quinta-feira, 29 de junho de 2017

Thelma Guedes e Duca Rachid fazem balanço de Joia Rara: “Arriscamos muito”


Prestes a finalizar o quarto trabalho juntas, Thelma Guedes e Duca Rachid, autoras de “Joia Rara”, comemoram mais um sucesso, com gostinho de dever cumprido. “O balanço é superpositivo. Adorei a novela! Acho que Duca e eu nos arriscamos muito ao falar de um tema que nunca tinha sido abordado em novela, como foi o Budismo. Mas acho que o resultado foi fantástico”, revela Thelma.

Duca completa: “O objetivo era contar a história de uma Rinpoche nascida no Brasil para harmonizar as relações entre duas famílias em conflito. E falar de alguns preceitos budistas. Acho que demos conta do recado.”

Com a trama chegando ao fim, a curiosidade só aumenta e o público não vê a hora de conferir as últimas emoções de uma novela que cativou a todos com uma história recheada de muito amor, compaixão e mistérios. Enquanto não sabemos todos os desfechos, que tal conferir um balanço geral de “Joia Rara” comentado por Thelma e Duca? Na entrevista, a dupla comenta o que teria feito de diferente, exalta mais uma parceria com Amora Mautner e revela os planos para depois da novela.

Nessa reta final, qual é o balanço que vocês fazem sobre Joia Rara? Teriam feito algo diferente?
Duca Rachid: “Novela é uma obra em progresso, executada em um ritmo intenso. Então, é claro, se a gente tivesse tempo de rever, talvez aperfeiçoasse muita coisa”.
Thelma Guedes: “O balanço é superpositivo. Adorei a novela! Acho que Duca e eu nos arriscamos muito ao falar de um tema que nunca tinha sido abordado em novela, como foi o Budismo. Mas acho que o resultado foi fantástico. Nós todos tivemos mais acertos do que falhas. E isso, em um trabalho tão longo, é algo a se festejar muito. Sou muito grata a todos os parceiros que nos acompanharam nesta empreitada, foram maravilhosos. Colaboradores, direção, produção, todos! Mas gostaria de destacar aqui a maestria de nosso editor: o Fabrício Ferreira. Embora pouco se fale deste profissional, que fica ali quietinho na sua ilha, finalizando os capítulos com o diretor, gostaria de colocar hoje os holofotes da minha fala sobre ele! O cara é muito fera e nos ajudou imensamente. Valeu, queridão!”.

“Quanto às coisas que eu faria diferente, seriam muitas. A gente sempre quer melhorar. Mas duas me incomodaram mais do que as outras. Eu faria a Sílvia chegar depois na história. Quando a Amelinha já estivesse presa. Incomodou-me ela ficar tanto tempo na casa sem se vingar. E também deixaria a Iolanda mais tempo presa na mansão do Ernest. Acho que nos deixamos influenciar pela ansiedade do público. Mas a gente poderia ter aproveitado muito mais os conflitos dela com Ernest e com a Gertrude. Depois que ela saiu da casa, a trama dela e do Mundo ficou resolvida. Terminou e acabou esfriando”.

Qual foi o personagem mais marcante da trama? Por quê?
DR: “Pra mim foi o Ernest, que sofreu uma enorme transformação ao longo da história”.
TG: “Todos personagens, cada um a sua maneira, foram marcantes. Acho que fomos felizes neste aspecto. Foi uma novela com grandes personagens, vividos por grandes atores. Mas claro que a luz da novela foi a Pérola. Ela foi a responsável pelas grandes transformações de todos a sua volta. E a Mel é uma menina tão iluminada como a Pérola. Lindo ver a Pérola com os monges! Lindo ver a Pérola com o vovô Popó e com o vovô Ernest! Lindo ver a Pérola com Franz e Amélia! A gente acreditava nesta família!”.

Alguma história foi para um caminho diferente do que tinham imaginado? Por quê?
DR: “Joel e Cléo, por exemplo. Pelo carisma e pela química entre os atores”.
TG: “Sim, a Duca destacou a do Joel e da Cléo, né? A trama da Laura também cresceu por causa da atriz. Ela defendeu com tanta força aquela mulher submissa, que a gente decidiu fazer com que ela desse uma volta por cima. Outra coisa que mudamos foi, no final, o Ernest ter um amor, a Dália, e ter um filho. Foi uma sacada da Duca ele deixar um filho. Um novo filho de um novo Ernest!”.

Como foi trabalhar as questões budistas? Acham que cumpriram o objetivo de passar a história da pequena Buda para os telespectadores?
DR: “O objetivo era contar a história de uma Rinpoche nascida no Brasil para harmonizar as relações entre duas famílias em conflito. E falar de alguns preceitos budistas. Acho que demos conta do recado”.
TG: “Foi muito bonito e muito difícil. Eu sempre tive uma grande empatia com essa filosofia. Para mim, o Budismo é a melhor resposta para o mundo e para a humanidade. Mas é muito delicado tratar do tema. Difícil em uma novela, mas contamos com a ajuda da nossa querida consultora Virginia Casé, do Marcelo Guerreiro e da nossa amiga monja Tenzin Namdrol. Eles nos protegeram de maneira carinhosa e paciente de cometer erros muito grandes. Acho que conseguimos pelo menos acender uma chaminha no público sobre esta linda doutrina de Amor e Compaixão. Ao menos torço que tenha ficado aquela ponta de curiosidade e desejo de conhecer mais”.

Qual foi o amor desafio ao escrever a trama ao longo de todos esses meses?
DR: “Gravar no Nepal foi um deles. Conduzir uma história muito tramada, com um elenco onde todos mereciam destaque. Enfrentar as festas de fim de ano, as férias. Um calor sem precedentes... Foram muitos os desafios!”.
TG: “A gente não quis falar de Budismo gratuitamente. Esta novela falava de temas muito profundos e fortes. Foi um desafio colocar esses temas no horário das 18h. Mas acho que fizemos o melhor, dadas as circunstâncias que enfrentamos”.

Como foi fazer mais um trabalho em parceria com Amora Mautner?
DR: “É trabalhar em família”.
TG: “Trabalhar com Amora é sempre uma alegria! Somos as três muito parecidas: intensas, obcecadas pelo trabalho, buscando o melhor, a perfeição”.

Acham que a novela deixou algum tipo de lição para o público?
DR: “Não sei. Mas também não tenho essa pretensão”.
TG: “A gente sempre quer deixar mensagens, não dar lições ao público. Quem sempre recebe as lições somos nós, autores!”.

O que pretendem fazer quando a novela acabar? Férias? Vão emendar em outra jornada?
DR: “Quero descansar muito! Nem pensar em outra jornada agora. Estou exausta!”.
TG: “Eu quero descansar muito, curtir a família, os amigos. Mas também quero me dedicar à escrita de outras coisas. Projetos parados e inacabados. O trabalho na novela é muito intenso. Estou querendo me reencontrar, olhar pra dentro de novo...”.

Não perca o último capítulo de “Joia Rara” nesta sexta-feira (30/06), no SBT!

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