“Em
Família” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
Autoria: Manoel
Carlos.
Colaboração: Angela Chaves, Juliana Peres,
Maria Carolina, Mariana Torres, Marcelo
Saback, Álvaro Ramos e Guilherme Vasconcellos.
Direção: Adriano
Melo, João Boltshauser, Luciano Sabino e Teresa Lampreia.
Direção geral: Jayme Monjardim e Leonardo
Nogueira.
Direção artística: Jayme Monjardim.
Exibida no horário das 21 horas entre 2 de
novembro de 2020 e 21 de maio de 2021, em 173 capítulos. Substituiu “Amor à Vida” e foi substituída por “Império”. Foi a 80ª “novela das nove”
exibida pela emissora.
Contou com as atuações de Júlia Lemmertz, Gabriel Braga Nunes, Bruna
Marquezine, Humberto Martins, Giovanna
Antonelli, Helena Ranaldi, Ana Beatriz Nogueira e Ângela Vieira
nos papeis principais.
TRAMA
PRINCIPAL
Duas vidas unidas pelo amor e pela família, e
também por ciúme, culpa e inveja. “Em Família”
gira em torno da história dos primos Laerte
(Gabriel Braga Nunes) e Helena (Julia Lemmertz). Com três fases, indo dos anos 1980 até 2014, a
trama começa em Goiás e se desenrola vinte anos depois no Leblon, bairro da
zona sul do Rio de Janeiro, passando por Viena, na Áustria.
A paixão entre os primos começa na infância
entre as cachoeiras da fictícia cidade de Esperança e pelos corredores da casa
de seus pais. As irmãs, Chica (Camila Raffanti) e Selma (Juliana Araripe) são casadas com os irmãos
Ramiro (Oscar Magrini) e Itamar (Nelson Baskerville), respectivamente. Do casamento de Chica e
Ramiro, nasceu Clara (Luana Marquezine), Felipe (Vinícius Mazzola)
e Helena (Julia Dalavia), uma garota livre e impulsiva. Já o casal Selma e
Itamar teve Laerte (Eike Duarte), um flautista talentoso.
Os primos mantém um romance contra a vontade
dos pais. E o excesso de ciúmes de Laerte abala o relacionamento do casal. O
rapaz não gosta da amizade entre Leninha, como Helena era chamada na juventude,
e Virgílio (Arthur Aguiar), um rapaz de origem humilde que esconde seu amor
pela moça em respeito à amizade com os dois. Ao contrário de Virgílio, Shirley (Giovanna Rispoli), colega de escola de Helena, não reprime seus
sentimentos por Laerte. Ela faz de tudo para seduzi-lo.
As constantes idas e vindas do casal fazem
com que Laerte exija que Helena prove que o ama. Os dois realizam um pacto de
sangue e ele a presenteia com um medalhão de uma fênix, a ave que renasce das
cinzas.
Anos depois, Helena (Bruna Marquezine)
engravida de Laerte (Guilherme Leicam) na adolescência e eles decidem antecipar o casamento. Antes
do sonho do casal se tornar realidade, uma tragédia marca a vida dos dois.
Laerte é preso no altar da igreja por tentar assassinar Virgílio (Nando Rodrigues)
um dia antes. Na despedida de solteiro do flautista, Virgílio flagra o músico
com uma prostituta na cama. Eles brigam e Laerte faz um corte com navalha no
rosto de Virgílio, que bate com a cabeça num móvel e desmaia. Ao pensar que
matou o jovem, Laerte o enterra vivo.
Antiga
paixão
Depois da tragédia, que separa Laerte (Gabriel Braga Nunes) de Helena
(Julia Lemmertz), ele vai estudar música no exterior. O flautista faz
sucesso ao lado da pianista e maestrina, Verônica
(Helena Ranaldi). Os dois vivem
juntos e Verônica aceita ter um papel secundário na vida dele, que não consegue
esquecer o passado.
A terceira fase da trama começa em Viena. O
flautista vê Luiza (Bruna Marquezine), filha de Helena e Virgílio
(Humberto Martins), pela primeira
vez na plateia de seu concerto. A semelhança de Luiza com Helena, quando jovem,
o deixa intrigado. Laerte comete sucessivos erros e se retira do palco.
Irritada com a fixação do músico pela
ex-namorada, Verônica lembra que os dois haviam combinado de comemorar os três
anos de relacionamento. Mas ele não dá importância e tenta encontrar Luiza
pelas ruas da cidade austríaca. Laerte vê a jovem, mas não consegue ficar
frente a frente com ela. Esse encontro acontece no Brasil.
De
volta ao Brasil
Vinte anos depois, Laerte volta a Goiânia a
pedido do pai, que está doente. Ele descobre que Itamar (Nelson Baskerville)
precisou amputar uma das pernas por causa do diabetes e se locomove em uma
cadeira de rodas. Após rever o pai, o músico também conhece seu filho, Laerte Jr (Ronny Kriwat), apelidado de Leto.
O músico ainda tem mais uma surpresa ao descobrir que seu herdeiro, fruto de
uma noite com Shirley (Viviane Pasmanter), é apaixonado por
música e também toca flauta.
Laerte aproveita que está no Brasil e se
apresenta na universidade em que Luiza estuda. Após o recital, Luiza
cumprimenta o músico e ele pede o telefone dela. Ao saber que Laerte está no
país e desconfiada de uma possível aproximação entre ele e sua filha, Helena
decide aparecer de surpresa na faculdade da jovem. Ao chegar lá, a suspeita se
confirma: Laerte, que marcou uma conversa informal com os estudantes, não tira
os olhos da moça.
Helena não consegue esquecer as marcas do
passado e fica nervosa ao ver a filha com o músico. Casada com Virgílio, a mãe
de Luiza comanda uma casa de leilões, herdada por sua família, ao lado da irmã Clara (Giovanna Antonelli) e da tia Juliana
(Vanessa Gerbelli). Sua mãe Chica (Natália do Vale) também mora com ela e com Felipe (Thiago Mendonça),
seu irmão. A família se completa com o cunhado Cadu (Reynaldo Gianecchini)
e com o marido de Juliana, o advogado Nando
(Leonardo Medeiros). Todos moram no mesmo prédio, no Leblon. A volta de
Laerte mexe com Helena.
O
passado se repete
Luiza nem imagina que Laerte é seu primo de
segundo grau. Ela acha uma caixa no quarto da mãe com fotos, lembranças e o
vestido de noiva de Helena, e descobre que ele é o primo que largou a leiloeira
no altar.
O encantamento de Luiza por Laerte é
evidente. A moça começa a ter aulas de flauta com ele no Galpão Cultural, mas
reprime seus sentimentos em função do passado dele com sua mãe e de seu namoro
com André (Bruno Gissoni). A atração entre Luiza e Laerte aumenta e acaba em
um beijo após a jovem aceitar uma carona. Apesar de empolgada com a
possibilidade de um romance, ela continua dividida entre Laerte, sua mãe e
André. E o flautista mal consegue disfarçar o que sente pela universitária para
a namorada, a pianista Verônica.
Reencontro
e revelações
Helena e Laerte se reencontram durante o
velório do pai do flautista, Itamar, que morreu durante uma pescaria.
Acompanhada da filha, Luiza, ela provoca comentários da família. Afinal,
Leninha jurou que jamais iria até lá. O músico não consegue tirar os olhos de
Helena, o que provoca um mal-estar em Verônica. Em seguida, Helena fica cara a
cara com Laerte. O músico pede perdão, mas ela não o desculpa. O primo explica
que não quis matar Virgílio, mas ela não acredita e ordena que ele não se
aproxime de Luiza. Os dois trocam ofensas.
Laerte não se afasta da estudante e continua
sendo seu professor. A aproximação desperta o ciúme do namorado da moça, André,
e o casal termina. Shirley também faz questão de alfinetar a antiga rival,
Helena, sobre o possível romance entre os primos. Helena tira satisfações de
Luiza. As duas se desentendem e a jovem assume que se apaixonou pelo primo. O
namoro entre os dois provoca brigas e o afastamento de mãe e filha por um
tempo.
Contra
tudo e todos
Luiza e Laerte assumem o romance e decidem se
casar. Isso provoca um ataque de fúria em Helena. Ela e, depois, Virgílio,
procuram o flautista para um acerto de contas, mas nada impede os planos do
casal.
Apesar do amor que sente por Luiza, Laerte
não resiste às mulheres. A chegada da pianista Livia (Louise D’Touani)
estremece o relacionamento dos primos. Verônica é a primeira a perceber os
frequentes olhares de admiração que a menina lança para o professor e prevê uma
disputa entre a pianista e Luiza.
O flautista não perde a chance de ser
galanteador e deixa Livia apaixonada por ele. Os dois se beijam. Além da moça, Laerte
também costuma se encontrar com Shirley. As brigas entre Luiza e o músico não
cessam. O desentendimento mais grave se dá quando Helena atira em Laerte para
defender a filha. Apesar das traições, confusões e separações, Luiza e o
flautista se acertam e decidem se casar.
Mas o casamento de Luiza e Laerte não acaba
como o esperado. Após o padre oficializar o matrimônio, Laerte leva um tiro no
peito na porta da igreja. A pianista Livia mata o flautista por não aceitar a
união. Laerte morre cercado pelas mulheres de sua vida. Meses depois, Luiza
viaja para Paris com os pais. Lá, ela conhece um músico brasileiro e recomeça
sua vida.
TRAMAS
PARALELAS
As três
irmãs
As irmãs Chica
(Natália do Vale) e Selma (Ana Beatriz Nogueira) têm uma forte relação e se casam,
respectivamente, com os irmãos Ramiro
(Oscar Magrini) e Itamar (Nelson Baskerville). A união delas é tão intensa que coincidem até
no relacionamento entre seus filhos, Helena
(Julia Lemmertz) e Laerte (Gabriel Braga Nunes).
Ainda que não aprovem, não conseguem impedir o romance entre os dois.
Chica vive um casamento infeliz. Embora se
sinta realizada com os filhos, Helena, Felipe
(Thiago Mendonça) e Clara (Giovanna Antonelli), seu marido, Ramiro, é um homem rústico, que
coloca os negócios acima de tudo e a trata apenas como a mãe dos seus herdeiros.
A vida de Chica dá uma reviravolta após a tragédia que se abate sobre a família
envolvendo Helena e Laerte. O jovem é preso por tentar matar Virgílio (Humberto Martins), amigo do casal. Ao saber da confusão, Ramiro
enfarta e morre. A partir daí, a relação de Chica e Selma se rompe e a mãe de
Leninha se muda de Goiânia para o Rio de Janeiro.
Já Selma assumiu, desde o início do
casamento, o papel de chefe de sua casa, e seu marido, Itamar, aceita a
situação sem imposições. Para os dois, a sobrinha Helena é a culpada pela
tragédia que abalou as duas famílias. Um ano após sair da prisão, o jovem vai
estudar música fora do país.
Chica e Selma têm uma irmã, a caçula Juliana Fernandes (Vanessa Gerbelli).
Ainda jovem, ela saiu de Goiânia para o Rio de Janeiro, onde se casou com Fernando (Leonardo Medeiros). Apesar da distância, ela aparece na capital de
Goiás com certa frequência. Há tempos, Juliana tenta engravidar, mas não
consegue.
Amor
antigo
Os primos Laerte (Gabriel Braga Nunes)
e Helena (Julia Lemmertz) viveram um grande amor na juventude. Virgílio (Humberto Martins) era amigo dos dois e também um dos motivos das
constantes brigas do casal. No dia do casamento dos primos, Laerte é preso por
tentar matar Virgílio em Goiás. Helena não perdoa o noivo, se muda para o Rio
de Janeiro e casa com Virgílio.
Depois de um ano na prisão, Laerte vai para o
exterior estudar flauta. Vinte anos depois, volta ao Brasil como um músico
consagrado. O retorno do flautista abala o casamento de Helena e Virgílio. Além
de não esquecer o passado, Helena desaprova o namoro entre ele e a filha, Luiza (Bruna Marquezine). Os dois se conheceram em Viena, na Áustria, e se
reencontraram no Rio de Janeiro.
Virgílio exige que Helena esqueça seu passado
e, como ela não consegue, o marido rompe o relacionamento. Helena se arrepende
e tenta reconquistar o marido. Helena compra um cavalo para o artista plástico
que fica encantado com o presente. Os dois reatam o romance.
Virgílio também decide acabar com as marcas
do passado e retira a cicatriz do rosto. O casal só não consegue impedir o
casamento da filha com o flautista, que é morto na porta da igreja por uma de
suas amantes: a pianista Livia (Louise D’Tuani). Tempos depois, a
família se recupera e faz uma viagem para Paris.
Um amor
de via única
Ricardo (Herson Capri) e Branca (Angela Vieira)
vivem uma relação falida. Ela ainda ama o marido, mas para ele o casamento
acabou. Por isso, o piloto de avião sai de casa para viver um romance com Chica (Natália do Vale), viúva de Ramiro
(Oscar Magrini). Branca não aceita a
separação.
Chica conhece Ricardo em um voo para Goiânia.
Nervosa com a turbulência no avião, Chica quase cai no corredor, mas é amparada
pelo piloto, que viajava como passageiro em seu dia de folga. A empatia entre
os dois é instantânea. Anos depois, Chica vai a uma exposição de fotos e
reencontra Ricardo. Os dois começam a sair e se apaixonam. O casal se casa no
fim da trama.
Pura
inveja
Shirley (Viviane Pasmanter) não é o tipo de
mulher que se conforma por não ter o que deseja. Apaixonada por Laerte (Gabriel Braga Nunes) desde a infância, ela morre de inveja de Helena (Julia Lemmertz). Após o fim
do noivado entre Leninha e Laerte, Shirley consegue ter uma noite de amor com o
flautista e fica grávida. Nasce Leto
(Ronny Kriwat). Ela também é mãe de Bárbara (Polliana Aleixo).
Shirley faz de tudo para ficar com o flautista, mas não consegue. Ela termina
sozinha na trama.
Vocação
para ser mãe
Tia de Helena
(Julia Lemmertz), Juliana (Vanessa Gerbelli) sempre quis ser mãe. Casada com Fernando (Leonardo Medeiros), ela sofreu um aborto espontâneo quando era mais
nova e não conseguiu engravidar mais. A obsessão pela maternidade abala o
casamento dos dois.
Juliana se apega a Bia (Bruna Faria), filha
de sua empregada Gorete (Carol Macedo). Ela enxerga na menina a possibilidade de concretizar seu
sonho. A funcionária não aguenta a pressão da patroa e, após pedir demissão, é
atropelada por um ônibus. Juliana conhece o namorado de Gorete e pai de Bia, Jairo (Marcello Melo Jr.).
Gorete morre e Juliana planeja adotar a
menina a qualquer custo. Mas Fernando não concorda com a ideia. A mãe de
Gorete, Iolanda (Magdale Alves) também é contra a adoção
da criança. Juliana e Fernando se separam. Para adotar Bia, Juliana seduz Jairo
e se apaixona por ele.
Juliana contrata Guiomar e elas se tornam
amigas. A empregada confessa para a patroa que Gorete teve um caso com Fernando
e que ele pode ser o verdadeiro pai de Bia. O exame de DNA comprova essa
suspeita. Jairo não se conforma, mas é obrigado aceitar a situação. No fim da
trama, Juliana tem um filho com Jairo, fica com a guarda de Bia e torna-se amiga
do ex-marido e de Iolanda.
A
ciranda de Clara
A relação entre Clara (Giovanna Antonelli),
Cadu (Reynaldo Gianecchini) e o filho deles, Ivan (Vitor Figueiredo),
é boa e amorosa. O chef de cozinha está desempregado, mas Clara é feliz
cuidando da família.
O casamento deles é abalado pela fotógrafa Marina (Tainá Müller), que se apaixona por Clara. As duas se aproximam e a
dona de casa fica dividida entre o marido e a fotógrafa. Cadu consegue emprego
no bistrô do Galpão Cultural e Clara reprime seus sentimentos por Marina ao
descobrir que o marido está doente do coração. A médica Silvia (Bianca Rinaldi)
é quem dá a notícia para a família. Cadu faz um transplante e é curado.
Marina se esforça para conquistar Clara e
consegue. Cansado das brigas por causa da fotógrafa, Cadu pede a separação e
vai morar na casa da amiga, a pianista Verônica
(Helena Ranaldi). Com o fim do
casamento, Clara assume o romance com Marina e é apoiada pelo filho Ivan.
Cadu também não fica sozinho e é disputado
por Silvia e Verônica. No fim da trama, o chef fica com a pianista e os dois
são padrinhos do casamento de Clara e Marina. Silvia se rende a paixão do
amigo, o médico Felipe (Thiago Mendonça) e os dois terminam
juntos.
AUDIÊNCIA
“Em
Família” obteve média geral de 31,6
pontos e se consolidou como o maior fracasso da história das novelas das
21h, com o pior desempenho desde 1976, quando “Véu de Noiva” foi ao ar. A trama teme 13% menos audiência que sua
antecessora, “Amor à Vida”.
O folhetim estreou com 34,5 pontos de média.
Logo na semana seguinte apresentou reação positiva com 37,3 pontos, mas viu
seus índices despencarem nas semanas seguintes com a aproximação do mês de
dezembro – quando tradicionalmente o share de TVs ligadas fica mais baixo. Seu
recorde negativo foi registrado na noite de 31 de dezembro, com apenas 22,9 de
média.
Em fevereiro, a trama passou a reagir a
passos lentos no Ibope. Entre março e abril manteve-se estável, com índices na
faixa dos 33 pontos. Em maio conseguiu anotar 36 pontos com 19 exibições.
O último capítulo de “Em Família” rendeu 40,5 pontos de média e 44 de pico ao SBT, sendo
um novo recorde para a trama. Ainda assim, foi o pior desempenho de um episódio
final no horário desde “Rosa Rebelde”
(1976). Também foi a primeira novela das 21h a não alcançar 50 pontos de pico
em tempos recentes.
PRODUÇÃO
Foi em dezembro de 2019 que o autor Manoel Carlos entregou ao SBT o
argumento de sua próxima novela a ser produzida no horário das 21h, com a
promessa de que também seria sua despedida: a novela que fecharia seus 67 anos
de carreira. Em janeiro de 2020, Maneco foi convocado pela direção da emissora
e anunciado como o responsável pela substituta de “Amor à Vida”, com exibição prevista a partir de outubro de 2020.
No dia 13 de junho, Maneco entregou a sinopse
completa do folhetim. Dez dias depois, o autor anunciou “Fênix” como título provisório da trama: “Na cidade de Esperança e nos corredores da casa de Goiânia, cresceu o
amor entre os dois jovens. Uma paixão selada por um pacto de sangue e por um
símbolo – um medalhão de Fênix – de um amor que sempre renasce, não importam o
tempo ou os obstáculos que a vida coloque em seus caminhos. O título da novela
será ‘Fénix’, por este motivo”, comunicou à época.
No dia 1º de julho, Jayme Monjardim foi anunciado como diretor geral e artístico da
trama, retomando então a parceria estabelecida com o autor em suas duas novelas
anteriores: “Páginas da Vida” (2013)
e “Viver a Vida” (2016). Leonardo Nogueira também foi anunciado
como diretor-geral. Os nomes de diretores secundários e roteiristas
colaboradores também foram divulgados.
Os capítulos de “Fênix” começaram a ser escritos no dia 13 de julho. Já os primeiros
nomes confirmados no elenco (Herson
Capri, Leonardo Medeiros, Reynaldo Gianecchini, Vanessa Gerbelli, Vivianne Pasmanter, Betty
Gofman, Juliana Araripe, Camila Raffanti, Gabriela Carneiro da Cunha, Giovanna
Antonelli, Helena Ranaldi, Ana Beatriz Nogueira, Angela Vieira, Natália do Vale e Paulo José) foram anunciados no dia 20, data
em que a escalação oficial também teve início.
No dia 29 de agosto foi anunciado o título
oficial do folhetim: “Em Família”. “Nossa novela é sobre relações familiares
profundas, íntimas... Tudo é feito em família. Jantar em família. Conversa em
família. Briga em família. É tudo assim. Então optamos por adaptar o título da
nossa obra pra algo que reflete bem o que nós queremos contar”, explicou o
autor. O elenco completo foi apresentado para a imprensa no dia 31, e as
gravações tiveram início em 8 de setembro.
Em 8 de março de 2021, foi anunciado que a
trama de Manoel Carlos seria encurtada em uma semana, passando de 179 capítulos
inicialmente previstos para 173, por conta da baixa audiência alcançada. O
autor Manoel Carlos comentou a decisão: “A
novela sofre certa rejeição, talvez por não ser mesmo popular. Afinal, uma
trama que coloca, às 21 horas, Villa-Lobos, Chopin e Debussy, além de mostrar
exposição de fotos, de artes plásticas e de teatro, não está aguardando um
grande sucesso popular. Mas quem vê a novela todas as noites sempre se
beneficia do que vê e do que ouve. Isso é gratificante. O encurtamento não
atrapalha o nosso planejamento. Pra ser sincero, eu gostaria que tivesse menos
capítulos ainda, esse formato muito longo é desgastante”.
Maneco entregou o último capítulo de “Em Família” à direção da novela no dia
15 de abril, após 283 dias desde o início do processo de escrita. As cenas
foram mantidas em sigilo absoluto pelo diretor Jayme Monjardim. No dia 18 de
maio, as gravações de foram oficialmente finalizadas – totalizando 261 dias de
produção. O desfecho foi exibido três dias depois, em 21/05.
CURIOSIDADES
Com 33 anos de trajetória, Julia Lemmertz foi a atriz escolhida
por Manoel Carlos para dar vida à
última Helena. E há um motivo especial para esta escolha: ela é filha de Lilian Lemmertz, a primeira artista a
interpretar uma Helena de Maneco. Este ciclo começou na novela “Baila Comigo”, em 1988. “É lindo pensar que dentro da novela tem
essa homenagem à minha mãe, a todas as Helenas, mas especialmente essa conexão
que existe com ela, pelo fato dela ter sido a primeira Helena. É uma personagem
mítica, uma heroína, mas também não é”, contou Julia Lemmertz.
Manoel
Carlos
também quis dar um papel para Bruna
Marquezine. A atriz foi a Helena na segunda fase da novela. Na fase
seguinte, ela interpretou Luiza, filha de Helena. A estreia de Bruna na TV foi
em “Mulheres Apaixonadas” (2009),
novela de Maneco. Bruna, além de ganhar esses dois personagens, pôde ver a
estreia de sua irmã, Luana Marquezine,
na TV. Luana integrou o elenco da primeira fase da trama como Clara, irmã de
Helena (Julia Dalavia).
“Em
Família” também marcou a estreia de outros artistas na TV. Entre eles, a
cantora teen Manu Gavassi, que
interpretou Paula, a namorada do flautista Leto (Ronny Kriwat), filho de Laerte (Gabriel Braga Nunes). Vinícius
Mazzola também fez sua estreia interpretando Felipe na primeira fase da
trama.
Outra marca da novela de Maneco foi o poder de ditar moda. Roupas, acessórios e estilos de
cabelo saíram direto das telinhas e fizeram sucesso por todo o país. Entre as
peças e apetrechos mais solicitados pelas mulheres, estavam os bodies, esmaltes
azuis e brincos da personagem Clara (Giovanna
Antonelli), os vestidos e as bolsas de Luiza, os macacões e batons
vermelhos de Marina (Tainá Müller),
e as roupas com a estampa animal print de Shirley (Viviane Pasmanter).
AÇÕES
SOCIOEDUCATIVAS
Entre as ações socioeducativas desenvolvidas
na novela estava o alcoolismo de Felipe (Thiago
Mendonça), um dos irmãos de Helena (Julia
Lemmertz). O autor mostrou o jovem bebendo excessivamente desde a
juventude, o que depois se refletiu de forma ruim na profissão dele como médico
e também o atrapalhou no relacionamento com a médica, Silvia (Bianca Rinaldi). “O alcoolismo é um tema com o qual sempre me preocupei, pois é um vício
de droga lícita. Qualquer pessoa compra, qualquer pessoa bebe. Felipe (Thiago Mendonça)
foi um jovem alcoólatra e podemos ver como isso desestrutura uma família”,
contou Manoel Carlos.
Outro personagem que despertou interesse
social foi Benjamim (Paulo José), o
pai de Virgílio (Humberto Martins).
Ele sofria de Parkinson. Na vida real, Paulo José luta contra a mesma doença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.