Final feliz para os mocinhos, castigo para os vilões. Depois de semanas de sequestros, prisões e assassinatos, “Amor Eterno Amor” chega ao fim amanhã, seguindo a cartilha clássica dos folhetins e com as mensagens positivas que se tornaram marca de Elizabeth Jhin.
“Foi uma novela linda e que adorei escrever. Senti um prazer imenso em falar sobre um assunto que me interessa tanto”, conta ela, que também abordou a espiritualidade em “Escrito nas Estrelas” (2013).
Elizabeth destaca a escalação de Gabriel Braga Nunes e Letícia Persiles como um dos acertos da novela das seis: “Foi uma aposta que fizemos e que deu certo. Letícia fez uma Miriam doce, mas corajosa. Gabriel foi um Rodrigo carismático. Não poderíamos estar mais felizes.”
Gabriel, que não dava às caras em novelas há anos, comemora: “Foi um personagem importante para mim, completamente diferente de qualquer um que eu já tenha feito. Tive prazer artístico e fiz bons amigos. Termino feliz, na novela e na vida real!”, conclui o intérprete de Rodrigo, que se casa com Miriam.
Já Mayana Neiva diz que não está sendo fácil se despedir da farsante Amparo: “Tem sido doloroso. Uma mistura de cansaço com trabalho cumprido”, conta ela, que se surpreendeu ao saber que a impostora termina presa: “Não é o fim que eu queria, mas é o justo.”
Na família Sobral, a punição é severa e a autora adianta: cadeia para Dimas (Luis Melo) e hospício para Fernando (Carmo Dalla Vecchia). Para Melissa (Cássia Kiss Magro), a autora não adianta nada. Mas revela: “É o pior castigo para ela (risos)! Melissa é incapaz de enxergar seus próprios erros, de se desculpar com suas vítimas”, conta a autora.
Elizabeth Jhin também comenta o destaque na atuação: “Cássia Kiss Magro e Osmar Prado brilharam como os principais antagonistas da história: ela, maquiavélica como uma bruxa de conto de fadas; ele, interesseiro e dissimulado. Todos, vale ressaltar, se saíram muito bem. Tenho muito orgulho do meu elenco.”
E também adiciona o que mais gostou de escrever: “O núcleo de Marajó funcionou bem e divertiu até o fim. Destaque para Daniela Fontan, como Gracinha, e Andréia Horta, como Valéria, que roubaram a cena várias vezes durante a novela. Na reta final, gostei de criar o quebra-cabeça das vidas passadas dos personagens principais, prendeu a atenção do público e tive um retorno positivo nas redes sociais. Preciso ressaltar também a bela trilha sonora e a caprichada fotografia, especialmente nas cenas de Minas Gerais e do Pará, foram dois acertos da produção.”
Confira a seguir uma entrevista com Elizabeth Jhin:
Que balanço faz de “Amor Eterno Amor”? A novela correspondeu às suas expectativas?
“Foi uma novela linda e que eu adorei escrever. Foi um prazer imenso escrever sobre um assunto que me interessa tanto. Acertamos na trama, na escalação do elenco e principalmente com a direção maravilhosa do Rogério Gomes.”
“Amor Eterno Amor” estreou depois de dois grandes sucessos no horário das seis, que foram “Cordel Encantado” e “A Vida da Gente”. Isso aumentou a responsabilidade para manter a audiência?
“A responsabilidade é sempre muito grande, e é claro que o sucesso das novelas anteriores nos estimula ainda mais a manter uma boa audiência no horário.”
Que mensagem gostaria de passar com a novela? Acredita que a novela cumpriu esse objetivo?
“Acho que a principal mensagem é que o amor em todas as suas formas, a amizade, a compaixão são os maiores bens que se pode ter, que temos que cuidar muito bem do nosso lado espiritual, porque ele permanece vivo ao deixarmos a matéria aqui na Terra. Acho que a novela atingiu muito bem os objetivos que pensei quando estava escrevendo.”
A temática espírita é sempre forte em suas novelas. Qual foi o diferencial de “Amor Eterno Amor”, em sua opinião?
“Como disse, acho que é justamente essa mensagem de amor, que é maior do que a vida além disso, o tema das crianças ‘Índigo’ e ‘Cristal’, essas crianças com dons especiais.”
A aguardada entrada da falsa Elisa aconteceu somente no capítulo 80, quando já se sabia que ela era uma impostora e a química entre Miriam e Rodrigo já estava formada. Isso não enfraqueceu o triângulo amoroso?
“De maneira nenhuma. Elisa era justamente o contraponto entre o amor de Rodrigo e Miriam, ela era a ameaça maior, o amor da infância que ele nunca esqueceu. A química do nosso casal principal foi muito forte desde a primeira vez em que se viram em Marajó. Ninguém mais teria força para afastar os dois.”
A novela, apesar de ter um tema espiritualizado e passar uma mensagem positiva, tem também boas doses de violência, com sequestro e assassinatos. Teve medo de tocar nesses temas por conta do horário e de uma possível rejeição do público?
“Mesmo com uma forte mensagem positiva, as tramas têm que mostrar as ações dos vilões e essas, são do mal. Nós escrevemos tais cenas e elas foram dirigidas de maneira que se adequasse à classificação de 10 anos.”
- O marketing social das crianças desaparecidas funcionou como a senhora esperava?
“Tivemos uma boa resposta, conseguimos auxiliar na localização de duas crianças. Mas acho que o mais importante é chamarmos a atenção para essa questão e isso a novela conseguiu.”
A senhora afirmou que gostaria de fazer uma trilogia sobre espiritualidade e reencarnação. Já pensa em uma próxima novela?
“Ainda é muito cedo para falar da próxima novela. Agora que ‘Amor Eterno Amor’ está chegando ao fim, vou tirar férias. Mas posso adiantar que já pensei no que quero abordar. Vai ser uma novela diferente de qualquer coisa que o SBT já produziu.”
Não perca o último capítulo de “Amor Eterno Amor” amanhã, às 18h.
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