“Gabriela” é uma mininovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
Novela de: Walcyr Carrasco.
Baseada no romance “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado.
Colaboração: André Ryoki e Daniel Berlinsky.
Direção: André Felipe Binder, Noa Bressane, André Barros e Marcelo Travesso.
Direção-geral: Mauro Mendonça Filho.
Direção artística: Roberto Talma.
Exibida no horário das 22 horas entre 2 de julho e 12 de outubro de 2018, em 75 capítulos. Foi a 36ª “novela das dez” levada ao ar na faixa.
Contou com Juliana Paes, Humberto Martins, Mateus Solano, Leona Cavalli, Vanessa Giácomo, Laura Cardoso, Fabiana Karla, Marcelo Serrado, José Wilker, Maitê Proença, Marco Pigossi, Giovanna Lancellotti, Rodrigo Andrade, Luiza Valdetaro, Ivete Sangalo e Antônio Fagundes nos papeis principais.
TRAMA PRINCIPAL
A primeira adaptação de “Gabriela” para as telas da emissora ocorreu em 1975 e fez tanto sucesso que tornou a novela um marco da teledramaturgia brasileira, alçando a protagonista, Sônia Braga, à condição de estrela.
A história de Gabriela (Juliana Paes) se passa em 1925, quando ela e seu tio deixam o sertão onde a terra, castigada pela seca, não dá frutos. Após uma travessia extenuante, o tio falece e a menina prossegue com dois homens que conhece no caminho, Negro Fagundes (Jhe Oliveira) e Clemente (Daniel Ribeiro), até o mercado dos retirantes, em Ilhéus. É lá que conhece Nacib (Humberto Martins), homem da sociedade ilheense e dono do bar Vesúvio, que lhe oferece um emprego de cozinheira. Assim começa o romance dos dois.
Apaixonado, Nacib não se aguenta: os homens agora vão ao seu bar não apenas para beber e comer os quitutes, mas para ver a formosura da nova cozinheira, que recebe convites para ser amante dos coronéis. A verdade é que, por onde Gabriela passa, a cidade para olhar.
Com medo de perdê-la, Nacib a pede em casamento, achando que poderá domá-la e transformá-la em dama da sociedade. Ledo engano: eles se casam, mas a autoridade imposta pelo marido faz com que Gabriela vá entristecendo a cada dia. Para piorar, Zarolha (Leona Cavalli), um antigo caso de Nacib no Bataclã, bordel da cidade, tem ciúmes da morena e faz tudo para separar o casal.
Apesar de casada, Gabriela não freia seus desejos. Quando cortejada por Tonico (Marcelo Serrado), um dos melhores amigos de seu marido, aceita deitar-se com ele. Os dois são pegos no flagra por Nacib, que quer matá-los, mas não tem coragem. Devastado, Nacib consegue anular o casamento.
Cada um vai para o seu lado, sem conseguir esquecer o outro. Gabriela sente falta de seu homem e entristece ao saber que Nacib contratou um novo cozinheiro. Acontece que a comida não agrada, e o coração do marido traído também anda apertado. Nem Zarolha pode dar jeito, pois agora ela irá se casar com o coronel Manoel das Onças (Mauro Mendonça) e virar uma mulher da sociedade.
Com o passar do tempo, Gabriela se reaproxima do ex-marido e é contratada para cozinhar no novo restaurante que ele abre com Mundinho (Mateus Solano). Cada vez mais próximos, os dois entendem que, se não podem mudar um ao outro, tampouco podem mudar o amor que sentem. Sendo assim, reatam e terminam a trama juntos.
Esta Ilhéus aonde Gabriela chega é comandada pelo “coronel dos coronéis”, Ramiro Bastos (Antonio Fagundes). Dono de muitos pés de cacau, intendente da cidade, o coronel não admite que a democracia se instale ali. Suas terras foram conquistadas à força, e essa regra ainda impera na cidade, mantida por outros coronéis, como Melk Tavares (Chico Diaz), fiel escudeiro de Ramiro. Ainda fazem parte do grupo que comanda a cidade, os coronéis Jesuíno (José Wilker), Amâncio (Genézio de Barros), Coriolano (Ary Fontoura), Altino (Nelson Xavier), Manuel das Onças (Mauro Mendonça), Eustáquio (Lúcio Mauro) e Ribeirinho (Harildo Deda). Juntos, eles são o retrato de um Brasil arcaico e moralista que resiste ao progresso e ao modernismo.
Chega à cidade Mundinho Falcão (Mateus Solano), um jovem de família política de São Paulo, empreendedor milionário, chega da capital para tirar os ilhéus do coronelismo. Suas ideias progressistas irão ameaçar Coronel Ramiro e seu grupo. Comerciante ardiloso, logo se transforma no maior exportador de cacau da região e quer reformar o porto de Ilhéus, consolidando-se como oponente de Ramiro Bastos. Solteiro e bonito, é cobiçado pelas sinhazinhas e revela-se um sedutor nato.
O confronto iminente é estabelecido: de um lado, Mundinho Falcão, o progressista que quer ver a economia de Ilhéus livre; do outro, o coronel Ramiro Bastos, conservador que deixa os navios encalharem no porto, fazendo com que a exportação de cacau permaneça nas mãos dos governantes da Bahia. Mundinho decide entrar de vez para a política e oficializar a oposição ao coronel. O embate esquenta quando Mundinho apaixona-se pela neta de Ramiro, Gerusa (Luiza Valdetaro).
É o coronel Altino Brandão (Nelson Xavier) o primeiro a se aliar a Mundinho Falcão, e sugeri que ele se aproxime de Gerusa, a neta do Coronel Ramiro (Antonio Fagundes), para forçar uma possível aliança política. Assim, como quem não quer nada, Mundinho vai se aproximar de Gerusa, filha do médico e deputado Alfredo Bastos (Bertrand Duarte) e de Conceição (Vera Zimmermann), típica sinhazinha do cacau. O problema é que o avô já prometeu a mão da neta para Juvenal (Marco Pigossi), filho do coronel Amâncio, um de seus melhores amigos.
O amor proibido enfrenta todas as barreiras. Quando o coronel Ramiro descobre o amor da neta pelo oponente, ameaça enviá-la para um convento. Escondidos, Gerusa e Mundinho fazem planos para fugir após a formatura da menina, mas tudo dá errado e ela acaba sendo enviada, pelo avô, para o tal convento. Enquanto isso, Mundinho até tenta convencer o coronel a lhe conceder a mão da neta, mas em vão. Mundinho e Gerusa passam a se encontrar secretamente no convento, mas os encontros são descobertos pela madre e chegam aos ouvidos do coronel. Por um momento, parece que o destino dos dois é ficar separados.
Coronel Ramiro, por sua vez, está envolvido com Maria Machadão (Ivete Sangalo), que já pensa em fechar o Bataclã para ir morar com ele. Como agrado, ela recebe do coronel uma fazenda de cacau. O intendente tem planos de vencer as eleições para a prefeitura e assumir seu relacionamento com Maria Machadão. Mas o destino tem outros planos para ele: em plena praça, à luz do dia, coronel Ramiro sofre um ataque cardíaco fulminante e morre, permitindo que a cidade comece a progredir.
Gerusa sofre com a morte do avô, mas festeja a liberdade, casando-se com Mundinho. Ele, por sua vez, é eleito prefeito com o apoio de todos os coronéis que um dia foram seus opositores. Os dois têm um filho que batizam de Ramiro.
TRAMAS PARALELAS
Tonico, de mulherengo a corno
Tonico Ramiro (Marcelo Serrado), filho de coronel Ramiro Bastos (Antonio Fagundes), é dono do cartório da cidade. Apesar de ser casado com a ciumenta Olga Bastos (Fabiana Karla), com quem tem quatro filhos, consegue escapar todas as noites, sem ser descoberto, para ir ao Bataclã e aproveitar a companhia das meninas.
Para Olga, ele faz pose de santo e cara de coitado. Mas Tonico é tão safado que, durante o almoço, no Vesúvio, se joga em cima de Gabriela pelas costas do amigo Nacib. Aliás, é Tonico que convence o amigo a se casar com a moça. Torna-se padrinho de casamento do casal, e, apesar disso, acaba por seduzir Gabriela, levando-a para a cama. Acontece que os dois são flagrados por Nacib, que quer matá-los. Sobrevivem, mas o casamento de Gabriela acaba, assim como a amizade entre Nacib e Tonico.
Olga vive acusando as mulheres de tentarem seduzir seu marido. Quando descobre a verdade, não perde tempo em traí-lo com Ezequiel (José Rubens Chachá). Os dois são flagrados por Tonico, mas Olga não recua: diz ao marido que sabe de suas traições. Depois de muitas brigas, o casal fica junto.
Malvina, à frente de seu tempo
Filha única do coronel Melk Tavares (Chico Diaz), Malvina (Vanessa Giácomo) tem o espírito independente, adora ler os livros proibidos que João Fulgêncio (Pascoal da Conceição) lhe vende. Quer ter uma vida diferente da de sua mãe, Marialva (Bel Kutner). Josué (Anderson Di Rizzi), o professor do colégio e poeta nas horas vagas, suspira por Malvina, mas é o forasteiro Rômulo (Henri Castelli), engenheiro vindo da capital, que mexe com o coração da menina. Sem saber que Rômulo é casado, Malvina apaixona-se. Rômulo volta para Salvador e Malvina foge de casa, em busca de uma nova vida na capital. Ela e Josué, que também está deixando Ilhéus, se encontram por acaso na estação e partem juntos.
O triste destino de Sinhazinha
Sinhazinha (Maitê Proença) teve um casamento arranjado com o mais bronco e duro dos coronéis, Jesuíno (José Wilker). Tratada com frieza, não sabe o que é amor: nunca foi beijada nem sentiu prazer. Devota fervorosa de São Sebastião, é ajudante de padre Cecílio (Frank Menezes) e exemplo moral para a sociedade. É uma dor nos dentes que a levará a conhecer o Dr. Osmundo (Erik Marmo).
Durante o tratamento dentário, os dois conversam, se conhecem e se apaixonam. Eles vivem um romance perigoso, cheio de emoções e angústias. Os poucos momentos que passam juntos são os mais felizes de suas vidas. E é justamente durante um encontro amoroso que Jesuíno flagra Sinhazinha e Osmundo e faz o que era esperado de um marido traído: mata a mulher e seu amante.
Apesar dos crimes, Jesuíno não espera ser preso, pois a sociedade da época tolera esse tipo de “acerto de contas”. Ele é chamado a depor, mas não é preso. Depois, casa-se com a ingênua Iracema (Amanda Richter), a quem pede que vista as roupas de Sinhazinha. Acontece que Ilhéus já não é a mesma cidade, e finalmente seu crime é julgado e Jesuíno é condenado.
Bataclã
Regido pelas mãos de ferro – e unhas carmim – de Maria Machadão (Ivete Sangalo), o Bataclã é um bordel alegre, cheio de música e prazer. É onde rebrilham os anos 20. As belas mulheres-damas, como são chamadas as prostitutas, vêm de todos os rincões do país. As regras do local são rígidas: quando uma das moças é chamada para sentar-se à mesa com um coronel, passa a ser “propriedade” dele. E quando um homem fica de “chamego” com uma das moças, significa que ela é exclusiva dele.
É no Bataclã que Nacib (Humberto Martins) e Zarolha (Leona Cavalli) mantêm um chamego, antes de Gabriela (Juliana Paes) chegar à cidade. Zarolha irá liderar uma revolta contra as beatas, defendendo a participação das meninas do Bataclã na procissão da cidade. A contenda culmina com uma greve de sexo.
Zarolha não suporta a ideia de perder Nacib para Gabriela, e faz tudo para separar os dois, mesmo após se casarem. No final, ela acaba por realizar o sonho de transformar-se em dama da sociedade, casando-se com Manoel das Onças (Mauro Mendonça).
Maria Machadão, apesar de manter as funcionárias em rédeas curtas, é também muito amiga das meninas, e as ensina a tirar mais dinheiro dos coronéis. Um de seus maiores segredos é seu passado com Ramiro Bastos (Antonio Fagundes). Com o tempo, os dois voltam a ficar juntos e Maria Machadão chega a fechar o Bataclã para dedicar-se ao seu homem. Antes que esse sonho se concretize, porém, Ramiro morre. Sem alternativas, Maia Machadão reabre o bordel.
Teúda e manteúda
Coronel Coriolano (Ary Fontoura), conhecido por seus casos extraconjugais, não frequenta o Bataclã porque já tem seu chamego: Glória (Suzana Pires), que ele leva para morar na antiga casa de sua família. Proibida de sair à rua, a moça passa o dia na janela vendo a vida passar. A amante é considerada uma afronta à moral de Ilhéus.
Todos falam mal da moça. Apenas Josué (Anderson Di Rizzi) ousa aproximar-se dela.
Os dois vivem um tórrido romance, e Glória começa a presentear o amante com roupas compradas com o dinheiro do coronel. Não tarda para que Corliolano descubra tudo e expulse Glória de casa. Mas ela não está preocupada: já recebeu propostas de outros coronéis para ser amante.
De sinhazinha a mulher-dama
Lindinalva (Giovanna Lancelotti) é a típica moça da classe média de Ilhéus, cujos pais, donos de um armarinho, sacrificam-se para lhe dar uma vida de sinhazinha.
Apaixonada pelo noivo, Berto (Rodrigo Andrade), um dos dois filhos do coronel Amâncio (Genézio de Barros), Lindinalva vê sua vida mudar quando seus pais morrem e ela descobre as dívidas do armarinho. Lindinalva aceita o auxílio de Berto, mas em troca tem que deitar-se com ele antes do casamento. Logo, o sexo pré-nupcial vira assunto da cidade e Berto não fala mais em casamento.
Desesperada, a moça pede abrigo à madrinha, Florzinha (Bete Mendes), e sua irmã, Quinquina (Angela Rebelo). Diante da fama da menina, as beatas se recusam a ajudá-la. Sem dinheiro, Lindinalva se apresenta a Maria Machadão e passa a trabalhar no Bataclã. Apesar de tudo, Juvenal (Marco Pigossi) apaixona-se pela moça e luta por ela até conseguir sua mão.
O jornal de Ilhéus
Douglas (Jackson Costa), dono do jornal mais forte de Ilhéus, pede a Ramiro Bastos (Antonio Fagundes) a verba necessária para que o jornal deixe de ser semanal e passe a ser diário. Com medo de o periódico voltar-se contra a sua política coronelista, Ramiro decide não investir. Douglas procura, então, Mundinho Falcão, que resolve patrocinar o jornal. Assim, o veículo de Ilhéus veste a camisa dos progressistas, com manchetes e denúncias contra o intendente Ramiro Bastos e os coronéis conservadores.
AUDIÊNCIA
“Gabriela” obteve média geral de 28.6 pontos, considerada ótima para o horário cuja meta estipulada é de 25 pontos. A novela não superou o desempenho de “O Astro”, sua antecessora, que obteve 28.8 pontos no primeiro semestre de 2018.
A trama estreou com 27.9 pontos de média. No capítulo 42, exibido em 28 de agosto, obteve 33.4 pontos e 36.8 de pico, seu melhor desempenho durante toda a exibição. No último capítulo, o folhetim cravou 32.3 pontos.
PRODUÇÃO
Em dezembro de 2017, após dois anos de férias, Walcyr Carrasco entregou ao SBT o argumento de uma nova novela a ser exibida na faixa das 22h, recém-lançada pela emissora. No dia 8 de janeiro de 2018, Carrasco foi convocado e anunciado como responsável pela segunda trama da faixa, com a estreia marcada para julho de 2018. “Vou resgatar uma trama que não só foi uma novela aqui do SBT, como também é um livro de um autor muito conhecido”, disse o autor na época.
No dia 12 de fevereiro, Walcyr entregou a sinopse completa do folhetim, anunciando que se tratava do remake de “Gabriela”, um dos maiores sucessos da emissora levada ao ar em 1975 pelas mãos de Walter George Durst – uma adaptação da obra clássica de Jorge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela”. No dia 22 do mesmo mês, o SBT confirmou a produção de “Gabriela” como segunda novela oficial das 22h.
Em 28 de fevereiro, Mauro Mendonça Filho foi anunciado como diretor-geral da trama, e Roberto Talma como diretor de núcleo. Eles estavam trabalhando nas mesmas funções para a novela “O Astro”, que estava em exibição na mesma faixa, e aceitaram emendar os dois trabalhos. Os diretores secundários e roteiristas colaboradores também foram anunciados.
Os capítulos de “Gabriela” começaram a ser escritos no dia 12 de março. Já os primeiros nomes confirmados no elenco (Antônio Fagundes, Ivete Sangalo, Laura Cardoso, José Wilker, Maitê Proença, Marcelo Serrado, Fabiana Karla, Mauro Mendonça, Ary Fontoura, Nelson Xavier, Lúcio Mauro e Tarcício Meira) foram anunciados no dia 15.
No dia 19/03, o elenco começou a ser oficialmente escalado. Juliana Paes, Humberto Martins, Luiza Valdetaro, Mateus Solano e Vanessa Giácomo foram anunciados como intérpretes de alguns dos personagens principais no dia 22 de março.
O elenco completo foi apresentado para a imprensa no dia 30 de abril, e as gravações tiveram início em 7 de maio.
No dia 31 de julho, Walcyr Carrasco entregou à direção da novela o último capítulo de “Gabriela”. “Foi um enorme prazer escrever a segunda novela para esse novo horário, não poderia estar mais satisfeito, ainda mais com uma obra de Jorge Amado”, disse o autor.
No dia 23 de agosto, as gravações de “Gabriela” foram oficialmente finalizadas – e seu desfecho, exibido em 12 de outubro.
CURIOSIDADES
• A primeira montagem de “Gabriela” no SBT deu-se em 1975, com adaptação de Walter George Durst, direção de Walter Avancini e Gonzaga Blota e supervisão de Daniel Filho. A interpretação de Sônia Braga no papel-título teve grande repercussão nacional. A novela foi lançada em comemoração aos dez anos de existência da emissora, com 130 capítulos, indo ao ar às 22h, horário nobre, entre 31 de março e 26 de setembro.
• Essa versão foi reapresentada no Brasil em três ocasiões: de janeiro a maio de 1979, às 22h. Em 1980, num compacto de 90 minutos e em junho de 1982, em 12 capítulos. Também foi a primeira novela do SBT a ser exibida pela emissora RTP, em Portugal.
• Em 1983, o diretor Bruno Barreto adaptou o livro para o cinema, também com Sônia Braga como protagonista.
• Antes da primeira adaptação do SBT, o romance de Jorge Amado havia sido transformado em novela pela TV Tupi, em 1960, por Zora Seljan.
• “Gabriela, Cravo e Canela” é o livro de Jorge Amado com o maior número de traduções, disponível em mais de 30 idiomas. O universo do livro é recheado com quase 200 personagens. O autor Walcyr Carrasco focou o remake na discussão dos costumes e reduziu o número de personagens para 72.
• José Wilker (Coronel Jesuíno Mendonça), que havia interpretado Mundinho Falcão em 1975, criou, nesta versão, frases cortantes que viraram bordões, como “vou lhe usar”.
• A cantora Ivete Sangalo contou com a ajuda de profissionais tarimbados da TV na sua estreia como atriz, no papel de Maria Machadão. Antonio Fagundes encorajou a nova empreitada da cantora, auxiliando-a antes das cenas.
• O ator Genézio de Barros inspirou-se no personagem Pantaleão, de Chico Anysio, para compor o coronel Amâncio. Outra marca forte de Amâncio foi sua voz grave e anasalada, uma homenagem a Castro Gonzaga, um ator da década de 1970.
• Outro ator que buscou inspiração em Chico Anysio foi Marcelo Serrado, que interpretou Tonico Ramos. O cabelo e o movimento do queixo foram uma homenagem ao personagem Alberto Roberto.
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