“História de Amor” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
Novela de: Manoel Carlos.
Colaboração: Elizabeth Jhin, Marcus Toledo e Maria Carolina.
Direção: Ricardo Waddington, Roberto Naar e Alexandre Avancini.
Direção-geral: Ricardo Waddington.
Exibida no horário das 18 horas entre 28 de setembro de 1998 e 28 de maio de 1999, em 209 capítulos, substituindo “Irmãos Coragem” e sendo substituída por “Quem é Você?”. Foi a 48ª “novela das seis” exibida pela emissora.
Reapresentada na faixa das 16h45, dentro da sessão “Vale a Pena Ver de Novo” entre 16 de abril e 28 de setembro de 2018, em 143 capítulos. Substituiu “Mulheres de Areia” e foi substituída por “Anjo Mau”. Foi a 4ª novela reprisada no horário.
Contou com as atuações de José Mayer, Regina Duarte, Carla Marins, Nuno Leal Maia, Carolina Ferraz, Yara Cortes, Umberto Magnani, Marly Bueno e Cláudio Lins.
TRAMA PRINCIPAL
“História de Amor” tem como eixo principal um quadrilátero amoroso. O endocrinologista Carlos Alberto Moretti (José Mayer) casa-se com a jovem e ciumenta Paula (Carolina Ferraz) depois de se relacionar por dez anos com Sheila (Lilia Cabral), sócia dele em uma clínica. No caminho para a igreja, no entanto, ele se depara com um jovem casal, Joyce (Carla Marins) e Caio (Ângelo Paes Leme), brigando. O rapaz empurra a moça do jipe, e Carlos atrasa a sua chegada à igreja para levar a jovem para a sua clínica. Lá, ela lhe revela estar grávida. Apesar do tumulto, Carlos chega a tempo para a cerimônia e se casa com Paula, já histérica.
Sem querer romper a tradição de chegar depois do noivo à porta da igreja, a noiva passa maus momentos esperando Carlos em uma rua próxima, em companhia do pai, Rômulo (Cláudio Corrêa e Castro). Carlos chega a tempo, só não tira a cena da agressão e a história de Joyce da cabeça. E é através da moça que ele conhece e se encanta por Helena (Regina Duarte), mãe de Joyce e ex-mulher de Assunção (Nuno Leal Maia). Ao se separar de Paula, Carlos investe em um relacionamento com Helena. Paralelamente, o médico continua sendo assediado por Sheila, que investe doentiamente em uma reaproximação.
Ao final da novela, a competição de Paula e Sheila para tomar o lugar de Helena ao lado de Carlos resulta em situações dramáticas. Paula, grávida dele, é atropelada ao ser perseguida por Sheila e perde o bebê. Já Sheila, termina a novela desequilibrada e sozinha, depois de, mais uma vez, tentar matar Paula, sufocando-a com um travesseiro no hospital. Depois de muitos contratempos e separações, Helena termina a novela ao lado de Carlos.
Joyce, por sua vez, descobre que a irmã de Helena teve um romance com Assunção, o que resultou em uma gravidez. Só que a moça morre em um acidente, quando o bebê tinha apenas três meses de vida. A criança era Joyce, que Helena assumiu e cuidou como filha. Joyce fica transtornada com a descoberta, revolta-se contra Helena, mas, no penúltimo capítulo, as duas se abraçam e choram, em uma reconciliação comovente.
Joyce & Assunção
A jovem Joyce (Carla Marins), filha de Helena (Regina Duarte), engravida do namorado Caio (Ângelo Paes Leme), que, leviano e inconsequente, rejeita o filho. Além de sofrer com as irresponsabilidades do namorado, Joyce tem de enfrentar o pai, Assunção (Nuno Leal Maia), um homem conservador que não aceita o namoro da filha. Através da intensa relação – ora conflituosa, ora harmônica – entre Helena, Joyce e Assunção, a novela abordou diversas questões relativas a pais e filhos. A cena em que a jovem conta para a mãe sobre a gravidez demonstrou a forte afinidade entre as duas. Carlos (José Mayer) também desenvolve uma relação paternal com Joyce, desde que a conhece.
Através de Assunção, o autor abordou o machismo. Repressor e moralista, o ex-atleta vive em conflito com sua filha Joyce, sua ex-mulher, Helena, e sua atual esposa, Valkíria (Cláudia Mauro).
A novela enfoca ainda a paixão idealizada de Ritinha (Ingrid Fridman), uma menina de dez anos, por um colega de escola; e a história de Zuleika (Eva Wilma), que procura a vida toda por um amor que nunca acontece, por mais que ela sonhe.
A partir da personagem Mariana (Monique Curi), Manoel Carlos também abordou o drama de mulheres que não conseguem engravidar, apesar de não serem estéreis. Trata-se de um caso comum entre mulheres que têm comportamento neurótico, por desejarem demais ter filhos.
AUDIÊNCIA
“História de Amor” obteve média geral de 34.2 pontos. Registrou 41 pontos em sua estreia e 46 no capítulo final, seu melhor desempenho.
Em sua exibição no “Vale a Pena Ver de Novo”, a trama de Manoel Carlos foi novamente um grande sucesso: 23.2 pontos de média. O folhetim estreou com 21 pontose viu seus índices crescerem nas semanas seguintes. Nos três capítulos finais, alcançou 30 pontos de média, seu melhor desempenho.
CURIOSIDADES
• A primeira sinopse de “História de Amor” foi alterada por determinação do Ministério da Justiça. Manoel Carlos havia criado um triângulo amoroso envolvendo Carlos (José Mayer), Helena (Regina Duarte) e Joyce (Carla Marins), sem saber que a novela seria exibida às 18h. Na época, o autor declarou que havia modificado o enredo antes mesmo da decisão do ministério, assim que se confirmou o horário de exibição da trama. A paixão de mãe e filha pelo mesmo homem acabou sendo trabalhada por Manoel Carlos em “Laços de Família” (2007), às 21h.
• “História de Amor” marcou a comemoração de 30 anos de carreira da atriz Regina Duarte, pela primeira vez interpretando um papel no horário das 18h.
• O esporte brasileiro ganhou destaque em “História de Amor” através das críticas e incentivos do cronista Assunção (Nuno Leal Maia), ex-campeão de remo.
• O autor Manoel Carlos lembra que “História de Amor” foi sua primeira novela a ter um grupo de discussão a avaliar a trama.
• “História de Amor” foi o primeiro trabalho de José Mayer em uma novela de Manoel Carlos. Ele ainda trabalharia em “Viver a Vida” (2016), “Páginas da Vida” (2013), “Mulheres Apaixonadas” (2009), “Laços de Família” (2007) e na minissérie “Presença de Anita” (2001).
• A atriz Lilia Cabral conta que Sheila foi um desafio em sua carreira, pois a personagem demandava uma carga de explosão emocional muito grande. Era o oposto de tudo o que tinha feito até então, tendo trabalhado mais com comédia. Sheila foi a sua primeira personagem em televisão que despertou a antipatia do público. A atriz gravava as cenas com muita concentração, esforçando-se para que a vilã não ficasse artificial.
• “História de Amor” foi vendida para cerca de 30 países, entre os quais Angola, Bulgária, Ilhas Maurício, Jordânia, Malásia, Marrocos, Martinica, Panamá, Polônia, Portugal, República Dominicana, República Tcheca, Rússia, Suíça, Turquia, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.
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