O elenco de “Novo Mundo” gravou hoje, dia 14 de janeiro, as cenas finais da
trama das 18h do SBT. Após a gravação, Vinícius Coimbra destacou a grandiosidade de
apresentar, na novela, momentos históricos tão importantes. “Falei para os atores que acho um
privilégio, de verdade. Foi emocionante fazer essa novela e ter a chance de
reproduzir a Independência do Brasil, proclamada por um português que se tornou
brasileiro. Foi tudo muito forte para a gente, para a figuração. Todo mundo que
estava envolvido sentiu essa energia. Estamos em um momento difícil do Brasil,
que quase precisa de uma nova Independência, uma energia parecida com essa, de
200 anos atrás. Todos ficaram comovidos, principalmente o Caio, que estava
muito emotivo, sentindo e vivendo esse momento do personagem. O público vai se
emocionar junto com o final”.
Para Caio
Castro, a expectativa em cima de seu personagem sempre foi grande. Ele
converteu o receio do início em combustível para ir atrás do Dom Pedro que todos esperavam. “Eu sabia que o dia da Independência era o
ponto maior. Esperei como se fosse um filho que estivesse para nascer. Estudei
o texto desde a véspera, o que não costumo fazer porque gosto de trazer o
frescor da novidade, do texto e da cena. Sabia que nesse dia tinha que estar
mais do que bem preparado. Pensei em como poderia representar o povo brasileiro,
e até a minha pessoa, sem usar memória emotiva ou alguma lembrança minha.
Queria sentir o que foi para o príncipe estar diante de tantas pessoas, uma
nação tão grande, e dizer que a partir daquele momento elas não eram mais
dependentes”, destacou Caio. Muito emocionado, ele ressaltou a importância
da figuração. “Dom Pedro iria tocar o
país e tornar o povo brasileiro independente. Tentei imaginar o que ele estava
pensando e sentindo na hora. O que mais me ajudou foi olhar para as pessoas
(figurantes), que esperavam o que eu ia dizer, pois ninguém sabia o meu texto.
Estavam todos me olhando, esperando a minha interpretação, esperando eu me
posicionar. Serviu como referência do que Pedro sentiu na hora. Esperavam uma
posição, uma declaração dele que tornasse o país independente. Essa espera de
todo mundo me fez ser literalmente Dom Pedro. Essa novela foi um dos maiores
presentes da minha vida, vou sentir saudades dessa energia”, concluiu Caio.
Chay
Suede
acredita que é importante entender a história do Brasil para poder construir um
futuro com consciência. “É emocionante
ver que nosso país já começou como um sobrevivente, lutando pela própria vida.
Talvez por isso ainda esteja se recuperando das quedas inicias. Precisamos
saber de onde viemos para descobrir onde queremos chegar”. O ator, também
muito emocionado, considera a cena da Independência emblemática e destaca a
atuação de Caio Castro: “Ele se tornou o
próprio Dom Pedro naquele momento. Estava bem de perto e não consegui ver outra
pessoa que não fosse o próprio Dom Pedro, o libertador do nosso país. Tenho
certeza que o público vai sentir algo parecido”.
Durante as gravações finais, foi difícil
segurar a emoção. “Fiquei tentando
segurar o choro porque foi muito emocionante”, admite Alex Morenno. “Teve um
momento em que o Vinícius falou para o Caio (apontando para os figurantes): ‘Olhe
para essas pessoas. São os brasileiros. Somos nós hoje’. Só de lembrar fico
todo arrepiado. Estava quase saindo do personagem, porque o sentimento estava
poderoso no meu peito. Meus olhos encheram de lágrimas e achei que não fosse
dar conta. Afinal, o Francisco não chora, quem chora é o Alex. Estava emotivo
porque o momento era lindo. A gente se coloca no meio das pessoas, entra em
contato com elas. Vive um pouco do que talvez tenha sido há 200 anos. Quarenta
minutos depois da gravação, continuava emotivo e agradecido por ter feito parte
disso. Espero que o público sinta pelo menos 10% da emoção que cada um de nós
viveu. Foi inesquecível e guardaremos para o resto de nossas vidas”.
Já para Romulo
Estrela, que interpreta Chalaça,
fiel amigo e secretário de Pedro, a experiência foi única. “A novela foi conduzida lindamente pelo Vinícius. Ele englobou todo
mundo. Isso me marcou muito. Sou extremamente grato por fazer parte dessa história
tão bem escrita, dessa equipe, desse grupo, e de ter feito esse personagem. É a
nossa história. Estamos vivendo um momento político difícil, mas é reflexo do
que aconteceu naquele período e vem acontecendo até hoje. Estar ali, vivendo o
início de tudo foi muito emocionante”, ressaltou o ator.
A atriz Letícia
Colin participou das gravações, e sua personagem, Leopoldina, foi fundamental na trama e na história da proclamação
da Independência. Afinal, coube à Princesa Regente assinar o documento
oficializando a separação entre Brasil e Portugal. “Apesar de Leopoldina ter sido tão infeliz e ter tido tantos momentos
difíceis, o da Independência com certeza foi um que a deixou satisfeita. Era
uma princesa e queria honrar o dever que tinha. Essa conquista fez com que o
coração dela se acalmasse, ficasse em paz”, disse a atriz.
As gravações de do folhetim tiveram início em
6 de abril do ano passado. Foram 283 dias de filmagens, e 339 ao todo de
produção. Vale lembrar que a trama foi esticada durante a exibição: de 161
capítulos previstos, passou para 191.
“Novo
Mundo” chega ao fim amanhã (15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.