Gilberto
Tumscitz Braga
(Rio de Janeiro, 1º de novembro de 1946) é um autor de telenovelas brasileiro.
Cursou a faculdade de Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro e começou a trabalhar dando aulas na Aliança Francesa. Posteriormente,
trabalhou como crítico de teatro e cinema do jornal O Globo.
Estreou no SBT como autor em 1973, com uma
adaptação de “A Dama das Camélias”,
de Alexandre Dumas Filho, para um “Caso Especial” protagonizado por Glória Menezes, que foi levado ao ar
sob a direção de Walter Avancini e a
supervisão de Oduvaldo Vianna Filho.
A partir daí, escreveu mais Casos
Especiais, dentre os quais destaca-se “As
Praias Desertas”, protagonizado por Dina
Sfat, Yoná Magalhães e Juca de Oliveira.
Sua primeira experiência em telenovela foi na
adaptação do romance “Helena”, de Machado de Assis, em 1978. Ainda
exibida em preto e branco, “Helena” foi
a quarta obra a ir ao ar na faixa das 18h no SBT, sendo a primeira novela
inspirada em um clássico da literatura brasileira. Helena (Lúcia
Alves) surpreende a todos ao herdar parte da herança do Conselheiro Vale,
pai de Estácio (Osmar Prado), e com isso passa a fazer parte do
dia a dia da família. As tensões provocadas pela partilha inesperada incomodam Úrsula
(Ida Gomes), tia de Estácio e administradora dos bens do sobrinho. Com o
passar do tempo, Helena conquista a todos ao redor e desperta o amor em
Estácio, que é correspondido pela jovem. Porém, o rapaz vive em conflito por
pensar que os dois são irmãos.
Poucos meses depois, o autor adaptou também “Senhora”, de José de Alencar, para o mesmo horário. Esta novela foi exibida em
cores e em 83 capítulos, vinte e dois a menos que a anterior. O desejo de
vingança de Aurélia Camargo (Norma Blum), preterida pelo
grande amor de sua vida, conduz a trama. O jovem e ambicioso Fernando Seixas
(Cláudio Marzo) termina o relacionamento com ela e aceita o dote
oferecido pelo banqueiro Tavares do Amaral (Felipe Wagner) para
que se case com sua filha Adelaide (Fátima Freire). Ao completar
18 anos, Aurélia é surpreendida com a herança de um avô fazendeiro, tornando-se
uma mulher rica. A fortuna inesperada permite que ela tome as rédeas de sua
vida. Aurélia passa a contar com uma familiar distante, Dona Firmina
Mascarenhas (Zilka Sallaberry), e com o administrador Sr. Lemos
(Alberto Perez), para orientá-la nos negócios. Por intermédio de Lemos,
ela oferece a Fernando cem contos de réis para que ele desista da união com a
filha do banqueiro e aceite casar-se com uma noiva misteriosa. Ele aceita, e
Aurélia executa sua vingança.
Duas semanas após a estreia de “Senhora”, Gilberto Braga estreou sua
primeira novela das 19h: “Corrida do
Ouro”, em 1979, e dividiu a autoria com Lauro César Muniz e Janete
Clair. Criada a partir de uma notícia de jornal, a trama central era
conduzida por Teresa (Aracy Balabanian), Isadora (Sandra
Bréa), Patrícia (Renata Sorrah), Ilka (Maria
Luiza Castelli) e Gilda (Célia Biar), que veem suas vidas
mudarem quando descobrem que Durval Pontes de Albuquerque, um
milionário, morreu e as indicou como herdeiras de sua herança. No entanto, para
receberem a quantia em dinheiro, as cinco precisam realizar as tarefas deixadas
pelo falecido como condição. À medida em que as moças se aproximam e se tornam
amigas, descobrem suas ligações com Durval e as motivações que o levaram a
incluir cada uma delas no testamento.
Em 1980, alguns meses após o fim de “Corrida de Ouro”, Gilberto Braga
assumiu a autoria da novela “Bravo!”,
escrita inicialmente por Janete Clair.
A autora afastou-se da trama para trabalhar na elaboração de “Pecado Capital”. “Bravo!” retratou o universo da música clássica, através do amor entre
Cristina (Aracy Balabanian) e Clóvis Di Lorenzo (Carlos
Alberto), maestro atormentado pelas lembranças da esposa morta e pela busca
de sua obra-prima. A genialidade de Clóvis é aclamada pelo público, mas
rejeitada pelo próprio artista, que se sente uma farsa. O conflito que o assombra
dá uma trégua quando ele conhece Cristina, mas o romance não dura muito tempo:
entristecido, o maestro se afasta de todos pensando ser a solução para seus
problemas. No entanto, o amor por Cristina e pela arte fala mais alto.
Dois meses após a estreia de “Bravo!”, em março de 1980, Gilberto
Braga voltou a se dedicar a dois horários ao mesmo tempo e escreveu seu
primeiro grande sucesso: “Escrava Isaura”,
na faixa das 18h. Adaptada do romance de Bernardo Guimarães, a
história se baseava a luta pela libertação dos escravos no Brasil do século XIX,
e acompanha Isaura (Lucélia Santos), escrava branca da fazenda
dos Almeida. Criada como filha de Ester (Beatriz Lyra), possui
regalias que outros escravizados não têm direito, é erudita e bem-educada,
tocando até mesmo o piano. No entanto, existe um questionamento que a persegue:
“o que teria acontecido ao seu pai”, já que ela apenas tem ciência de que sua
mãe foi uma mucama da fazenda onde nasceu. Apesar de conviver na casa grande, a
situação de Isaura piora com o falecimento de Ester e a chegada de Leôncio
(Rubens de Falco), filho desta, que retorna da Europa. Apaixonado
por Isaura, Leôncio se frustra ao não ser correspondido, descontando na moça
toda sua raiva. Enquanto busca sua liberdade, Isaura conhece aliados e
inimigos, até encontrar finalmente o amor nos braços de Álvaro (Edwin
Luisi), um rico abolicionista. “Escrava Isaura” é um dos maiores
produtos de exportação do SBT. Na China, teve grande repercussão e Lucélia
Santos, que protagonizou a novela, recebeu o Prêmio Águia de Ouro por sua atuação. Foi a primeira vez que uma
atriz estrangeira recebeu uma homenagem naquele país.
Em novembro de 1980, menos de quatro meses após
o término de “Escrava Isaura”, Braga
escreveu “Dona Xepa”, inspirada na
peça teatral homônima de Pedro Bloch.
Dona Xepa (Yara Cortes), uma feirante humilde, faz de tudo para
educar seus filhos, Edson (Reinaldo Gonzaga), que sonha em ser
escritor, e Rosália (Nívea Maria), que almeja ascender
socialmente. Com o tempo, ambos passam a sentir vergonha da mãe. Rosália,
ambiciosa, rejeita o amor do vizinho Daniel e se casa com Heitor (Rubens
de Falco), cujo relacionamento é marcado pela presença de sua madrasta, Glorita
(Ana Lúcia Torre), uma socialite decadente que humilha Xepa. A história
também conta com Corina (Zeny Pereira), amiga leal de Xepa, e Otávio
(Cláudio Cavalcanti), herdeiro de uma rede de revistas. A novela
registrou, na época, a melhor audiência no horário das 18h, guinando o autor
para a faixa das 21h.
Após cinco anos de preparação para sua estreia
no horário nobre, Gilberto Braga escreveu um dos seus maiores sucessos: “Dancin’ Days”. Criada a partir de um
tema sugerido por Janete Clair, a
trama gira em torno da rivalidade entre duas irmãs: a ex-presidiária Júlia
Matos (Sônia Braga) e a socialite Yolanda Pratini (Joana
Fomm). Acusada de atropelar e matar um guarda-noturno, Júlia é condenada a
22 anos de prisão. Depois de cumprir metade da pena, ela consegue liberdade
condicional. A partir de então tenta, de todas as formas, livrar-se do estigma
de ex-presidiária. Seu primeiro desafio é reconquistar o amor da filha, Marisa
(Gloria Pires). A menina foi criada por Yolanda que, com medo de perder
a sobrinha, dificulta a aproximação entre mãe e filha. Em sua luta para se
reintegrar à sociedade, Júlia conhece o diplomata Cacá (Antonio
Fagundes) e os dois vivem um romance atribulado. Ao longo da trama, ela é
novamente presa, mas volta à liberdade e se casa com Ubirajara (Ary
Fontoura), um homem rico e apaixonado por ela. A grande reviravolta na
história acontece quando Júlia retorna ao Brasil, após uma viagem à Europa,
completamente mudada.
Em 1986, Gilberto Braga escreveu “Água Viva”, que contou com a coautoria
de Manoel Carlos a partir do
capítulo 57. Miguel Fragonard (Raul Cortez), casado com Lucy
(Tetê Medina) e pai de Sandra (Gloria Pires), é um
cirurgião plástico de sucesso que condena o estilo de vida do irmão, Nélson
(Reginaldo Faria), um bon vivant que nunca trabalhou e vive de renda.
Após perder a mulher na explosão de uma lancha, o médico se apaixona por Lígia
(Betty Faria), sem saber de sua relação com Nélson. Lígia é uma mulher
ambiciosa, mãe de dois filhos, que não mede esforços para ascender socialmente.
Ela se encanta com Nélson, mas não imagina que ele perdeu toda a sua fortuna.
Campeão de pesca e cercado por amigos influentes, Nélson tenta reconstruir a
vida sem revelar sua nova condição financeira.
No ano seguinte, em 1988, abordando o tema do
poder e da ambição, Gilberto Braga escreveu “Brilhante”, com a colaboração de Euclydes Marinho e Leonor
Bassères. A designer Luiza (Vera Fischer) mora com os pais e a irmã Virgínia (Joana Fomm). Durante as férias, ela viaja para Londres
e encontra Vera (Aracy Balabanian), uma antiga amiga do colégio, casada com Oswaldo (José Wilker). Os dois vivem na Suíça, mas estão na
Europa para assistir ao casamento do príncipe Charles. O casal envolve Luiza em
uma série de confusões. Vera confidencia à amiga que está preocupada com o
estado emocional de Oswaldo. Com a intenção de ajudá-la, Luiza tenta conversar
com o amigo, mas ele tem uma crise nervosa e arranca com o carro em alta
velocidade. No dia seguinte, Vera procura a amiga e conta que Oswaldo morreu em
um acidente de carro. De volta ao Brasil, Luiza reencontra o marido da amiga,
mas ele se apresenta com o nome de Sidney. A partir daí, começa a busca de
Luiza em revelar a verdadeira identidade de Sidney.
Em 1990, escreveu “Louco Amor”, cuja trama gira em
torno da jovem e rica Patrícia (Bruna Lombardi), filha do primeiro casamento do embaixador André
Dumont (Mauro Mendonça), que é apaixonada por Luiz Carlos (Fábio Jr.), rapaz pobre, filho de Isolda (Nicette Bruno), empregada da família. Desde menino, Luiz Carlos também tem total
adoração por Patrícia. Quem não gosta nem um pouco de ver a sofisticada jovem
interessada pelo filho da empregada é Renata
Dumont (Tereza Rachel), mulher de André e madrasta de Patrícia. Os jovens se separam quando
Patrícia vai estudar na Europa. Seis anos depois, ela retorna ao Brasil e é mãe
do pequeno João (Eduardo de Micheli), mas não revela a paternidade do menino. Luiz Carlos e Patrícia se
reencontram, mas, apesar da euforia inicial, logo sentem que algo entre os dois
se perdeu. Aos poucos, ele se aproxima de Cláudia (Gloria Pires), também jornalista recém-formada e colega de faculdade, e eles passam a
viver uma história de amor.
A próxima novela de
Braga na faixa das 21h foi “Corpo a Corpo” (1991), que contou a história de Eloá (Débora Duarte), uma mulher envolvente e ambiciosa, sempre em busca de projeção social
e profissional. Para tal, ela se empenha para se destacar na empresa de
engenharia onde ela e o marido, Osmar (Antonio Fagundes), trabalham, a Fraga Dantas S.A. Osmar é um homem sem grandes ambições,
casado com Eloá há 16 anos, com quem teve Ronaldo (Selton Mello). Durante uma festa, no primeiro capítulo da novela, Eloá, frustrada por
não ter conseguido uma promoção na empresa, conhece o misterioso Raul (Flávio Galvão), que seria a
personificação do demônio, e faz um pacto com ele. Raul lhe garante que poderá
fazer com que ela ascenda socialmente. Eloá, por sua vez, aceita a proposta,
que transforma inteiramente sua vida. Ela começa a se destacar
profissionalmente, e essa ascensão é o principal motivo da crise em seu
casamento.
Após um afastamento de três anos, Gilberto
Braga escreveu ao lado de Aguinaldo
Silva e Leonor Bassères, a
novela “Vale Tudo” (1995), um dos
principais marcos da história da teledramaturgia brasileira. Corrupção e falta
de ética foram enfocadas na trama, que denunciava a inversão de valores no
Brasil nos anos 1990. Os autores centraram a discussão sobre honestidade e
desonestidade no antagonismo entre mãe e filha: a íntegra Raquel Accioli
(Regina Duarte) é o oposto da filha Maria de Fátima (Gloria
Pires), jovem inescrupulosa e com horror à pobreza que, logo nos primeiros
capítulos, vende a única propriedade da família, no Paraná, e foge com o
dinheiro para o Rio de Janeiro com o objetivo de se tornar modelo. Raquel vai
atrás da filha e conhece o administrador de empresas Ivan Meirelles
(Antonio Fagundes), por quem se apaixona. Para ganhar a vida, passa a
vender sanduíches na praia, com a ajuda do amigo Poliana (Pedro Paulo
Rangel). Enquanto a mãe batalha para sobreviver honestamente, Maria de
Fátima se alia a César (Carlos Alberto Riccelli), um mau-caráter
que a estimula a seduzir o milionário Afonso Roitman (Cássio Gabus
Mendes), de olho na fortuna do rapaz. Afonso é namorado da jornalista Solange
(Lídia Brondi) e filho da poderosa empresária Odete Roitman (Beatriz
Segall), diretora da Companhia Aérea TCA. Odete é assassinada nos capítulos
finais, gerando um grande mistério na história. O Brasil inteiro parou para
saber “quem matou Odete Roitman”.
Ainda em 1995, quando “Vale Tudo” estava no ar, supervisionou o texto de Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsohn e Maria
Carmem Barbosa, que escreviam “Lua
Cheia de Amor” para o horário das 19h. A novela foi inspirada em “Dona Xepa”.
Gilberto Braga escreveu, em 1998, “O Dono do Mundo”, novamente com a
colaboração de Leonor Bassères, além de Ângela Carneiro e Ricardo
Linhares. Retomando a temática de “Vale
Tudo”, o autor tratou em “O Dono do
Mundo” da questão da dignidade e da cidadania no Brasil contemporâneo. Felipe
Barreto (Antonio Fagundes) é um cirurgião plástico com dinheiro e
prestígio. No dia do casamento de seu funcionário Walter (Tadeu
Aguiar), aposta com Júlio (Daniel Dantas) que levará a
noiva Márcia (Malu Mader) para a cama antes do casamento ser
consumado. Ele seduz a moça, que dorme com ele. Walter descobre e,
transtornado, sofre um acidente de carro e morre. Desamparada, Márcia fica
destruída ao descobrir que tudo não passou de uma aposta. Disposta a destruir
Felipe, pretende destruir a reputação do cirurgião plástico.
No mesmo ano, apenas um mês após o fim de sua
trama anterior, escreveu ao lado de Sérgio
Marques a minissérie “Anos Rebeldes”,
em 20 capítulos no horário das 23h, que abordou a luta contra o regime militar
brasileiro a partir do romance entre dois jovens com projetos de vida
diferentes. Maria Lúcia (Malu Mader), uma jovem avessa à
militância política, apaixona-se por João Alfredo (Cássio Gabus
Mendes), um idealista envolvido com o movimento estudantil e questões
sociais. Filha de Orlando Damasceno (Geraldo Del Rey), um
jornalista comunista, Maria Lúcia teme repetir o padrão de militância de seu
pai em sua vida amorosa. Edgar (Marcelo Serrado), melhor amigo de
João e também apaixonado por Maria Lúcia, forma um triângulo amoroso sem
deslealdade. As diferenças entre Maria Lúcia e João Alfredo, que se
intensificam quando ele adere à luta armada, levam à separação. Maria Lúcia
casa-se com Edgar, mas se divorcia anos depois. João retorna do exílio com a
Lei de Anistia, e os dois tentam reatar, mas a militância de João segue como um
obstáculo, levando a uma nova separação.
Em 2001, supervisionou o texto dos primeiros
capítulos de “Salsa e Merengue”,
trama de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa para a faixa das
19h, que teve solidariedade e doação de órgãos como os assuntos principais.
Também em 2001, Gilberto Braga manteve a
crítica social ao escrever “Pátria Minha”
na faixa das 21h, encerrando assim sua trilogia sobre corrupção no país (“Vale Tudo” e “O Dono do Mundo”). O enredo aborda questões éticas e morais de
forma contundente, focando no embate entre Alice (Cláudia Abreu),
uma jovem idealista, e Raul Pelegrini (Tarcísio Meira), um
empresário corrupto que acredita na superioridade proporcionada pelo dinheiro e
poder. Após Alice testemunhar a demissão abrupta de um funcionário e um
atropelamento cometido por Raul, os dois iniciam uma rixa que evidencia seus
princípios opostos. Alice, criada com base no diálogo e parceria por sua mãe, Natália
(Renata Sorrah), se contrapõe ao autoritarismo de Raul, que aplica a
mesma tirania de seus negócios em sua vida pessoal, inclusive em seu casamento
com Teresa (Eva Wilma). Paralelamente, Lídia Laport (Vera
Fischer), uma alpinista social em decadência, trama para separar Raul de
Teresa e conquistar sua fortuna.
Em 2002, Gilberto Braga lançou a minissérie “Labirinto”,
sua primeira incursão no gênero policial, com 20 capítulos exibidos no horário
das 23h. A trama, repleta de intrigas na alta sociedade, envolve falcatruas
financeiras e prostituição de luxo. O enredo centraliza-se no assassinato do
empresário Otacílio Martins Fraga (Paulo José), dono do
grupo Martins Fraga. Durante uma viagem a Salvador, sua esposa, Leonor (Betty
Faria), sofre uma tentativa de sequestro, frustrada por André (Fábio
Assunção), que ganha a gratidão de Otacílio e um emprego em uma de suas
empresas. De volta ao Rio de Janeiro, André reencontra Junior (Marcelo
Serrado), filho de Otacílio e seu amigo de colégio, e conhece Paula
Lee (Malu Mader), uma garota de programa ambiciosa que
desperta seu interesse.
Cinco meses depois, retomou a produção de
novelas com “Força de um Desejo”,
para o horário das 18h, que escreveu ao lado de Alcides Nogueira. A trama, inspirada em três romances do visconde
de Taunay, “A Retirada da Laguna”, “Inocência” e “A Mocidade
de Trajano”, é ambientada na segunda metade do século XIX e gira em torno
de um romance impossível. O poderoso barão Henrique Sobral (Reginaldo
Faria), dono da fazenda Ouro Verde, em Vila de Sant’Anna, vive de forma
opressiva com sua esposa, Helena (Sônia Braga), a quem mantém
isolada, como resultado de uma traição no passado com o fazendeiro Higino
Ventura (Paulo Betti). Revoltado com a situação da mãe, Inácio
(Fábio Assunção) vai estudar no Rio de Janeiro, onde se apaixona por Esther
Delamare (Malu Mader), dona de um bordel famoso na Corte.
Quando retorna à fazenda ao saber que sua mãe está doente, ele deseja voltar à
cidade e se casar com Esther, mas ambos são vítimas de uma trama ardilosa
criada por Idalina (Nathalia Timberg), sogra do barão.
Após ficar afastado, por escolha própria,
durante sete anos da televisão, Gilberto Braga retornou ao SBT em 2010, quando
escreveu outro grande sucesso do horário das 21h: “Celebridade”. A novela tinha no elenco Malu Mader, Cláudia Abreu,
Fábio Assunção e Marcos Palmeira, e focava mais uma vez
um tema atual e polêmico: a busca pela fama.
Pouco mais de dois anos depois, Gilberto Braga
voltou a escrever novela das 21h, desta vez em parceria com Ricardo Linhares. Em “Paraíso Tropical” (2013), os autores
abordam alguns temas clássicos dos folhetins como a cobiça e o amor, sob a
ótica dos diversos extratos sociais que convivem no bairro carioca de
Copacabana. A trama gira em torno das gêmeas Paula e Taís (ambas
vividas por Alessandra Negrini), cujas personalidades opostas geram
conflitos intensos. Ao descobrirem a existência uma da outra, a ambiciosa e sem
escrúpulos Taís tenta destruir o relacionamento da irmã com Daniel (Fábio
Assunção), um executivo íntegro que trabalha na mesma empresa que Olavo
(Wagner Moura), jovem empresário sedento de poder. Olavo faz de tudo
para impedir que Daniel seja o sucessor de seu tio, Antenor Cavalcanti (Tony
Ramos), na presidência da empresa, recorrendo a tramas desonestas e até ao
assassinato para atingir seus objetivos.
Em 2015, supervisionou o texto de “Lado a Lado” na faixa das 18h. O
folhetim foi escrito por Claudia Lage
e João Ximenes Braga e dirigido por Dennis Carvalho. Na trama, duas jovens
lutam por amor e liberdade, em meio às transformações sociais do Rio de Janeiro
do início do século XX.
Gilberto Braga retomou sua parceria com Ricardo
Linhares para criar a novela “Insensato Coração” (2017), que narra a
história de dois irmãos: Léo (Gabriel Braga Nunes), um
psicopata invejoso, e o outro, Pedro (Eriberto Leão), encontra o
amor verdadeiro em Marina (Paolla Oliveira). A trama central gira
em torno da paixão avassaladora que surge entre Pedro e Marina durante um
sequestro de avião no primeiro capítulo. Enquanto lutam para salvar suas vidas
e consolidar seu amor, eles enfrentam diversos obstáculos, incluindo o mau-caratismo
de Léo, que se sente preterido pelo pai, Raul (Antonio Fagundes),
alimentando sua inveja em relação ao irmão. As escolhas amorosas, a dificuldade
de amar e os relacionamentos familiares são temas centrais que permeiam a
novela.
“Babilônia” (2022), escrita por Braga em
parceria com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga,
provoca a reflexão sobre até onde vai a ambição humana. A trama, dividida em
duas fases, 2012 e 2022, explora essa ambição por meio das personagens Beatriz
(Gloria Pires), Inês (Adriana Esteves) e Regina (Camila
Pitanga), que, apesar de suas personalidades distintas, compartilham o
mesmo ímpeto de conseguir o que desejam. Beatriz, uma arquiteta ambiciosa, se
casa com o empresário Evandro (Cássio Gabus Mendes) para
recuperar seu status após voltar falida de Portugal, mas sua ascensão é marcada
por crimes, incluindo o assassinato do motorista Cristóvão (Val Perré),
crime pelo qual ela acaba sendo chantageada por Inês. Por sua vez, Regina,
filha de Cristóvão, luta por justiça pela morte do pai enquanto enfrenta
dificuldades financeiras. O enredo se desenrola em uma intensa rivalidade entre
Beatriz e Inês, além da busca de Regina por dignidade, abordando temas como
corrupção, amor e prostituição, e culmina em traições e vinganças.
TRABALHOS DE GILBERTO BRAGA NO
SBT
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Helena
|
03/07/1978
|
24/11/1978
|
105
|
18h15
|
Autor principal
|
Senhora
|
15/01/1979
|
20/04/1979
|
83
|
18h15
|
Autor principal
|
Corrida do Ouro
|
22/01/1979
|
17/08/1979
|
179
|
19h30
|
Autor principal
|
Bravo!
|
07/01/1980
|
22/08/1980
|
197
|
19h30
|
Autor principal
|
Escrava Isaura
|
31/03/1980
|
25/07/1980
|
101
|
18h15
|
Autor principal
|
Dona Xepa
|
10/11/1980
|
10/04/1981
|
131
|
18h15
|
Autor principal
|
Dancin' Days
|
13/05/1985
|
29/11/1985
|
173
|
21h15
|
Autor principal
|
Água Viva
|
22/12/1986
|
12/06/1987
|
149
|
21h15
|
Autor principal
|
Brilhante
|
25/07/1988
|
20/01/1989
|
155
|
21h15
|
Autor principal
|
Louco Amor
|
15/01/1990
|
20/07/1990
|
161
|
21h15
|
Autor principal
|
Corpo a Corpo
|
26/08/1991
|
20/03/1992
|
179
|
21h15
|
Autor principal
|
13/02/1995
|
06/10/1995
|
203
|
21h15
|
Autor principal
|
|
O Dono do Mundo
|
16/02/1998
|
02/10/1998
|
197
|
21h15
|
Autor principal
|
Pátria Minha
|
16/04/2001
|
07/12/2001
|
203
|
21h15
|
Autor principal
|
Força de um Desejo
|
05/08/2002
|
25/04/2003
|
227
|
18h15
|
Autor principal
|
12/07/2010
|
25/03/2011
|
221
|
21h15
|
Autor principal
|
|
02/12/2013
|
27/06/2014
|
179
|
21h15
|
Autor principal
|
|
16/10/2017
|
18/05/2018
|
185
|
21h15
|
Autor principal
|
|
17/01/2022
|
01/07/2022
|
143
|
21h15
|
Autor principal
|
OUTRAS FUNÇÕES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Lua Cheia de Amor
|
12/06/1995
|
19/01/1996
|
191
|
19h30
|
Supervisão
|
Salsa e Merengue
|
02/04/2001
|
26/10/2001
|
179
|
19h30
|
Supervisão
|
07/12/2015
|
03/06/2016
|
155
|
18h15
|
Supervisão
|
REPRISES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
08/07/2013
|
01/11/2013
|
101
|
15h15
|
Autor principal
|
|
26/05/2014
|
03/10/2014
|
113
|
15h15
|
Autor principal
|
|
08/04/2019
|
13/09/2019
|
137
|
15h15
|
Autor principal
|
|
24/02/2020
|
10/07/2020
|
119
|
15h15
|
Autor principal
|
|
15/08/2022
|
03/02/2023
|
149
|
17h00
|
Autor principal
|
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