar Paulinha de seu caminho. Para ele, a menina representa um obstáculo a seu sonho de chegar à direção do San Magno, pois tem certeza de que César, caindo de amores pela filha e pela neta, vai preteri-lo.
O vilão, com a ajuda de Glauce, falsifica um segundo teste de DNA – o que resulta na morte de uma enfermeira que flagra a obstetra trocando os frascos; manipula Ninho, que ainda é apaixonado por Paloma, para que ele não desista de reconquistá-la; e não hesita em tentar provocar a morte de Paulinha, trocando o medicamento que ela precisa tomar. Além disso, Félix incentiva e financia o sequestro da menina. Juntamente com Alejandra (Maria Maya), Ninho leva Paulinha para o Peru, certo de que Paloma irá atrás dele e que os dois podem se reconciliar. Paulinha, no entanto, é resgatada por Bruno e Paloma.Após muitas reviravoltas, Bruno ainda descobre que Luana, sua primeira mulher, poderia ter sobrevivido, junto com o filho, não fosse uma artimanha criminosa de Glauce. A médica sabia que Luana era cardíaca, mas não se preocupou em chamar um especialista para ficar na sala de parto, porque queria mesmo que a mulher morresse. Desmascarada, e prestes a ser denunciada e perder a licença de exercer a profissão, Glauce comete suicídio.
César e Pilar se separam ao longo da novela, em decorrência de traições e segredos que vêm à tona. Um deles envolve diretamente Paloma, e impulsiona uma série de acontecimentos na trama. Félix, por sua vez, após sofrer um golpe do destino, transforma-se em outra pessoa e tenta se reaproximar da irmã, alçada ao posto de presidente do San Magno.
No fim, Paloma perdoa Félix, após ele mostrar que realmente se regenerou. Ela ainda dá à luz um menino, formando com Bruno e Paulinha a família feliz com que sempre sonhou.
TRAMAS PARALELAS
A vingança de Aline
Aline (Vanessa Giácomo) se aproxima de César (Antonio Fagundes) para pôr em prática um plano urdido durante anos com sua tia, Mariah (Lúcia Veríssimo), uma bailarina famosa, que foi amante do médico no tempo em que ele já era casado com Pilar (Susana Vieira). Mariah engravidou de Paloma (Paolla Oliveira), mas não pôde ficar com a filha, levada por César para morar com ele e a esposa. César apareceu com a menina em casa e propôs a Pilar que os dois a adotassem, sem contar que se tratava do fruto de seu relacionamento com a bailarina. Quando soube da verdade, Pilar já estava afeiçoada à criança, e quis criar a menina mesmo assim, passando por cima de suas mágoas. Mas o fato de Paloma ser filha da amante de seu marido se refletiu, ao longo dos anos, em uma relação conflituosa com a filha adotiva.
Enquanto Pilar criava Paloma, Mariah e a mãe de Aline sofreram um trágico acidente de carro. A primeira foi obrigada a dar adeus à carreira, condenada durante anos a uma cadeira de rodas, e a segunda morreu na tragédia. Revoltada, Mariah criou Aline incutindo na menina o desejo de vingança contra César, que sempre julgou responsável pelo acidente.
O plano de vingança começa a se concretizar quando Aline consegue um emprego como secretária de César. Fazendo-se de boa moça, ela se torna amiga de Pilar e Bernarda (Nathalia Timberg), e passa a frequentar a casa da família. Sedutora e ardilosa, a jovem vira amante de César e, antes que ele termine o relacionamento, engravida dele, levando-o a se separar de Pilar.
César e Aline se casam e vão morar com o bebê em uma mansão num condomínio distante, sem a presença de empregados. A localização da casa faz parte do plano da vilã, cujo objetivo é roubar toda a fortuna do médico, incluindo parte das ações do hospital. Para isso, ela adiciona um produto misterioso à comida e às bebidas que oferece ao marido, o que acaba por deixá-lo cego, tornando-o vulnerável e cada vez mais dependente dela. Aline convence César a assinar uma procuração em seu nome, e vai tirando o que pode do médico: transfere quantias em dinheiro para sua conta, e parte dos bens para seu nome. Além disso, torna-se amante de Ninho (Juliano Cazarré), que vira seu cúmplice nas armações. Obcecada, mau caráter e com um perfil de psicopata, Aline não cuida bem nem do filho, que chama de “menino chato”. A criança foi apenas mais um golpe para concretizar sua vingança.
A certa altura, Mariah vai morar com a sobrinha na mansão e, em conversas com César – que, cego, não a reconhece -, passa a desconfiar de que ele não teve culpa no acidente que matou sua irmã. A ex-bailarina questiona as crueldades de Aline, e acaba sendo morta em uma discussão com Ninho e a sobrinha. Seu corpo é enterrado no jardim.
As armações de Aline se voltam também contra Paloma: a vilã arma uma situação para que a médica pense que ela e Bruno (Malvino Salvador) são amantes, provocando a separação dos dois. Sua intenção é manter a pediatra longe de César, para que ela possa seguir com seu plano. O casal só reata depois que Paloma assiste a um vídeo em que Mariah, antes de sua morte, revela à filha biológica que é tia de Aline, e que a sobrinha forjou a suposta traição de Bruno.
Preocupados com a situação de César, Paloma, Félix (Mateus Solano) e Lutero (Ary Fontoura) tentam de todas as formas convencer o médico a se mudar daquela casa e submeter-se a um tratamento mais adequado; mas, instigado por Aline, ele se recusa, ficando à mercê da mulher, e cada vez mais isolado na mansão. Totalmente enfeitiçado por Aline, ele briga com todos, inclusive com os filhos, alegando que eles só querem seu dinheiro. Enquanto isso, Aline e Ninho fazem o que querem e ficam juntos até mesmo na frente do médico, já que ele não pode enxergar. Certa de que Aline tem um plano maquiavélico, Paloma convence o pai a aceitar em casa a presença da médica Rebeca (Paula Braun). A ideia é que Rebeca ajude a cuidar de César e da casa, e também espione se há alguma coisa errada.
A essa altura, com as coisas estranhas que acontecem na casa, César já está desconfiado de Aline, e pede que Rebeca o ajude a descobrir se a mulher tem um amante. Rebeca flagra Ninho e Aline juntos, e é aprisionada num quartinho. Um plano de Félix para desmascarar a vilã faz com que César, finalmente, descubra a traição. Rebeca é libertada. César, revoltado, quase mata Aline ao tentar golpeá-la com uma faca, mas é impedido pelo filho, que o leva de volta para a casa de Pilar, juntamente com o bebê. Pilar, que a essa altura refez sua vida ao lado de seu motorista, Maciel (Kiko Pissolato), acolhe César e passa a cuidar da criança.
Após o flagrante, Aline – que havia planejado viajar sozinha para a Bélgica, com tudo o que conseguiu roubar – esfaqueia Ninho e o deixa à beira da morte. Ele, porém, consegue socorro médico e revela à Paloma o plano da vilã. Aline é presa no aeroporto e não escapa de uma acareação com Ninho, que revela todas as suas maldades.
Na penitenciária, Aline recebe a visita de César, que ainda acredita que ela o ama e está disposta a perdoá-la. Ele quer entender por que ela agiu de forma tão cruel com ele. A vilã, enfim, tira a máscara: revela todo o plano arquitetado com a tia, diz que nunca o amou e que sempre teve nojo dele. Ainda cospe na cara de César, que tem um AVC na hora.
No último capítulo, Aline morre eletrocutada na cerca do muro da prisão, após tentar fugir com um grupo de detentas. César, com o lado direito paralisado e a visão ainda prejudicada, já que só a recuperou parcialmente, vai morar com Félix e Niko (Thiago Fragoso). Antes disso, ele fica sabendo que Pilar foi quem planejou o acidente que vitimou a mãe de Aline.
Pilar revela à família que queria se livrar de Mariah, já que a bailarina ameaçava tirar-lhe Paloma, e que pagou a um ex-motorista para cortar os freios do carro da rival, mas que não sabia que havia mais uma mulher e uma criança a bordo. No final da trama, César, arrasado após ter sofrido um AVC, diz que quem acabou se vingando de todas suas traições foi ela. Pilar pede perdão a ele e à família e se dispõe a criar o filho de César e Aline.
Félix: de vilão a mocinho
Homossexual, ferino, irônico e extremamente divertido, Félix (Mateus Solano) é o grande destaque de “Amor à Vida”. O personagem percorre uma trajetória que vai de vilão a mocinho da trama, com direito a redenção no final.
Logo no primeiro capítulo da história, Félix diz a que veio, mostrando do que é capaz em nome da ambição: joga a filha recém-nascida de sua irmã, Paloma (Paolla Oliveira), em uma caçamba de lixo, sem resquícios de piedade, e ainda a apelida de “Ratinha” – isso após abandonar Paloma, desfalecida e à beira da morte, no chão de um bar.
Félix é casado com Edith (Bárbara Paz), com quem tem um filho, Jonathan (Thales Cabral). Mas tudo não passa de fachada. Embora Edith demonstre amá-lo de verdade, Félix formou aquela família para agradar ao pai e camuflar sua homossexualidade. Ele maltrata o filho e, secretamente, tem encontros com um namorado, Anjinho (Lucas Malvacini).
No decorrer dos capítulos, sua ficha criminal só aumenta: superfatura contratos de fornecedores, roubando dinheiro do hospital da própria família para financiar um projeto; paga seu motorista, Maciel (Kiko Pissolato), para provocar um acidente e tirar Atílio (Luís Melo) de seu caminho, quase levando-o à morte – o diretor financeiro do San Magno descobre suas falcatruas e ameaça contar tudo a César (Antonio Fagundes); oferece ajuda para aplicar o dinheiro de Amarilys (Danielle Winits) no mercado financeiro e fica com toda a quantia, dizendo que a aplicação não deu certo; falsifica um exame de DNA que confirmaria, perante a Justiça, que Paloma é mãe de Paulinha (Klara Castanho); ajuda Ninho (Juliano Cazarré) e Alejandra (Maria Maya) a sequestrarem Paulinha; manipula para que a irmã, presa por tráfico de drogas após uma armação de Alejandra, seja taxada de desequilibrada e internada em uma clínica de psiquiatria, onde é maltratada com choques elétricos; rompe com o pai e consegue provas de que este desviava dinheiro do hospital, conseguindo substituí-lo na direção do San Magno; entre outras ações nefastas.
O ponto de virada do personagem acontece quando todos ficam sabendo que ele jogou Paulinha no lixo. Após uma briga feia com Paloma, Félix, na frente de toda a família, desabafa seu ódio contra a irmã e o ressentimento por sempre ter se sentido rejeitado pelo pai.
César nunca demonstrou afeto pelo filho, e nunca o aceitou como ele era. No passado, temendo que ele assumisse sua homossexualidade, contratou Edith, então uma garota de programa com quem costumava se encontrar, para se aproximar do rapaz. Os dois se casaram. Mais tarde na trama, Edith, cansada das traições de Félix com Anjinho, revela diante de toda a família que ele é gay e tem um amante. César não perdoa o filho, e a relação dos dois azeda ainda mais, a ponto de o médico exigir que o filho reprima sua sexualidade se quiser continuar trabalhando no hospital. Ao longo da novela, fica claro que César não é o modelo de homem que aparentava ser no início da trama. O personagem se revela preconceituoso, homofóbico e antiético.
Outro ponto alto da novela acontece quando Edith revela que Jonathan não é filho de Félix, mas de César. A essa altura, César já está separado de Pilar (Susana Vieira), e vivendo com Aline (Vanessa Giácomo). Edith é expulsa de casa, e vai embora com sua mãe, Tamara (Rosamaria Murtinho), mais uma golpista cujo interesse é arranjar um milionário. As duas administram uma butique em um shopping. Edith, que já virara amante de Wagner (Felipe Titto), o copeiro da mansão de Pilar, continua se encontrando com ele.
Outro segredo vem à tona após Félix ser desmascarado no caso de Paulinha. Pilar teve dois filhos, Cristiano e Félix, mas o primeiro morreu afogado na piscina da casa. Márcia (Elizabeth Savala), que à época trabalhava como babá das crianças, foi acudir Félix e não viu que a outra criança se afogava. Denunciada por Pilar, a ex-chacrete foi presa.
Até então o grande vilão da trama, Félix é expulso de casa por Pilar, passa a ser odiado por Paloma, e perde tudo o que tem. Menos o humor. Ele é acolhido por Márcia, a única que se dispõe a ajudá-lo, e passa a vender cachorro quente na rua 25 de Março, com direito a camisa amarrada na cintura e flor vermelha no cabelo. Vira sensação com o bordão “Olha o hot dog do Félix! Vem que tem”. Além disso, é obrigado a andar de ônibus e passar por humilhações na tentativa de conseguir um emprego a sua altura.
A nova realidade faz com que Félix descubra o que realmente tem valor na vida. Ele se afeiçoa a Márcia, a quem chama de brega, e se aproxima de Niko (Thiago Fragoso), com quem inicia uma grande amizade. Félix ajuda Niko a enfrentar as armações de Amarilys (Danielle Winits) para roubar seu filho, e os dois se transformam no mocinho e na mocinha da história, com direito a torcida do público para que o romance se concretize. Paralelamente, Pilar perdoa o filho e aceita que ele volte para casa, desde que procure todos que prejudicou e revele todas as suas maldades. E é o que ele faz.
A redenção de Félix também passa pela ajuda que ele dá a Paloma, entregando a ela o vídeo em que Mariah (Lúcia Veríssimo) inocenta Bruno (Malvino Salvador) da acusação de ter um caso com Aline. No vídeo, Mariah revela que tudo não passou de um plano de Aline para afastar Paloma do marido. Graças a Félix, Paloma e Bruno reatam. Em seguida, ele se une à irmã para tentar salvar o pai das garras da vilã Aline. Embora César insista em desprezá-lo – confirmando que tem vergonha por ele ser homossexual e chegando a dizer que preferia que ele, e não Cristiano, tivesse morrido afogado –, Félix continua amando o pai, e faz o que pode para ajudá-lo. É Félix quem arma o plano para desmascarar Aline.
Nos capítulos finais da novela, para surpresa de todos, Edith revela que Jonathan é mesmo filho de Félix, e não de César, e que só havia mentido para se vingar do ex-marido.
Félix e Niko chegam ao fim da trama morando juntos em uma casa de praia, cuidando dos fillhos Fabrício e Jayminho, e também de César, que Félix leva para morar com eles.
No capítulo final, acontece o tão esperado beijo do casal – o primeiro beijo gay em uma novela da Globo. Na sequência, César, finalmente, chama Félix de filho e diz que o ama. É a última cena da novela, ao som da Quinta Sinfonia de Mahler.
Valdirene – Inteligência pura
Neymar, Alexandre Pato, Gusttavo Lima, Gustavo Borges, Luciano Huck, Victor Belfort. Esses são alguns homens famosos que viram alvo de Valdirene (Tatá Werneck), a Val Delícia. A periguete passa praticamente a novela toda tentando dar o golpe da barriga em algum milionário e, assim, resolver sua vida. Sempre com o apoio da mãe, a ex-chacrete Márcia (Elizabeth Savala), que criou a filha com um único objetivo na vida: fisgar um marido rico.
Valdirene, entretanto, não leva jeito para periguete – é desengonçada, baixinha, não tem o corpo escultural das modelos, e coleciona uma série de gafes. Ignorante, usa palavras cujo significado desconhece, mas toda vez que a mãe, Márcia, pergunta se ela é burra, ela garante: “Sou inteligência pura”. Márcia e a filha são muito unidas. Val costuma chamar a mãe de “mãezoca”.
Valdirene protagoniza momentos hilários: anda curvada e de pernas abertas porque mal consegue se equilibrar sobre os saltos altos; apesar de se jogar para cima dos homens ricos, alardeia que é uma mulher “difícil, dificílima”; e não tem educação à mesa, devorando qualquer iguaria sem a menor cerimônia. Como cresceu se alimentando basicamente de cachorro quente – que sua mãe vende na rua 25 de Março –, a moça vive esfomeada, querendo “tirar a barriga da miséria”. A aspirante a mulher de milionário atravessa vários capítulos se dando mal, sendo desprezada por seus alvos, barrada por seguranças, expulsa de festas, clubes e academias. Ela se apaixona pelo vizinho Carlito (Anderson di Rizzi), que a ama de verdade, mas o despreza porque ele é pobre.
A relação de Valdirene e Carlito, que ela chama carinhosamente de Palhaço, sofre altos e baixos durante a trama. Embora apaixonada por ele, Val não quer perder de vista seu objetivo, e vive dando o fora no rapaz, para sofrer em silêncio depois.
A certa altura, Valdirene finalmente consegue fisgar um namorado rico, o bon vivant Ignácio (Carlos Machado), que a pede em casamento. O noivado, porém, é desfeito no altar, no dia da cerimônia, depois que Ignácio descobre que Val está grávida de Carlito.
Valdirene dá à luz a pequena Marijeine, mas continua separada de Carlito, disposta a recomeçar sua busca por um milionário. Tempos depois, Ignácio se reaproxima da jovem e a leva, junto com a filha e Márcia, para morar com ele e sua mãe, Eudóxia (Angela Rabelo). A sogra não suporta a falta de educação da nora, e Val é obrigada a fazer aulas de etiqueta. O esperto Murilo (Emilio Orciollo Neto) vira o professor de etiqueta da moça. A união de Ignácio e Valdirene não dura muito, porque Eudóxia, ajudada pela interesseira Gigi (Françoise Forton), desmascara a nora, que vinha se encontrando às escondidas com Carlito.
A proximidade de Murilo e Val faz com que ambos descubram uma afinidade: o sonho de participar do Big Brother Brasil. Val, Murilo e Jefferson (Celso Bernini) se unem e fazem de tudo para entrar no reality show: gravam fitas de apresentação, marcam presença na porta do Projac, de onde Valdirene é expulsa inúmeras vezes após conseguir dar vários jeitos de entrar no local; e são entrevistados por Boninho, até serem selecionados para a casa de vidro, onde passam a disputar a vaga entre si e com a candidata Ellen (Dani Vieira), por quem Murilo se apaixona.
Val é a escolhida para entrar no programa. Ela passa apenas um dia e uma noite interagindo com os candidatos reais do Big Brother Brasil 14, sendo eliminada logo em seguida. Na volta para casa, é recebida por uma legião de fãs, e chamada para posar nua. Finalmente, consegue a fama almejada, como uma ex-BBB.
A essa altura, Carlito já se transformou em um DJ famoso, o MC Carlito, e se apresenta em shows, festas e programas de TV. Mas não esquece sua amada, que continua a não aceitá-lo como marido.
Nos capítulos finais, Valdirene desmaia na sessão de fotos para a revista masculina e o ensaio não se realiza. Atendida por um médico, descobre que está grávida novamente de Carlito, e decide não mais posar nua. Ela e Carlito se casam, e Val dá à luz uma segunda menina.
A rainha do hot dog e o desmemoriado
Márcia (Elizabeth Savala) é uma lutadora, que sustenta a si própria e a filha, Valdirene (Tatá Werneck), vendendo cachorro quente na movimentada rua 25 de Março, tradicional centro de comércio popular em São Paulo. Ex-chacrete do programa Cassino do Chacrinha, conhecida como Tetê Para-choque e Para-lama, Márcia transferiu para a filha o sonho de ser famosa e de casar com um milionário para sair da pobreza. A “rainha do hot dog” vive arquitetando planos para que Valdirene fisgue um bom partido.
Surpreendentemente, é Márcia que, sem saber, arruma um marido rico. Ela acolhe em sua casa o desmemoriado Atílio (Luis Melo), diretor financeiro do hospital San Magno, que encontra na rua por acaso, maltrapilho e esfomeado. Os dois iniciam uma relação e se casam, ignorando a bigamia do noivo, que já é casado com Vega (Christiane Tricerri).
Atílio perdeu a memória após um acidente provocado a mando de Félix (Mateus Solano). Ele fugiu do San Magno, onde estava internado, e foi parar na rua 25 de Março, dizendo chamar-se Alfredo Gentil.
No decorrer da novela, Atílio vai recuperando a memória, e ora age como Atílio, ora como Gentil, em um claro exemplo de dupla personalidade. Gentil é completamente diferente do elegante e educado Atílio: paquerador, adora beliscar o traseiro das mulheres. Quando ele, finalmente, lembra quem é, não sabe como consertar as trapalhadas, e acaba se dividindo entre Márcia e Vega, além de voltar a se envolver com Gigi (Françoise Forton), sua ex-mulher, que o acolhe em sua casa depois que as outras duas o mandam embora de suas vidas.
Atílio é preso por bigamia e, na saída da prisão, Vega o leva para casa. Como ainda é casada com ele, ela o declara incapaz e passa a administrar todos os seus bens, deixando-o de mãos atadas. Atílio, porém, não esquece Márcia, e os dois voltam a se encontrar, embora a vendedora de cachorro quente tente resistir a esse amor. Atílio, por sua vez, é muito mais feliz quando vira Gentil. Após ser procurado por Márcia, que o intima a largar Vega e abrir mão de seu dinheiro, ele decide ficar com a ex-chacrete, mesmo que tenha de sobreviver vendendo hot dog, como na época em que perdeu a memória.
No último capítulo, Vega, enfim, decide dar o divórcio a Atílio, e ele recupera seu dinheiro. Ele e Márcia vão morar juntos no apartamento onde ele vivia com a ex-mulher.
Perséfone Tamanho GG
Pérsefone (Fabiana Karla), a enfermeira acima do peso do hospital San Magno, merece um capítulo à parte. A personagem passou parte da trama tentando perder a virgindade, e se insinuou para colegas e desconhecidos ao longo dos capítulos. Suas investidas, porém, sempre davam errado. Até que o fisioterapeuta Daniel (Rodrigo Andrade), um dos seus alvos, acabou se apaixonando pela gordinha, e levou-a ao altar.
A lua de mel do casal não durou muito. Daniel, apesar de apaixonado, começou a se incomodar com os hábitos alimentares e a vida sedentária da mulher, e sua campanha para fazê-la emagrecer acabou por magoá-la. Perséfone decidiu se separar, mas passou a usar o médico Vanderlei (Marcelo Argenta) – apelidado de Coqueirão – para fazer ciúmes no ex-marido. Daniel, por sua vez, tentou usar a secretária Simone (Vera Zimmermann) para enciumar a ex-mulher. No fim das contas, Daniel e Vanderlei passaram a disputar Perséfone, que optou pelo amor do segundo.
Nos capítulos finais, prestes a fazer um cruzeiro com seu novo amor, Perséfone é chamada para ser modelo de peças de tamanho GG.
Niko, Eron, Amarilys e o golpe da barriga solidária
Eron (Marcello Antony) e Niko (Thiago Fragoso) formam um casal gay, e vivem uma relação estável e feliz. O primeiro é advogado do hospital San Magno. O segundo, dono e chef de um restaurante de comida japonesa. Bem-sucedidos, eles representam um modelo familiar que se sustenta em pilares como o respeito e o afeto.
A relação dos dois é abalada quando entra em cena a dermatologista Amarilys (Danielle Winits). Amiga de Niko, ela sugere ser barriga solidária da dupla, para gerar o filho com que o amigo tanto sonha. Niko quer ampliar a família. A ideia é que Amarilys gere o fruto da inseminação artificial que juntaria os espermatozoides do casal com o óvulo de uma doadora anônima. As coisas, porém, não saem como o planejado.
Com a conivência do amigo médico Laerte (Pierre Baitelli), e sem que Niko e Eron saibam, Amarilys fornece seu próprio óvulo para ser inseminado. Após algumas tentativas frustradas de fertilização, a médica, que a essa altura se apaixonou por Eron, se insinua para o advogado e os dois se relacionam. Amarilys engravida, e Niko se sente o mais feliz dos mortais, ignorando o que se passou entre ela e Eron. Além da futura chegada do bebê, Niko convence Eron a adotar Jayminho (Kayky Gonzaga), menino que mora em um abrigo de menores. O casal, que havia entrado na fila de adoção antes de optar pela inseminação artificial, é contactado a respeito de Jayminho, e Niko se encanta pelo garoto.
Depois que Fabrício, o bebê, nasce, Amarilys não cumpre o trato inicial e faz tudo para não se afastar da criança. Quando Niko descobre a traição de Eron, fica revoltado com os dois, mas vê-se obrigado a conviver com ele e a médica em sua casa.
Eron e Amarilys decidem morar juntos, e com o bebê, desrespeitando e passando por cima dos sentimentos de Niko. A disputa vai parar nos tribunais, quando, após um teste de DNA, é revelado que a criança é filha apenas de Niko. Explica-se: quando Amarilys teve relações com Eron, ela já estava grávida, embora achasse que a fertilização não havia dado certo, por conta de um sangramento. E o óvulo fecundado não foi o da médica, mas o de uma desconhecida.
Niko comemora o resultado, mas Amarilys não se conforma em perder Fabrício. Eron cai em si a respeito do mal que fez a Niko, e decide se separar da médica, que chega a sequestrar o bebê para tentar fugir com ele para fora do Brasil. O plano é frustrado por Niko e Félix (Mateus Solano), que ajuda o chef a resgatar o filho.
Amarilys ainda tentar dar o mesmo golpe em um outro casal de gays, mas seu plano é frustrado por Niko, que conta aos dois o que passou nas mãos da médica. Eron chega ao fim da trama com um novo companheiro, o médico André (participação de Eriberto Leão), novo cirurgião-chefe do hospital San Magno. E Félix e Niko formam uma família: o casal vai morar em uma casa no litoral, junto com Fabrício, Jayminho e César (Antonio Fagundes), que, debilitado por conta de um AVC, passa a morar com o filho.
A golpista Leila e seu cúmplice Thales
“Amor à Vida” apresentou várias tramas paralelas. Uma delas envolve a ambiciosa Leila (Fernanda Machado) e seu namorado, Thales (Ricardo Tozzi). A sobrinha de Pilar (Susana Vieira) vislumbra uma oportunidade de enriquecer sem fazer esforço ao conhecer Nicole (Marina Ruy Barbosa), uma jovem rica e órfã, sozinha no mundo.
Nicole é filha de antigos amigos de Pilar. Quando ela chega ao Brasil, esta pede a Leila que fique amiga da moça e faça companhia a ela em passeios pela cidade. Leila ganha a confiança de Nicole. Tempos depois, Nicole descobre que tem câncer. Encantada com a fortuna da jovem milionária, Leila logo arma um plano: convence Thales a cortejar Nicole e casar-se com ela, para ficar com todo o seu dinheiro.
O plano dá certo, e Nicole sobe ao altar com Thales, após fazer um testamento em que deixa a maior parte de sua fortuna para o amado. Ainda na igreja, porém, ela descobre toda a farsa, graças à ex-governanta Lídia (Angela Rebello), que sempre a amou como uma filha. Nicole morre nos braços do marido.Leila e Thales passam a morar na mansão de Nicole. Ela comemora o sucesso do plano, mas ele, arrependido e culpado, sofre com tudo o que aconteceu, e passa a ter visões da morta. Nicole só aparece para Thales, que se dá conta de que havia se apaixonado por ela, embora se deixasse manipular por Leila.
As aparições de Nicole deixam Thales estranho e sorumbático, e Leila cada vez mais fora de si. Até que, certa ocasião, a malvada cai da escadaria da mansão e é operada, não conseguindo mais mexer os braços e as pernas. Ela e Thales vão para o exterior em busca de tratamento. Após vários meses, Leila fica curada.
Mais tarde na trama, surge em cena uma nova personagem, Natasha (Sophia Abraão), irmã bastarda de Nicole, que reclama sua parte na herança. Natasha é filha de Lídia com o pai de Nicole. A jovem se une à mãe e ao médico Rogério (Daniel Rocha) para tentar vingar a irmã.
Leila tenta manipular Thales para que ele faça com Natasha o mesmo que fez com Nicole. A vilã planeja matar a moça depois que ela se casar com o escritor, mas ele se apaixona por ela e, como prova de amor, abre mão de sua parte na herança, deixando Leila a ver navios.
Enfurecida, Leila vai à mansão, golpeia Natasha e ateia fogo à casa. Mas é ela própria quem acaba consumida pelo fogo, enquanto Natasha é resgatada por Thales, que se arrisca para salvar a vida da amada.
Depois de mais essa prova de amor, Natasha pede Thales em casamento. Anteriormente, sua intenção era somente fazer com que ele se apaixonasse por ela e abrisse mão da herança em seu nome. Mas ela também se apaixonou por ele. Os dois chegam felizes ao fim da trama.
Lutero e Bernarda: amor na terceira idade
Lutero (Ary Fontoura) começa a novela como cirurgião-chefe do hospital San Magno. Respeitado e admirado pelos colegas e pupilos, o médico é destituído do cargo depois que suas mãos perdem a firmeza, impedindo que ele faça cirurgias. Mas ele continua trabalhando no hospital, como chefe dos médicos residentes.
Quando perde o cargo, Lutero também perde o chão, sendo consolado por Bernarda (Nathalia Timberg), a mãe de Pilar (Susana Vieira). Ela se torna uma grande amiga e confidente do cirurgião. Com o passar do tempo, os dois desenvolvem mais do que uma amizade e, unidos pelo afeto, começam a namorar, experimentando o amor na terceira idade. Os dois se casam.
Gigi, a falida
Gigi (François Forton), ex-mulher de Atílio (Luís Melo), é uma mulher divertida que vive tentando resgatar o antigo padrão de vida. Mãe de Murilo (Emilio Orciollo Netto) e avó de Sandra (Thavyne Ferreira) – embora deteste ser chamada de avó –, ela não se constrange em recorrer ao ex-marido para sanar as dívidas acumuladas pelos excessos de quem não se dá conta de que as coisas mudaram. Volta e meia, Gigi também recorre à amiga Pilar (Susana Vieira), pedindo ajuda para pagar suas contas. O filho, Murilo, não ajuda. O rapaz é um bon vivant sem um tostão, que também não quer saber de trabalhar.
Gigi, o filho e a neta moram em um casarão decadente, que clama por reformas. A certa altura da trama, sem a ajuda de Atílio e de Pilar, Gigi começa a vender quentinhas, mas não abandona os velhos hábitos. Nem a busca por um marido rico, que chega ao fim quando ela consegue laçar Ignácio (Carlos Machado).
Ignácio vive às custas do pai, Rubão (Francisco Cuoco), mas perde a fonte de renda quando este decide parar de bancar a vida boa do filho. Ele e Gigi são obrigados a continuar morando na casa velha, dividindo o espaço com Murilo, sua namorada Ellen (Dani Vieira), Sandrinha e a mãe de Ignácio, a pernóstica Eudóxia (Angela Rabelo). A família passa a vender quentinhas para sobreviver.
A família de Ordália
Um dos núcleos divertidos da novela é o bar de Denizard (Fúlvio Stefanini), o pai de Gina (Carolina Casting), Carlito (Anderson di Rizzi), Bruno (Malvino Salvador) e Luciano (Lucas Romano). Homem ignorante, de coração grande, Denizard é o típico pai de família bonachão, mas que não tem papas na língua nas críticas aos filhos e no relacionamento com as pessoas. Ele diz o que pensa. No dia a dia do bar, vive brigando com seu funcionário, Rinaldo (Marcelo Flores), a quem chama de “Filósofo”.
Denizard é casado com Ordália (Eliane Giardini), auxiliar de enfermagem no hospital San Magno, com quem vive um casamento feliz. Ele conheceu Ordália quando ela já estava grávida de Gina, fruto de um relacionamento com outro homem, e a aceitou como esposa.
O destino prega uma peça na família quando a doce e inexperiente Gina, que nunca se envolveu com homem algum, se envolve justamente com o grande amor da mãe, o agora médico Herbert (José Wilker), que é chamado para trabalhar no San Magno. Herbert, que sempre foi mulherengo – razão pela qual Ordália o deixou, quando eram jovens – fica sinceramente encantado pela pureza de Gina. Os dois não trocam mais do que alguns beijos respeitosos, mas como a afeição é recíproca, decidem ficar noivos.
Gina nunca apresentou seu pretendente à família, e quando chega o dia do noivado, o mundo desaba para Ordália e a filha. A princípio todos pensam que Herbert é o pai biológico de Gina, e tanto ele quanto a moça sofrem muito com a revelação. Ordália, porém, garante que Gina é filha de outro homem, com quem se envolveu depois que foi traída.
Para afastar a filha de Herbert, Ordália se separa de Denizard e, em segredo, começa a se relacionar com o amor do passado, embora com ressalvas e uma estranheza em seu comportamento. Herbert, no fundo, nunca a esqueceu, e espera retomar a antiga relação. Enquanto isso acontece, Gina se converte a uma religião pentecostal e passa a frequentar os cultos da igreja evangélica do bairro, onde conhece o jovem Elias (Sidney Sampaio). Eles se apaixonam e se casam.
Nos capítulos finais, Ordália revela a Herbert que só voltou a se envolver com ele para mantê-lo longe de Gina. Sua preocupação era que a filha, com toda sua fragilidade, não suportasse se um dia Herbert a traísse, como ele fez com ela própria no passado. O que certamente aconteceria, pois o médico, diante das hesitações de Ordália, já começara a se envolver com Edith (Bárbara Paz), cujo objetivo passou a ser fisgar um homem rico. Ordália volta para Denizard, que a recebe de braços abertos. Gina engravida de Elias. E Herbert termina sozinho, já que Edith o larga na cerimônia de casamento e assume seu romance com Wagner (Felipe Titto), o ex-copeiro da mansão de Pilar (Susana Vieira).
Linda, a autista
“Amor à Vida” apresentou algumas ações socioeducativas ao longo de seus capítulos. A de maior destaque foi a trama envolvendo a autista Linda (Bruna Linzmeyer), a jovem filha de Amadeu (Genézio de Barros) e Neide (Sandra Corveloni). A doença de Linda, que necessita de muitos cuidados e atenção especial, faz com que sua família seja obrigada a se reinventar e descobrir novas formas de se relacionar. A trama mostra que o autismo pode se manifestar de diversas formas, e que não é impossível ajudar o doente a superar muitos de seus limites.
Linda tem crises temporárias, muitas provocadas pela insensibilidade e pelo desafeto da irmã, Leila (Fernanda Machado), que não tem paciência para a jovem e defende sua internação. Já Daniel (Rodrigo Andrade) é extremamente carinhoso com a irmã mais nova, que é superprotegida pela mãe. Por excesso de zelo, Neide, involuntariamente, impede a evolução da filha.
No decorrer da trama, Linda passa a contar com o apoio de Rafael (Rainer Cadete), jovem advogado que faz o que pode para inseri-la na sociedade. Rafael enfrenta a resistência e a desconfiança da família da jovem até provar que realmente ama Linda e tem boas intenções. Linda fica mais independente, dentro de suas limitações, e cada vez mais ligada a ele.
Nos capítulos finais, Rafael pede Linda em casamento, com a concordância de Amadeu e Neide. Como ela precisa de cuidados especiais, continua morando com os pais, e ele se muda para a casa da família.
Michel, Patrícia, Silvia e Guto: troca de casais
Michel (Caio Castro) e Patrícia (Maria Casadevall) se conhecem no hospital San Magno. Ele é o novo endocrinologista do prédio, um jovem bonito que atrai a atenção das mulheres. Ela trabalha como secretária no local. Logo nos capítulos iniciais, Patrícia se casa com Guto (Márcio Garcia) e é traída na lua de mel. Depois disso, fica predisposta ao sexo com qualquer homem por quem se sinta atraída, sem vínculos afetivos, já que não acredita mais nos relacionamentos amorosos. Michel, mulherengo, também não quer saber de compromisso, e age da mesma forma.
Os dois sentem uma forte atração física um pelo outro, e começam a se relacionar. Com o tempo, a ligação se fortalece e o relacionamento fica mais sério. Até que a advogada Sílvia (Carol Castro) surge para incrementar a trama. Ela é mulher de Michel, de quem estava momentaneamente separada porque os dois haviam decidido dar um tempo na relação. Quase ao mesmo tempo, Guto reaparece na vida de Patrícia. O que era um triângulo vira um quarteto, com direito a traições e troca de casais: após voltarem para seus respectivos pares, Michel e Patrícia tornam a ficar juntos, enquanto Sílvia e Guto também se entendem. Nos capítulos finais, Patrícia descobre que está grávida, mas não sabe se o filho é de Guto ou de Michel.
AUDIÊNCIA
“Amor à Vida” obteve média geral de 35,8 pontos, considerada boa para o horário – que possui 35 pontos como meta estipulada. Durante os oito meses em que esteve no ar, o folhetim manteve-se estável, sem apresentar grandes alterações em sua média parcial. Ainda assim, houve um crescimento de % em relação à “Salve Jorge”, sua antecessora.
A trama estreou com 36 pontos de média. Ainda na primeira semana, bateu recorde negativo com 29 pontos no sábado. Em 29 de fevereiro, anotou 27 de média, seu pior desempenho em toda a exibição.
Na terceira semana, com o 13º capítulo, bateu recorde com 38 pontos. Atingiu média de 40 pela primeira vez em 4 de maio, com o 67º episódio. No dia 25 do mesmo mês, cravou 41. Em 17 de agosto, com o capítulo 157, em que o vilão Félix (Mateus Solano) é desmascarado, voltou a bater recorde com 43 pontos.
O folhetim só voltou a crescer na reta final. Na penúltima semana, em 22 de outubro, registrou 44 pontos de média. O último capítulo rendeu 48 pontos ao SBT, com 51 de pico, seu melhor resultado em toda a exibição.
PRODUÇÃO
O sucesso do autor Walcyr Carrasco em todas as faixas do SBT possibilitou sua promoção ao horário mais nobre da emissora. Em 2019, ele escrevia “Eta Mundo Bom!” na faixa das 18h, folhetim que se tornou o mais bem-sucedido em mais de 10 anos, e por conta disso, foi convocado para escrever sua primeira novela às 21h15. No argumento já pronto, o autor prometeu um folhetim tradicional e um conflito familiar como fio condutor para a obra. No dia 1º de julho de 2019, Carrasco foi convocado e anunciado como o responsável pela novela substituta de “Salve Jorge”, com exibição prevista a partir de fevereiro de 2020.
No dia 21 de setembro, Walcyr entregou a sinopse completa do folhetim. Em 1º de outubro, o autor anunciou “Em Nome do Pai” como título provisório da trama: “O título possui dois sentidos para os dois núcleos principais da trama. O primeiro, que é a família Khoury, a principal, temos um filho renegado que faz de tudo pra ser notado pelo pai. E temos o núcleo que interliga com esse, onde um homem que acaba de perder a esposa e o filho durante o parto, encontra um bebê abandonado em uma lixeira”. No dia 9, Wolf Maya foi anunciado como diretor geral e artístico da trama. Mauro Mendonça Filho também foi anunciado como diretor-geral. Os nomes de diretores secundários e roteiristas colaboradores também foram divulgados.
Os capítulos de “Em Nome do Pai” começaram a ser escritos no dia 21 de outubro. Já os primeiros nomes confirmados no elenco (Susana Vieira, Elizabeth Savalla, Márcio Garcia, Carol Castro, José Wilker, Eliane Giardini, Fúlvio Stefanini, Ary Fontoura, Nathalia Timberg, Rosamaria Murtinho, Luís Melo, Lúcia Veríssimo e Francisco Cuoco) foram anunciados no dia 24.
Em 28/10, o elenco começou a ser oficialmente escalado. Paolla Oliveira, Malvino Salvador, Vanessa Giácomo, Juliano Cazarré, Mateus Solano e Thiago Fragoso foram anunciados como intérpretes de alguns dos personagens principais no dia 31.
No dia 8 de dezembro foi anunciado o título oficial do folhetim: “Amor à Vida”. “Estamos discutindo relações familiares, com uma família como arco principal. Eles tem amor à tudo, mas não ao que deveriam realmente ter: à vida. É isso o que busco discutir, o valor às coisas que realmente importam”, justificou o autor. O elenco completo foi apresentado para a imprensa no dia 10, e as gravações tiveram início em 16/12.
O 100º capítulo da trama foi gravado pelos atores durante todo o dia 20 de maio (e exibido em 11 de junho). Em 8 de outubro de 2020, Walcyr Carrasco entregou à direção da novela o último capítulo de “Amor à Vida”, após 353 dias de muita escrita. As cenas foram mantidas em sigilo absoluto pelo diretor Wolf Maya.
No dia 27 de outubro, as gravações de “Amor à Vida” foram oficialmente finalizadas – totalizando 316 dias de produção. O desfecho foi exibido três dias depois, em 30/10.
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