Bem-vindo à cidade em Bole-Bole! Um lugar
onde o que pode parecer estranho em qualquer outra parte do planeta é
perfeitamente normal. Está duvidando?
Então, o que você diria de um homem
poderosíssimo chamado Zico Rosado (José Mayer) que coloca formigas pelo nariz quando se irrita? E do Seu Cazuza (Marcos Palmeira) que, de tão nervoso, não consegue evitar que seu
coração saia boca afora? Ah, tem também a Marcina
(Chandelly Braz), sua filha. Essa
aí, minha gente, pega fogo toda vez que pensa em safadezas com o namorado, o João Gibão (Sérgio Guizé)! Um cara cheio de mistério, que esconde uma corcunda
embaixo do gibão, que ele não tira de jeito nenhum. Daí o apelido. Sem falar na
Dona Redonda (Vera Holtz), que quase promove um terremoto ao seu redor por onde
passa graças aos seus duzentos e muitos quilos. Por fim, tem o Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes) que se transforma em lobisomem toda noite de
quinta-feira!
Se você ainda está pensando que tudo isso só
acontece na imaginação das pessoas da cidade, é porque talvez sua ficha ainda
não tenha caído. Em Bole-Bole, há espaço para isso e muito mais!
Bole-Bole é repleta de pessoas diferentes e
cheias de segredos. Mas também não temos como deixar de mencionar aqueles que
se consideram absolutamente normais e fazem de tudo para evitar que os
estranhos tenham uma vida tranquila. Ah, um conselho: não se assuste se ouvir
palavras que você nunca viu nos livros. O dicionário bolebolense também é único!
Está batendo uma curiosidade sobre quem são os seres que habitam nesse lugar,
não está? Calma, a gente vai te ajudar.
Você já sabe o nome da cidade. Aliás,
Bole-Bole está prestes a ter outra alcunha, graças à visão do enigmático Gibão.
Ele sonhou que o lugar passaria a se chamar “Saramandaia”. Claro que os tradicionalistas ficaram irritados e se
colocaram em pé de guerra com aqueles a favor da mudança, os saramandistas.
Isso vai dar muito pano para manga ao longo dessa história!
De um lado temos os tradicionalistas,
representados por Zico Rosado e seu clã; Cazuza e sua mulher Aparadeira (Ana Beatriz Nogueira), Dona Redonda e Encolheu (Matheus
Nachtergaele) e o pessoal da banda Filarmônica Bolebolense, liderada por Cursino (Andre Abujamra).
Do outro lado, está a galera pró-Saramandaia.
A turma é liderada pelos mais jovens, os de cabeça aberta e sedentos por
mudança. Zélia (Leandra Leal) e Pedro (André Bankoff), filhos de Vitória Vilar (Lilia Cabral), ao lado de Gibão, são os generais da trupe. Bia (Thais Melchior) e Marcina, para desgosto das respectivas mães
Redonda e Aparadeira, dão o maior apoio aos namorados no movimento Saramandaia
já! Bia é namorada de Pedro e Marcina arde, literalmente, por Gibão. Mestre Totó (Zéu Britto) é o chefe da Lira Euterpiana.
Não fosse suficiente a briga política, ainda
há uma rixa ferrenha entre as famílias Rosado e Vilar. Essa história de ódio
atravessou gerações. Tibério (Tarcísio Meira), pai de Vitória, vivia em guerra com a família de Candinha (Fernanda Montenegro), mãe
de Zico. E hoje, Zélia e Pedro herdaram toda a raiva de seus antepassados,
personificando esse sentimento na figura de Zico. O usineiro, por sua vez, não
perdoa um saramandista sequer que ouse cruzar seu caminho.
Só tem um detalhe: amor e ódio vivem ali,
juntinhos, né? Zélia e Pedro nem sonham que Vitória e Zico viveram um grande
amor na juventude, assim como Tibério e Candinha muitos anos atrás. Esse
sentimento é tão forte, mas tão forte, que nem todos os anos que Vitória passou
longe de Bole-bole conseguiram apagar essa chama. E é justamente quando a
empresária retorna a sua cidade natal que tudo volta à tona, e a confusão fica
armada!
“Saramandaia”,
de autoria de Ricardo Linhares, é
livremente inspirada na obra original de Dias
Gomes, com direção artística de Denise
Saraceni e direção geral de Denise
Saraceni e Fabrício Mamberti. A
estreia ocorre nesta segunda-feira, dia 7.
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