domingo, 1 de novembro de 2020

EM FAMÍLIA (2020)


Em Família” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
 
Autoria: Manoel Carlos.
Colaboração: Angela Chaves, Juliana Peres, Maria Carolina, Mariana Torres, Marcelo Saback, Álvaro Ramos e Guilherme Vasconcellos.
Direção: Adriano Melo, João Boltshauser, Luciano Sabino e Teresa Lampreia.
Direção geral: Jayme Monjardim e Leonardo Nogueira.
Direção artística: Jayme Monjardim.
 
Exibida no horário das 21 horas entre 2 de novembro de 2020 e 21 de maio de 2021, em 173 capítulos. Substituiu “Amor à Vida” e foi substituída por “Império”. Foi a 80ª “novela das nove” exibida pela emissora.
 
Contou com as atuações de Júlia Lemmertz, Gabriel Braga Nunes, Bruna Marquezine, Humberto Martins, Giovanna Antonelli, Helena Ranaldi, Ana Beatriz Nogueira e Ângela Vieira nos papeis principais.
 
TRAMA PRINCIPAL
 
Duas vidas unidas pelo amor e pela família, e também por ciúme, culpa e inveja. “Em Família” gira em torno da história dos primos Laerte (Gabriel Braga Nunes) e Helena (Julia Lemmertz). Com três fases, indo dos anos 1980 até 2014, a trama começa em Goiás e se desenrola vinte anos depois no Leblon, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, passando por Viena, na Áustria.
 
A paixão entre os primos começa na infância entre as cachoeiras da fictícia cidade de Esperança e pelos corredores da casa de seus pais. As irmãs, Chica (Camila Raffanti) e Selma (Juliana Araripe) são casadas com os irmãos Ramiro (Oscar Magrini) e Itamar (Nelson Baskerville), respectivamente. Do casamento de Chica e Ramiro, nasceu Clara (Luana Marquezine), Felipe (Vinícius Mazzola) e Helena (Julia Dalavia), uma garota livre e impulsiva. Já o casal Selma e Itamar teve Laerte (Eike Duarte), um flautista talentoso.
 
Os primos mantém um romance contra a vontade dos pais. E o excesso de ciúmes de Laerte abala o relacionamento do casal. O rapaz não gosta da amizade entre Leninha, como Helena era chamada na juventude, e Virgílio (Arthur Aguiar), um rapaz de origem humilde que esconde seu amor pela moça em respeito à amizade com os dois. Ao contrário de Virgílio, Shirley (Giovanna Rispoli), colega de escola de Helena, não reprime seus sentimentos por Laerte. Ela faz de tudo para seduzi-lo.
 
As constantes idas e vindas do casal fazem com que Laerte exija que Helena prove que o ama. Os dois realizam um pacto de sangue e ele a presenteia com um medalhão de uma fênix, a ave que renasce das cinzas.
 
Anos depois, Helena (Bruna Marquezine) engravida de Laerte (Guilherme Leicam) na adolescência e eles decidem antecipar o casamento. Antes do sonho do casal se tornar realidade, uma tragédia marca a vida dos dois. Laerte é preso no altar da igreja por tentar assassinar Virgílio (Nando Rodrigues) um dia antes. Na despedida de solteiro do flautista, Virgílio flagra o músico com uma prostituta na cama. Eles brigam e Laerte faz um corte com navalha no rosto de Virgílio, que bate com a cabeça num móvel e desmaia. Ao pensar que matou o jovem, Laerte o enterra vivo.
 
Antiga paixão
Depois da tragédia, que separa Laerte (Gabriel Braga Nunes) de Helena (Julia Lemmertz), ele vai estudar música no exterior. O flautista faz sucesso ao lado da pianista e maestrina, Verônica (Helena Ranaldi). Os dois vivem juntos e Verônica aceita ter um papel secundário na vida dele, que não consegue esquecer o passado.
 
A terceira fase da trama começa em Viena. O flautista vê Luiza (Bruna Marquezine), filha de Helena e Virgílio (Humberto Martins), pela primeira vez na plateia de seu concerto. A semelhança de Luiza com Helena, quando jovem, o deixa intrigado. Laerte comete sucessivos erros e se retira do palco.
 
Irritada com a fixação do músico pela ex-namorada, Verônica lembra que os dois haviam combinado de comemorar os três anos de relacionamento. Mas ele não dá importância e tenta encontrar Luiza pelas ruas da cidade austríaca. Laerte vê a jovem, mas não consegue ficar frente a frente com ela. Esse encontro acontece no Brasil.
 
De volta ao Brasil
Vinte anos depois, Laerte volta a Goiânia a pedido do pai, que está doente. Ele descobre que Itamar (Nelson Baskerville) precisou amputar uma das pernas por causa do diabetes e se locomove em uma cadeira de rodas. Após rever o pai, o músico também conhece seu filho, Laerte Jr (Ronny Kriwat), apelidado de Leto. O músico ainda tem mais uma surpresa ao descobrir que seu herdeiro, fruto de uma noite com Shirley (Viviane Pasmanter), é apaixonado por música e também toca flauta.
 
Laerte aproveita que está no Brasil e se apresenta na universidade em que Luiza estuda. Após o recital, Luiza cumprimenta o músico e ele pede o telefone dela. Ao saber que Laerte está no país e desconfiada de uma possível aproximação entre ele e sua filha, Helena decide aparecer de surpresa na faculdade da jovem. Ao chegar lá, a suspeita se confirma: Laerte, que marcou uma conversa informal com os estudantes, não tira os olhos da moça.
 
Helena não consegue esquecer as marcas do passado e fica nervosa ao ver a filha com o músico. Casada com Virgílio, a mãe de Luiza comanda uma casa de leilões, herdada por sua família, ao lado da irmã Clara (Giovanna Antonelli) e da tia Juliana (Vanessa Gerbelli). Sua mãe Chica (Natália do Vale) também mora com ela e com Felipe (Thiago Mendonça), seu irmão. A família se completa com o cunhado Cadu (Reynaldo Gianecchini) e com o marido de Juliana, o advogado Nando (Leonardo Medeiros). Todos moram no mesmo prédio, no Leblon. A volta de Laerte mexe com Helena.
 
O passado se repete
Luiza nem imagina que Laerte é seu primo de segundo grau. Ela acha uma caixa no quarto da mãe com fotos, lembranças e o vestido de noiva de Helena, e descobre que ele é o primo que largou a leiloeira no altar.
 
O encantamento de Luiza por Laerte é evidente. A moça começa a ter aulas de flauta com ele no Galpão Cultural, mas reprime seus sentimentos em função do passado dele com sua mãe e de seu namoro com André (Bruno Gissoni). A atração entre Luiza e Laerte aumenta e acaba em um beijo após a jovem aceitar uma carona. Apesar de empolgada com a possibilidade de um romance, ela continua dividida entre Laerte, sua mãe e André. E o flautista mal consegue disfarçar o que sente pela universitária para a namorada, a pianista Verônica.
 
Reencontro e revelações
Helena e Laerte se reencontram durante o velório do pai do flautista, Itamar, que morreu durante uma pescaria. Acompanhada da filha, Luiza, ela provoca comentários da família. Afinal, Leninha jurou que jamais iria até lá. O músico não consegue tirar os olhos de Helena, o que provoca um mal-estar em Verônica. Em seguida, Helena fica cara a cara com Laerte. O músico pede perdão, mas ela não o desculpa. O primo explica que não quis matar Virgílio, mas ela não acredita e ordena que ele não se aproxime de Luiza. Os dois trocam ofensas.
 
Laerte não se afasta da estudante e continua sendo seu professor. A aproximação desperta o ciúme do namorado da moça, André, e o casal termina. Shirley também faz questão de alfinetar a antiga rival, Helena, sobre o possível romance entre os primos. Helena tira satisfações de Luiza. As duas se desentendem e a jovem assume que se apaixonou pelo primo. O namoro entre os dois provoca brigas e o afastamento de mãe e filha por um tempo.
 
Contra tudo e todos
Luiza e Laerte assumem o romance e decidem se casar. Isso provoca um ataque de fúria em Helena. Ela e, depois, Virgílio, procuram o flautista para um acerto de contas, mas nada impede os planos do casal.
 
Apesar do amor que sente por Luiza, Laerte não resiste às mulheres. A chegada da pianista Livia (Louise D’Touani) estremece o relacionamento dos primos. Verônica é a primeira a perceber os frequentes olhares de admiração que a menina lança para o professor e prevê uma disputa entre a pianista e Luiza.
 
O flautista não perde a chance de ser galanteador e deixa Livia apaixonada por ele. Os dois se beijam. Além da moça, Laerte também costuma se encontrar com Shirley. As brigas entre Luiza e o músico não cessam. O desentendimento mais grave se dá quando Helena atira em Laerte para defender a filha. Apesar das traições, confusões e separações, Luiza e o flautista se acertam e decidem se casar.
 
Mas o casamento de Luiza e Laerte não acaba como o esperado. Após o padre oficializar o matrimônio, Laerte leva um tiro no peito na porta da igreja. A pianista Livia mata o flautista por não aceitar a união. Laerte morre cercado pelas mulheres de sua vida. Meses depois, Luiza viaja para Paris com os pais. Lá, ela conhece um músico brasileiro e recomeça sua vida.
 
TRAMAS PARALELAS
 
As três irmãs
 
 
As irmãs Chica (Natália do Vale) e Selma (Ana Beatriz Nogueira) têm uma forte relação e se casam, respectivamente, com os irmãos Ramiro (Oscar Magrini) e Itamar (Nelson Baskerville). A união delas é tão intensa que coincidem até no relacionamento entre seus filhos, Helena (Julia Lemmertz) e Laerte (Gabriel Braga Nunes). Ainda que não aprovem, não conseguem impedir o romance entre os dois.
 
Chica vive um casamento infeliz. Embora se sinta realizada com os filhos, Helena, Felipe (Thiago Mendonça) e Clara (Giovanna Antonelli), seu marido, Ramiro, é um homem rústico, que coloca os negócios acima de tudo e a trata apenas como a mãe dos seus herdeiros. A vida de Chica dá uma reviravolta após a tragédia que se abate sobre a família envolvendo Helena e Laerte. O jovem é preso por tentar matar Virgílio (Humberto Martins), amigo do casal. Ao saber da confusão, Ramiro enfarta e morre. A partir daí, a relação de Chica e Selma se rompe e a mãe de Leninha se muda de Goiânia para o Rio de Janeiro.
 
Já Selma assumiu, desde o início do casamento, o papel de chefe de sua casa, e seu marido, Itamar, aceita a situação sem imposições. Para os dois, a sobrinha Helena é a culpada pela tragédia que abalou as duas famílias. Um ano após sair da prisão, o jovem vai estudar música fora do país.
 
Chica e Selma têm uma irmã, a caçula Juliana Fernandes (Vanessa Gerbelli). Ainda jovem, ela saiu de Goiânia para o Rio de Janeiro, onde se casou com Fernando (Leonardo Medeiros). Apesar da distância, ela aparece na capital de Goiás com certa frequência. Há tempos, Juliana tenta engravidar, mas não consegue.
 
Amor antigo
Os primos Laerte (Gabriel Braga Nunes) e Helena (Julia Lemmertz) viveram um grande amor na juventude. Virgílio (Humberto Martins) era amigo dos dois e também um dos motivos das constantes brigas do casal. No dia do casamento dos primos, Laerte é preso por tentar matar Virgílio em Goiás. Helena não perdoa o noivo, se muda para o Rio de Janeiro e casa com Virgílio.
 
Depois de um ano na prisão, Laerte vai para o exterior estudar flauta. Vinte anos depois, volta ao Brasil como um músico consagrado. O retorno do flautista abala o casamento de Helena e Virgílio. Além de não esquecer o passado, Helena desaprova o namoro entre ele e a filha, Luiza (Bruna Marquezine). Os dois se conheceram em Viena, na Áustria, e se reencontraram no Rio de Janeiro.
 
Virgílio exige que Helena esqueça seu passado e, como ela não consegue, o marido rompe o relacionamento. Helena se arrepende e tenta reconquistar o marido. Helena compra um cavalo para o artista plástico que fica encantado com o presente. Os dois reatam o romance.
 
Virgílio também decide acabar com as marcas do passado e retira a cicatriz do rosto. O casal só não consegue impedir o casamento da filha com o flautista, que é morto na porta da igreja por uma de suas amantes: a pianista Livia (Louise D’Tuani). Tempos depois, a família se recupera e faz uma viagem para Paris.
 
Um amor de via única
Ricardo (Herson Capri) e Branca (Angela Vieira) vivem uma relação falida. Ela ainda ama o marido, mas para ele o casamento acabou. Por isso, o piloto de avião sai de casa para viver um romance com Chica (Natália do Vale), viúva de Ramiro (Oscar Magrini). Branca não aceita a separação.
 
Chica conhece Ricardo em um voo para Goiânia. Nervosa com a turbulência no avião, Chica quase cai no corredor, mas é amparada pelo piloto, que viajava como passageiro em seu dia de folga. A empatia entre os dois é instantânea. Anos depois, Chica vai a uma exposição de fotos e reencontra Ricardo. Os dois começam a sair e se apaixonam. O casal se casa no fim da trama.
 
Pura inveja
Shirley (Viviane Pasmanter) não é o tipo de mulher que se conforma por não ter o que deseja. Apaixonada por Laerte (Gabriel Braga Nunes) desde a infância, ela morre de inveja de Helena (Julia Lemmertz).  Após o fim do noivado entre Leninha e Laerte, Shirley consegue ter uma noite de amor com o flautista e fica grávida. Nasce Leto (Ronny Kriwat).  Ela também é mãe de Bárbara (Polliana Aleixo). Shirley faz de tudo para ficar com o flautista, mas não consegue. Ela termina sozinha na trama.
 
Vocação para ser mãe
Tia de Helena (Julia Lemmertz), Juliana (Vanessa Gerbelli) sempre quis ser mãe. Casada com Fernando (Leonardo Medeiros), ela sofreu um aborto espontâneo quando era mais nova e não conseguiu engravidar mais. A obsessão pela maternidade abala o casamento dos dois.
 
Juliana se apega a Bia (Bruna Faria), filha de sua empregada Gorete (Carol Macedo). Ela enxerga na menina a possibilidade de concretizar seu sonho. A funcionária não aguenta a pressão da patroa e, após pedir demissão, é atropelada por um ônibus. Juliana conhece o namorado de Gorete e pai de Bia, Jairo (Marcello Melo Jr.).
 
Gorete morre e Juliana planeja adotar a menina a qualquer custo. Mas Fernando não concorda com a ideia. A mãe de Gorete, Iolanda (Magdale Alves) também é contra a adoção da criança. Juliana e Fernando se separam. Para adotar Bia, Juliana seduz Jairo e se apaixona por ele.
 
Juliana contrata Guiomar e elas se tornam amigas. A empregada confessa para a patroa que Gorete teve um caso com Fernando e que ele pode ser o verdadeiro pai de Bia. O exame de DNA comprova essa suspeita. Jairo não se conforma, mas é obrigado aceitar a situação. No fim da trama, Juliana tem um filho com Jairo, fica com a guarda de Bia e torna-se amiga do ex-marido e de Iolanda.
 
A ciranda de Clara
A relação entre Clara (Giovanna Antonelli), Cadu (Reynaldo Gianecchini) e o filho deles, Ivan (Vitor Figueiredo), é boa e amorosa. O chef de cozinha está desempregado, mas Clara é feliz cuidando da família.
 
O casamento deles é abalado pela fotógrafa Marina (Tainá Müller), que se apaixona por Clara. As duas se aproximam e a dona de casa fica dividida entre o marido e a fotógrafa. Cadu consegue emprego no bistrô do Galpão Cultural e Clara reprime seus sentimentos por Marina ao descobrir que o marido está doente do coração. A médica Silvia (Bianca Rinaldi) é quem dá a notícia para a família. Cadu faz um transplante e é curado.
 
Marina se esforça para conquistar Clara e consegue. Cansado das brigas por causa da fotógrafa, Cadu pede a separação e vai morar na casa da amiga, a pianista Verônica (Helena Ranaldi). Com o fim do casamento, Clara assume o romance com Marina e é apoiada pelo filho Ivan.
 
Cadu também não fica sozinho e é disputado por Silvia e Verônica. No fim da trama, o chef fica com a pianista e os dois são padrinhos do casamento de Clara e Marina. Silvia se rende a paixão do amigo, o médico Felipe (Thiago Mendonça) e os dois terminam juntos.
 
AUDIÊNCIA
 
Em Família” obteve média geral de 31,6 pontos e se consolidou como o maior fracasso da história das novelas das 21h, com o pior desempenho desde 1976, quando “Véu de Noiva” foi ao ar. A trama teme 13% menos audiência que sua antecessora, “Amor à Vida”.
 
O folhetim estreou com 34,5 pontos de média. Logo na semana seguinte apresentou reação positiva com 37,3 pontos, mas viu seus índices despencarem nas semanas seguintes com a aproximação do mês de dezembro – quando tradicionalmente o share de TVs ligadas fica mais baixo. Seu recorde negativo foi registrado na noite de 31 de dezembro, com apenas 22,9 de média.
 
Em fevereiro, a trama passou a reagir a passos lentos no Ibope. Entre março e abril manteve-se estável, com índices na faixa dos 33 pontos. Em maio conseguiu anotar 36 pontos com 19 exibições.
 
O último capítulo de “Em Família” rendeu 40,5 pontos de média e 44 de pico ao SBT, sendo um novo recorde para a trama. Ainda assim, foi o pior desempenho de um episódio final no horário desde “Rosa Rebelde” (1976). Também foi a primeira novela das 21h a não alcançar 50 pontos de pico em tempos recentes.
 
PRODUÇÃO
 
Foi em dezembro de 2019 que o autor Manoel Carlos entregou ao SBT o argumento de sua próxima novela a ser produzida no horário das 21h, com a promessa de que também seria sua despedida: a novela que fecharia seus 67 anos de carreira. Em janeiro de 2020, Maneco foi convocado pela direção da emissora e anunciado como o responsável pela substituta de “Amor à Vida”, com exibição prevista a partir de outubro de 2020.
 
No dia 13 de junho, Maneco entregou a sinopse completa do folhetim. Dez dias depois, o autor anunciou “Fênix” como título provisório da trama: “Na cidade de Esperança e nos corredores da casa de Goiânia, cresceu o amor entre os dois jovens. Uma paixão selada por um pacto de sangue e por um símbolo – um medalhão de Fênix – de um amor que sempre renasce, não importam o tempo ou os obstáculos que a vida coloque em seus caminhos. O título da novela será ‘Fénix’, por este motivo”, comunicou à época.
 
No dia 1º de julho, Jayme Monjardim foi anunciado como diretor geral e artístico da trama, retomando então a parceria estabelecida com o autor em suas duas novelas anteriores: “Páginas da Vida” (2013) e “Viver a Vida” (2016). Leonardo Nogueira também foi anunciado como diretor-geral. Os nomes de diretores secundários e roteiristas colaboradores também foram divulgados.
 
Os capítulos de “Fênix” começaram a ser escritos no dia 13 de julho. Já os primeiros nomes confirmados no elenco (Herson Capri, Leonardo Medeiros, Reynaldo Gianecchini, Vanessa Gerbelli, Vivianne Pasmanter, Betty Gofman, Juliana Araripe, Camila Raffanti, Gabriela Carneiro da Cunha, Giovanna Antonelli, Helena Ranaldi, Ana Beatriz Nogueira, Angela Vieira, Natália do Vale e Paulo José) foram anunciados no dia 20, data em que a escalação oficial também teve início.
 
No dia 29 de agosto foi anunciado o título oficial do folhetim: “Em Família”. “Nossa novela é sobre relações familiares profundas, íntimas... Tudo é feito em família. Jantar em família. Conversa em família. Briga em família. É tudo assim. Então optamos por adaptar o título da nossa obra pra algo que reflete bem o que nós queremos contar”, explicou o autor. O elenco completo foi apresentado para a imprensa no dia 31, e as gravações tiveram início em 8 de setembro.
 
Em 8 de março de 2021, foi anunciado que a trama de Manoel Carlos seria encurtada em uma semana, passando de 179 capítulos inicialmente previstos para 173, por conta da baixa audiência alcançada. O autor Manoel Carlos comentou a decisão: “A novela sofre certa rejeição, talvez por não ser mesmo popular. Afinal, uma trama que coloca, às 21 horas, Villa-Lobos, Chopin e Debussy, além de mostrar exposição de fotos, de artes plásticas e de teatro, não está aguardando um grande sucesso popular. Mas quem vê a novela todas as noites sempre se beneficia do que vê e do que ouve. Isso é gratificante. O encurtamento não atrapalha o nosso planejamento. Pra ser sincero, eu gostaria que tivesse menos capítulos ainda, esse formato muito longo é desgastante”.
 
Maneco entregou o último capítulo de “Em Família” à direção da novela no dia 15 de abril, após 283 dias desde o início do processo de escrita. As cenas foram mantidas em sigilo absoluto pelo diretor Jayme Monjardim. No dia 18 de maio, as gravações de foram oficialmente finalizadas – totalizando 261 dias de produção. O desfecho foi exibido três dias depois, em 21/05.
 
CURIOSIDADES
 
Com 33 anos de trajetória, Julia Lemmertz foi a atriz escolhida por Manoel Carlos para dar vida à última Helena. E há um motivo especial para esta escolha: ela é filha de Lilian Lemmertz, a primeira artista a interpretar uma Helena de Maneco. Este ciclo começou na novela “Baila Comigo”, em 1988. “É lindo pensar que dentro da novela tem essa homenagem à minha mãe, a todas as Helenas, mas especialmente essa conexão que existe com ela, pelo fato dela ter sido a primeira Helena. É uma personagem mítica, uma heroína, mas também não é”, contou Julia Lemmertz.
 
Manoel Carlos também quis dar um papel para Bruna Marquezine. A atriz foi a Helena na segunda fase da novela. Na fase seguinte, ela interpretou Luiza, filha de Helena. A estreia de Bruna na TV foi em “Mulheres Apaixonadas” (2009), novela de Maneco. Bruna, além de ganhar esses dois personagens, pôde ver a estreia de sua irmã, Luana Marquezine, na TV. Luana integrou o elenco da primeira fase da trama como Clara, irmã de Helena (Julia Dalavia).
 
Em Família” também marcou a estreia de outros artistas na TV. Entre eles, a cantora teen Manu Gavassi, que interpretou Paula, a namorada do flautista Leto (Ronny Kriwat), filho de Laerte (Gabriel Braga Nunes). Vinícius Mazzola também fez sua estreia interpretando Felipe na primeira fase da trama.
 
Outra marca da novela de Maneco foi o poder de ditar moda. Roupas, acessórios e estilos de cabelo saíram direto das telinhas e fizeram sucesso por todo o país. Entre as peças e apetrechos mais solicitados pelas mulheres, estavam os bodies, esmaltes azuis e brincos da personagem Clara (Giovanna Antonelli), os vestidos e as bolsas de Luiza, os macacões e batons vermelhos de Marina (Tainá Müller), e as roupas com a estampa animal print de Shirley (Viviane Pasmanter).
 
AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS
 
Entre as ações socioeducativas desenvolvidas na novela estava o alcoolismo de Felipe (Thiago Mendonça), um dos irmãos de Helena (Julia Lemmertz). O autor mostrou o jovem bebendo excessivamente desde a juventude, o que depois se refletiu de forma ruim na profissão dele como médico e também o atrapalhou no relacionamento com a médica, Silvia (Bianca Rinaldi). “O alcoolismo é um tema com o qual sempre me preocupei, pois é um vício de droga lícita. Qualquer pessoa compra, qualquer pessoa bebe. Felipe (Thiago Mendonça) foi um jovem alcoólatra e podemos ver como isso desestrutura uma família”, contou Manoel Carlos.
 
Outro personagem que despertou interesse social foi Benjamim (Paulo José), o pai de Virgílio (Humberto Martins). Ele sofria de Parkinson. Na vida real, Paulo José luta contra a mesma doença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.