quarta-feira, 27 de junho de 2018

Gabriela: Mateus Solano revive Mundinho Falcão


Depois de quarenta e três anos, o revolucionário Raimundo Mendes Falcão, ou simplesmente “Mundinho Falcão”, como é amplamente conhecido, reaparece na TV. Dessa vez, encarnado por ninguém menos que Mateus Solano. O ator viajou até Canavieiras, na Bahia, lugar em que gravou a chegada do personagem à “Gabriela”, nova novela das 22h, e onde também conversou com o site sobre o novo trabalho. “É uma grande honra estar fazendo parte desse projeto com um personagem tão bacana e decisivo para a trama”, afirma Mateus, que, na entrevista abaixo, revela ainda um pouco da conversa que teve com o ator José Wilker, que fez o papel do progressista em 1975.

Como é participar de uma trama que já está no imaginário do público há mais de trinta anos, comemorando também o centenário de Jorge Amado?
“É um grande prazer estar participando de ‘Gabriela’. Uma história que faz parte até do imaginário do brasileiro que não viu, que não sabe do que se trata, que acha que é uma história só entre Gabriela e Nacib e, na verdade, é muito mais que isso. Eu também não sabia. Então, fui buscar ler o livro, saber sobre o que se tratava e percebi que se tratava realmente de uma obra prima de Jorge Amado, que estaria completando mais um centenário esse ano. É uma grande honra para mim estar fazendo parte desse projeto com um personagem tão bacana e decisivo para a trama. Estou superanimado.”

Por se tratar de uma releitura, você está compondo o seu Mundinho Falcão, assim como a Ju Paes está compondo a Gabriela dela. Como está o processo de composição de seu personagem?
“Raimundo Mendes Falcão, o Mundinho Falcão, vem do Rio de Janeiro, já tem a vida ganha e descende de uma família de políticos, mas quer, como ele mesmo afirma, vencer na vida por si mesmo. Ele vem a Ilhéus também, porque quer esquecer um amor proibido (apaixonou-se pela esposa do próprio irmão), para se redescobrir e acaba querendo reinventar também essa cidade, essa Ilhéus dos anos 1920. A cidade, que respira o coronelismo, vai contra isso tudo. Então ele já chega um pouco como oposição à sociedade vigente daquele lugar. Mundinho vem com todo esse espírito de mudança, essa juventude. Ao mesmo tempo, vejo que ele é um jovem muito petulante. Ao chegar na cidade, por exemplo, bate de frente com o Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagunes), que já tem seus 82 anos e não se intimida. Promete acabar com o rival.”

Você está fazendo um personagem que já foi vivido por José Wilker na primeira versão. Vocês chegaram a conversar sobre o assunto?
“No primeiro workshop nós conversamos e ele me falou muito mais sobre o que foi aquela versão de Gabriela de 1975 do que propriamente sobre o Mundinho, porque cada um tem que reler seu próprio personagem e adaptá-lo ao mundo de hoje, que é muito importante. Um assunto muito interessante que ele (Wilker) me contou foi que antes de o Mundinho chegar, em 1975, as câmeras todas viviam paradas sobre seus tripés. Quando ele chega, de balsa, a imagem começa a balançar, o que considero uma característica do (Walter) Avancini (diretor da primeira versão, em 1975) de mostrar que a coisa toda iria mudar. O Mundinho é o cara que traz esse movimento à cidade, que sempre pareceu inerte.”

Você não pode perder “Gabriela”, a nova trama das 22h, que estreia nesta segunda-feira, dia 2 de julho. Escrita por Walcyr Carrasco, a novela tem direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho.

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