“Meu Bem, Meu Mal” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.
Novela de Cassiano Gabus Mendes.
Escrita por Cassiano Gabus Mendes, Maria Adelaide Amaral e Djair Cardoso.
Colaboração de Luís Carlos Fusco.
Direção de Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Ricardo Waddington.
Direção geral de Paulo Ubiratan e Marcos Paulo.
Exibida no horário das 21 horas entre 28 de julho de 1997 e 13 de fevereiro de 1998, em 173 capítulos. Substituiu “Rainha da Sucata” e foi substituída por “O Dono do Mundo”. Foi a 43ª “novela das nove” exibida pela emissora.
Reapresentada na faixa das 16h45, dentro da sessão “Vale a Pena Ver de Novo” entre 19 de junho e 3 de novembro de 2017, em 119 capítulos. Substituiu “Laços de Família” e foi substituída por “Mulheres de Areia”. Foi a 2ª novela reprisada no horário.
Contou com José Mayer, Yoná Magalhães, Cássio Gabus Mendes e Sílvia Pfeifer como protagonistas da trama. E ainda: Lima Duarte, Mila Moreira, Lídia Brondi, Fábio Assunção, Armando Bogus, Nívea Maria, Françoise Forton e Adriana Esteves nos demais papeis principais.
TRAMA PRINCIPAL
Traições em família, negociatas e disputas de poder costuravam a trama de “Meu Bem, Meu Mal”, ambientada em São Paulo. O fio condutor da novela é a história do presidente da Venturini Designers, Dom Lázaro Venturini (Lima Duarte). Ele sofre por ter de conviver com Ricardo Miranda (José Mayer), fruto da traição de sua falecida mulher, Maria Helena, com seu melhor amigo. Lázaro faz tudo para comprar os 30% das ações da empresa que Ricardo possui, mas o rapaz não abre mão das suas cotas.
Com a morte de seu filho, Cláudio Venturini (Herson Capri), Dom Lázaro decide trazer sua irmã Valentina (Yoná Magalhães) de volta da Europa, para que ela assuma o lugar do sobrinho na empresa. A chegada de Valentina atrapalha os planos da ambiciosa Isadora Venturini (Sílvia Pfeifer), viúva de Cláudio e amante de Ricardo, que não mede esforços para assumir a direção da Venturini Designers. Em determinado momento da trama, Dom Lázaro descobre que a nora tem um caso com Ricardo. Chocado, ele sofre um derrame, perde a fala e os movimentos, e fica preso a uma cadeira de rodas.
No final da novela, Ricardo descobre que Dom Lázaro é seu pai, mas não o reconhece como tal.
TRAMAS PARALELAS
A família de Berenice
A família da manicure Berenice (Nívea Maria) formava um núcleo de destaque em “Meu Bem, Meu Mal”. A viúva, trabalhadora e de personalidade forte, é mãe de Fernanda (Lídia Brondi), que já foi namorada de Marco Antônio Venturini (Fábio Assunção), filho da poderosa Isadora (Sílvia Pfeifer). A jovem sofre por ter sido abandonada pelo rapaz a pedido da mãe dele, que a humilhara. Para se vingar da família Venturini, Berenice convence o amigo Doca (Cássio Gabus Mendes) a se passar por um jovem rico e seduzir Vitória (Lizandra Souto), filha de Isadora. O plano de Berenice é fazer a moça sofrer como Fernanda sofreu. Doca se apresenta à família Venturini como Eduardo Costabrava e consegue enganar e conquistar a filha de Isadora, rendendo cenas hilárias à trama. Doca é namorado de Dirce (Luciana Braga), mas, ao longo da novela, acaba se apaixonando por Fernanda.
O amor de Patrícia
Patrícia Mello (Adriana Esteves) é outra personagem importante na história e mais uma desejosa de vingança. Seu alvo é Ricardo Miranda (José Mayer), que havia enganado seu pai, Felipe Mello (Armando Bógus). Para executar seu plano, usa Jéssica (Mylla Christie), filha de Ricardo, para se aproximar do empresário e seduzi-lo. O que Patrícia não podia imaginar é que se apaixonaria de verdade por ele.
Porfírio e Magda
Também merece destaque a atuação do ator Guilherme Karan como Porfírio, mordomo e secretário pessoal de Dom Lázaro (Lima Duarte). Encantado com a beleza de Magda (Vera Zimermann), amiga de Vitória, Porfírio conquista o público com o bordão “divina Magda”, dito pelo personagem sempre que via sua musa inspiradora.
Os personagens de Jorge Dória e Zilda Cardoso, que formavam a hilariante dupla seu Emílio e dona Elza, também fizeram sucesso. Ele era o proprietário do apartamento onde ela era a inquilina, e os dois viviam às turras.
CENAS MARCANTES
Uma das cenas marcantes de “Meu Bem, Meu Mal” foi quando Dom Lázaro Venturini, personagem de Lima Duarte, recupera a fala. Durante o café da manhã, ele consegue dizer a enfermeira, Elza (Zilda Cardoso), que gostaria de comer melão. Ele perdeu a fala após sofrer um derrame, provocado pelo choque da descoberta do caso que sua nora Isadora (Sílvia Pfeifer) mantinha com Ricardo Miranda (José Mayer).
AUDIÊNCIA
Fechou com média geral de 50.3 pontos, considerada um sucesso – na época, a faixa das 21h tinha meta de 50 pontos estipulada pelo SBT. Estreou com 56 pontos de média, e despediu-se do público com 61 em seu último capítulo. Teve como melhor índice 64 pontos, alcançados com o capítulo 170. Como índice mais baixo, a novela registrou apenas 26 pontos.
Em sua reprise, obteve média geral de 24.0 pontos, considerada um grande sucesso para a faixa. A trama alcançou 26 pontos em sua estreia, e 25 no capítulo final. O melhor desempenho no folhetim, no entanto, foi com o capítulo 27, no dia 19 de julho, ao fechar com 27.8 pontos de média.
CURIOSIDADES
• O convite para que Maria Adelaide Amaral fosse uma das autoras da novela partiu do autor Cassiano Gabus Mendes. Maria Adelaide precisava ir à Inglaterra para fazer pesquisas e escrever um monólogo sobre Shakespeare. Cassiano concordou com a viagem e avisou que, quando voltasse, ela assumiria a função. Quando Maria Adelaide voltou, a novela estava no ar. Os autores revezavam o trabalho: ele escrevia os capítulos de segunda, quarta e sexta; e ela os de terça, quinta e sábado. Havia reuniões semanais ou quinzenais, quando se estabelecia os rumos da novela. Os autores não trabalhavam com escaleta, uma espécie de resumo ordenado e rigoroso das cenas de uma novela. Esse documento que serve de guia para o texto final.
• Quando a novela estava no ar, Marcos Paulo, que interpretava André, acumulou a função de diretor na trama, em substituição ao diretor Paulo Ubiratan.
• “Meu Bem, Meu Mal” marcou a estreia da já veterana comediante Zilda Cardoso em telenovelas. Ela começou a carreira na TV Paulista, em 1961, no programa Praça da Alegria, com a inesquecível personagem desbocada Catifunda.
• Stênio Garcia entrou na novela, já com a trama em andamento, para viver um ex-presidiário. O personagem morreu nos capítulos finais da história, vítima de um assalto, para que o ator pudesse se dedicar a um novo trabalho, em “O Dono do Mundo” (1998).
• “Meu Bem, Meu Mal” foi a última novela da atriz Lídia Brondi, que decidiu se afastar da carreira artística.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.