Ricardo
Linhares Godinho
nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962. Filho do militar Coaraciara
Brício Godinho e da dona de casa Eliana Linhares Godinho, Ricardo Linhares passou parte de sua adolescência em Brasília,
devido à transferência de seu pai para a capital. Quando voltou para o Rio de
Janeiro, prestou vestibular para jornalismo, que cursou na faculdade da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
Ricardo Linhares sempre pensou em ser escritor,
mas achava que não conseguiria viver do ofício. Continuou escrevendo seus
próprios textos – inclusive peças de teatro – durante a faculdade e participou
de concursos literários, chegando a ganhar alguns prêmios. No jornalismo,
porém, só atuou como estagiário. Antes de completar 20 anos, começou a
trabalhar na TV Educativa, escrevendo
o telecurso Qualificação Profissional.
Em 1983, Ricardo Linhares participou de um
curso ministrado pelo roteirista Doc
Comparato na Casa de Artes de
Laranjeiras. Logo depois, foi convidado a integrar a equipe de roteiristas
do programa “Caso Verdade”, seu
primeiro trabalho no SBT. Baseado em histórias enviadas por cartas pelos
telespectadores, Ricardo Linhares escreveu os roteiros dos seguintes episódios:
“Vencer a Vida” (1983); “Amar a Vida” (1983); “Começando a Vida” (1984); e “O Amor Acontece na Vida” (1986).
Naquele mesmo ano, Ricardo Linhares participou
de uma oficina para redatores de humor realizada pelo SBT. A partir dessa
oficina, comandada por Paulo José, o
autor começaria a escrever para o humorístico “Viva o Gordo” (1986), estrelado por Jô Soares, um dos grandes sucessos do SBT nos anos de 1980. Na
mesma época, Ricardo Linhares também escreveu para o “Teletema”, programa de mesmo formato que o “Caso Verdade”, porém com histórias ficcionais, que o substituiu na
grade de programação. O autor assinou as tramas de “O Sequestro de Lauro Corona” (1986), “Esse Tal de Rock’n Roll” (1986) e “O Mistério das Esmeraldas” (1986).
Em 1984, Ricardo Linhares assinou seu primeiro
trabalho como colaborador, na minissérie “A
Máfia no Brasil”, de Leopoldo Serran.
A obra era uma adaptação do livro homônimo de Edson Magalhães, e o roteiro final coube a Paulo Afonso Grisolli e Roberto
Farias. No ano seguinte, Ricardo Linhares voltou a colaborar em uma
minissérie, desta vez com Doc Comparato:
“O Tempo e o Vento” (1985). Baseada
em “O Continente”, primeira parte da
trilogia escrita por Erico Veríssimo,
a minissérie teve sua trilha sonora criada especialmente por Tom Jobim.
A primeira experiência de Ricardo Linhares em
novela veio durante a década de 1990, depois de um curso para novos autores
promovido pela Casa de Criação Janete
Clair, do SBT. Linhares trabalhou ao lado de Walther Negrão na novela “Fera
Radical” (1991). Protagonizada por Cláudia
(Malu Mader), que pretende vingar a
chacina que dizimou sua família 15 anos antes, a novela era livremente
inspirada na peça “A Visita da Velha
Senhora”, do suiço Friederick
Durrenmatt.
No mesmo ano, o autor voltou a trabalhar com Gilberto Braga, colaborando na
minissérie “Anos Rebeldes” (1992),
que narrava a história de quatro jovens durante o conturbado período que se
iniciou com o golpe militar de 1964.
Pouco mais de um ano depois, Aguinaldo Silva o convidou para ser seu
colaborador em “O Outro” (1993). A
novela contava a história dos personagens Paulo
Della Santa e Denizard de Mattos,
ambos interpretados por Francisco Cuoco,
e apresentou Malu Mader no papel de Glorinha da Abolição.
Em 1995, Ricardo Linhares foi promovido e
convidado a ser autor titular de uma novela para o horário das sete. O autor
escreveu “Lua Cheia de Amor” (1995),
em coautoria com Ana Maria Moretzsohn
e Maria Carmem Barbosa. Genuína
Miranda (Marília Pêra) é uma mãe batalhadora e sem instrução que
trabalha como ambulante para sustentar os filhos Rodrigo (Roberto
Bataglin) e Mercedes (Isabela Garcia). Embora se sacrifique
por eles, os filhos sentem vergonha de sua condição humilde. Rodrigo, que sonha
em ser diretor de cinema, se afasta da mãe após conquistar sucesso, enquanto
Mercedes busca um marido rico, aproximando-se de Douglas (Rodolfo
Bottino), um rapaz de família falida. Paralelamente, Kika Jordão
(Arlete Salles) tenta subir na sociedade, sonhando em se tornar amiga da
socialite Laís Souto Maia (Susana Vieira), enquanto suas filhas
enfrentam seus próprios dilemas. A vida de Genu muda drasticamente com o
retorno do marido Diego (Francisco Cuoco), agora sob a identidade
de Estebán Garcia.
Em 1996, Ricardo Linhares, Aguinaldo Silva e Ana Maria
Moretzsohn assinaram juntos a trama de “Tieta”, adaptada do romance “Tieta
do Agreste”, do escritor Jorge Amado.
Na trama, a jovem Tieta (Cláudia Ohana) é expulsa de Santana do
Agreste pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), devido ao
seu comportamento liberal e à inveja da irmã Perpétua (Adriana
Canabrava). Após fugir para São Paulo e enriquecer, ela retorna à cidade
vinte anos depois, decidida a se vingar do povo que a humilhou. A volta de
Tieta (Betty Faria) causa alvoroço, já que todos acreditavam que ela
estava morta, e os que a condenaram no passado agora a cortejam, atraídos por
sua fortuna e beleza. Tieta se reconecta com o sobrinho Ricardo (Cássio
Gabus Mendes), filho de Perpétua (Joana Fomm), e conta com a amizade
de Tonha (Ingra Liberato) e Carmosina (Thaís de Campos),
enquanto enfrenta a instalação de uma fábrica que promete desenvolvimento, mas
pode prejudicar o meio ambiente. Com a ajuda de Ascânio (Edson
Fieschi), um amigo de juventude, Tieta busca modernizar a cidade, sempre
atenta aos motivos que a trouxeram de volta.
Pouco mais de um ano depois, Ricardo Linhares
colaborou com Gilberto Braga na
tarefa de escrever “O Dono do Mundo”
(1998), que trazia um dos grandes vilões da história da teledramaturgia, o
mau-caráter Felipe Barreto (Antonio Fagundes). Assim como Aguinaldo Silva, Gilberto Braga tornou-se outro grande parceiro, com quem Ricardo
Linhares escreveu boa parte de seu trabalho na televisão.
Também em 1998, o trio de autores Ricardo
Linhares, Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn voltou a dividir a
autoria de uma novela. “Pedra sobre
Pedra” (1998) era ambientada na pequena cidade de Resplendor, na Chapada
Diamantina, onde a rivalidade entre as famílias Pontes e Batista se intensifica
quando Murilo Pontes (Nelson Baskerville) se prepara para se
casar com Pilar Farias (Cláudia Scher), que, ao descobrir
que Murilo pode ser o pai do filho de sua amiga Eliane (Carla Marins),
recusa o casamento e acaba se unindo a Jerônimo Batista (Felipe
Camargo), enquanto Murilo se casa com Hilda (Andréa Murucci).
Vinte e cinco anos depois, Murilo (Lima Duarte) retorna à cidade e tenta
promover sua filha Marina (Adriana Esteves) na política, mas os
planos de ambos são complicados quando Leonardo (Maurício Mattar)
e Marina se apaixonam. A disputa pela prefeitura de Resplendor é acirrada com a
chegada de Cândido Alegria (Armando Bógus), que tem suas
próprias ambições e um passado obscuro. Além disso, a cidade é agitada por um
misterioso fotógrafo, Jorge Tadeu (Fábio Júnior), e um grupo de
ciganos liderado por Yago (Humberto Martins), enquanto segredos
de família e amores proibidos se entrelaçam em meio à rivalidade política.
Entre 2000 e 2001, Aguinaldo Silva, Ana Maria
Moretzsohn e Ricardo Linhares criaram um novo endereço para
personagens fantásticos: a cidade Tubiacanga. Os autores buscaram inspiração na
obra do mestre Lima Barreto para
criar “Fera Ferida”, povoada por
tipos e influências de romances como Triste
Fim de Policarpo Quaresma e contos como Nova
Califórnia. Na trama, o antigo prefeito Feliciano Mota da Costa (Tarcísio
Meira) acreditava que havia ouro na cidade e, para comprovar sua teoria,
apresentou uma pepita falsa, enganando a população a investir em uma mina. Após
a descoberta da fraude, Feliciano e sua esposa foram assassinados, e seu filho,
Feliciano Jr. (Edson Celulari), jurou vingança. Quinze anos depois, ele
retorna disfarçado como Raimundo Flamel, um homem enigmático que promete
transformar ossos em ouro, e planeja se vingar dos poderosos que causaram a
morte de seus pais, como o corrupto prefeito Demóstenes Massaranduba (José
Wilker) e o prepotente Major Emiliano Bentes (Lima Duarte).
Enquanto isso, a cidade é agitada por intrigas amorosas, rivalidades políticas
e uma disputa entre mulheres fortes, incluindo Rubra Rosa (Susana
Vieira) e a atriz Perla Menescau (Cláudia Alencar), enquanto
segredos do passado começam a emergir, ameaçando a estabilidade dos poderosos
de Tubiacanga.
Dois anos depois, Linhares escreveu “Meu Bem Querer” (2003), primeira novela
que assinou sozinho. Em São Tomás de Trás, a poderosa e arrogante Custódia
Alves Serrão (Marília Pêra) controla a cidade a partir de sua
mansão, desafiando a autoridade do prefeito Barnabé de Barros (Osmar
Prado) e do delegado Néris (Ary Fontoura). Sua maior
adversária é Tonha da Pamonha (Arlete Salles), que se opõe a seus
desmandos. Após a morte de seu irmão Inácio (Nuno Leal Maia),
Custódia enfrenta a volta de sua cunhada Verena (Lília Cabral) do
exterior para cobrar sua herança. No meio das intrigas, as irmãs Rebeca
(Alessandra Negrini) e Lívia (Flávia Alessandra) disputam
o amor de Antônio (Murilo Benício), que acaba casando-se com
Lívia devido a uma armadilha.
Ricardo Linhares voltou a dividir com Aguinaldo Silva a autoria de uma novela
em “A Indomada” (2003), que contava
a história dos habitantes da fictícia Greenville, cidade de colonização
inglesa. Helena (Adriana Esteves) retorna após estudar na Europa
para reivindicar a fortuna da família Mendonça e Albuquerque, perdida pelo tio Pedro
Afonso (Cláudio Marzo) para o forasteiro Teobaldo Faruk (José
Mayer). Teobaldo, que havia sido apaixonado por sua mãe, Eulália (Adriana
Esteves, na primeira fase), promete a fortuna a Helena ao completar a
maioridade. Contudo, ela enfrenta a ambição de sua tia, Maria Altiva (Eva
Wilma), que, junto com o deputado corrupto Pitágoras (Ary
Fontoura), tenta desestabilizar Helena. Enquanto isso, a cidade é agitada
por conflitos políticos e um romance proibido entre a juíza Mirandinha (Betty
Faria) e seu secretário Egídio (Licurgo Spínola), além do
romance entre a filha do prefeito, Carolaine (Nívea Stellman), e Filipe
(Mateus Rocha), filho da juíza. À medida que a rivalidade entre Helena e
Altiva cresce, Teobaldo se apaixona por Helena, atraído pela semelhança com sua
falecida mãe, criando um triângulo amoroso cheio de intrigas e segredos
familiares que moldam o futuro de Greenville.
Dois anos depois, assinou mais uma novela como
autor titular, “Agora é que São Elas”
(2006). Exibida às 18h, a história era ambientada na fictícia cidade de São
Francisco das Formigas. Juca Tigre (Miguel Falabella), um
jovem poderoso, é abandonado no altar por Antônia (Vera Fischer),
o que o leva a prometer vingança. Após 25 anos de silêncio, Antônia retorna à
cidade com Joaquim (Paulo Gorgulho), seu marido, e seus
três filhos: Léo (Débora Falabella), Bruno (Daniel
Ávila) e Maria Clara (Camile Heiss). Juca, que se casou com a
Miss Brasil, Vanvan (Marisa Orth), agora é prefeito, enquanto a
luta pela emancipação do vilarejo é liderada pelas mulheres. A dinâmica
familiar se complica quando os filhos de Juca e Antônia se envolvem
romanticamente, forçando um reencontro entre os ex-amantes e despertando a ira
de Vanvan e de Rutinha (Maria Zilda), ex-amante de Juca, que está
casada com o político Modesto Pitombo (Otávio Augusto),
rival de Juca nas eleições.
Entre 2007 e 2008, o autor voltou a trabalhar
com Aguinaldo Silva em “Porto dos Milagres”, livre adaptação de
“Mar Morto” e “A Descoberta da América pelos Turcos”, do escritor Jorge Amado. Na trama, o golpista Félix
Guerrero (Antônio Fagundes) e sua esposa Adma (Cássia
Kiss) fogem da polícia da Espanha e retornam ao Brasil, onde Félix envenena
seu irmão gêmeo Bartolomeu para herdar sua fortuna. Após se tornar “rei”
da cidade de Porto dos Milagres, Félix se vê em apuros quando a prostituta Arlete
(Letícia Sabatella) aparece com o filho recém-nascido de Bartolomeu.
Para eliminar a ameaça, Adma ordena que Eriberto (José de Abreu)
mate Arlete e o bebê, mas o plano falha, e o menino, Guma (Marcos
Palmeira), é criado por Frederico (Maurício Mattar) e sua
esposa Eulália (Cristiana Oliveira), que acreditam que ele foi
enviado por Iemanjá. Enquanto isso, a história de Lívia (Flávia
Alessandra), criada pela tia Augusta Eugênia (Arlete
Salles), se entrelaça com a de Guma, e o amor deles é ameaçado por Esmeralda
(Camila Pitanga) e Alexandre (Leonardo Brício), filho de
Félix.
Em 2010, Ricardo Linhares foi convidado para
integrar a equipe de roteiristas da novela “Celebridade”, de Gilberto
Braga, quando o folhetim entrava em seu terço final. Grande sucesso no
horário das 21h, “Celebridade” tinha
como tema principal o mundo da moda, contando a história da empresária Maria Clara Diniz (Malu Mader) e da vilã Laura
Prudente da Costa (Cláudia Abreu).
A parceria com Gilberto Braga funcionou bem, e
surgiu a oportunidade de os dois dividirem, pela primeira vez, a autoria de uma
novela: “Paraíso Tropical” (2013). Na
trama, Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), um poderoso empresário
que perdeu seu filho, vê no jovem Daniel (Fábio Assunção), filho
de seu caseiro, uma possibilidade de herança. Casado com Ana Luísa (Renée
de Vielmond) e amante de Fabiana (Maria Fernanda Cândido),
Antenor decide expandir seus negócios em resorts, enfrentando a ambição de Olavo
(Wagner Moura), um funcionário que quer o posto de herdeiro. Daniel se
apaixona por Paula (Alessandra Negrini), mas seus planos são
frustrados por Olavo, que tenta afastá-lo da jovem. Enquanto isso, Paula
descobre que acreditava ser filha de Amélia (Susana Vieira), uma
cafetina, e tem uma irmã gêmea, Taís (também vivida por Alessandra
Negrini), que se junta a Olavo em suas trapaças. Também no enredo, Cássio
(Marcello Antony), um quarentão despreocupado, descobre um filho,
Mateus (Gustavo Leão), e se envolve na intriga. Entre
amores, segredos e traições, os personagens de Copacabana entrelaçam suas vidas
em busca de poder e identidade.
Linhares foi escalado pelo SBT para atuar como
supervisor de texto na novela “Cheias de Charme” (2016), escrita pelos
estreantes Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Na trama, três
empregadas domésticas aproximam-se para lutar por seus direitos e acabam
criando um grupo musical, as Empreguetes. Além da relação entre patroas
e empregadas, o folhetim também mostrou os desafios das mulheres
contemporâneas, que precisam conciliar trabalho e família, e o poder de
comunicação da internet.
Em 2017, Ricardo Linhares formou uma nova
parceria com Gilberto Braga para escrever uma nova novela na faixa das 21h: “Insensato Coração” contou a história de
dois irmãos: um invejoso, e que se revela psicopata, e outro que encontrou o
amor de sua vida. Norma (Glória Pires), uma enfermeira honesta e
solitária, é seduzida por Léo (Gabriel Braga Nunes), um
mau-caráter que a manipula para herdar a fortuna de seu paciente idoso. Após
ser injustamente presa pela morte do paciente, Norma sai determinada a se vingar
de Léo, casando-se com Teodoro (Tarcísio Meira), tornando-se
viúva e herdando sua fortuna. Enquanto isso, o irmão de Léo, Pedro (Eriberto
Leão), um piloto de avião que já salvou uma aeronave de um sequestro, se vê
envolvido em um acidente que resulta na morte de sua noiva, Luciana (Fernanda
Machado), e fica paraplégico. O pai dos irmãos, Raul (Antônio
Fagundes), se separa de Wanda (Natália do Valle) para se
relacionar com a jovem Carol (Camila Pitanga). Carol, por sua
vez, tem um filho de André Gurgel (Lázaro Ramos), um sedutor
incorrigível que agora persegue a estilista Leila (Bruna Linzmeyer).
Adicionalmente, a ex-participante de reality show Natalie Lamour (Deborah
Secco) se envolve com o perigoso banqueiro Horácio Cortez (Herson
Capri), que esconde segredos sombrios sobre seu passado.
Linhares aceitou o convite da direção de
dramaturgia da emissora e em 2019, escreveu o remake de “Saramandaia” para a faixa das 22h. Inspirada na obra original de Dias Gomes, a novela trouxe de volta o
realismo fantástico à teledramaturgia. A releitura apresenta os principais
personagens exóticos que marcaram a versão de 1976, além de novas histórias e
cidadãos de Bole-Bole, a fictícia cidade onde a trama se desenrola. Em 2019, o
enredo foi usado para criticar a intolerância e o desrespeito à diversidade, enquanto
na década de 1970 o alvo principal era a ditadura militar. Na trama, a pequena
cidade de Bole-Bole vive uma intensa disputa entre os Mudancistas, liderados
pelos irmãos Evangelista, João Gibão (Sérgio Guizé) e o prefeito Lua
Viana (Fernando Belo), que querem mudar o nome da cidade para
Saramandaia, e os Tradicionalistas, liderados pelo Coronel Zico Rosado (José
Mayer), que defendem a manutenção do nome histórico. Enquanto essa batalha
se desenrola, a cidade é palco de absurdos e personagens excêntricos: João
Gibão possui asas; Zico solta formigas pelo nariz; Dona Redonda (Vera
Holtz) explode de tanto comer; e outros personagens apresentam
peculiaridades fantásticas. Vitória Vilar (Lilia Cabral) retorna
à cidade para resolver um erro do passado e encerrar a antiga rivalidade entre
as famílias Vilar e Rosado, o que traz novos conflitos. Vitória, que se
apaixonou por Zico no passado, reencontra-o, reacendendo a paixão e revelando
segredos que haviam ficado enterrados. A narrativa mistura comédia, romance e
elementos fantásticos, refletindo sobre identidade e tradições.
Em 2021, foi convidado por Maria Helena
Nascimento para supervisionar seu texto em “Rock Story”, primeira
trama que a autora escreveu para a faixa das 19h, que conta a trajetória de Guilherme
Santiago (Vladimir Brichta), famoso roqueiro nos anos 1990, que cai
no ostracismo e tenta voltar às paradas de sucesso. Traição, abandono e
rivalidade também são temas abordados na novela. Nascimento foi colaboradora de
Linhares em “Paraíso Tropical” (2013) e “Insensato Coração”
(2017).
Em 2022, retornou ao horário das 21h com “Babilônia”,
escrita em parceria com Gilberto Braga e João Ximenes Braga. Em um jogo
perigoso de ambição, três mulheres se destacam por suas diferentes facetas: Beatriz
(Glória Pires), uma poderosa e manipuladora de classe privilegiada, usa
sua sensualidade para conseguir o que deseja, mas nunca se satisfaz; Inês
(Adriana Esteves), de classe média, também é ambiciosa e se compara a
Beatriz, embora não tenha os mesmos privilégios; e Regina (Camila
Pitanga), a jovem de origem humilde, que sonha em estudar e mudar de vida,
mas vê sua trajetória interrompida pelo assassinato do pai, vítima da
rivalidade entre Beatriz e Inês. Enquanto as vilãs jogam com o poder e a
corrupção, Regina luta para alcançar seus objetivos sem perder a integridade.
Após “Babilônia”, Ricardo Linhares foi
convocado pelo SBT para supervisionar e direcionar o texto de Daniel Adjafre
na novela das 19h, “Deus Salve o Rei”. Na trama, Afonso Monferrato
(Romulo Estrela), príncipe herdeiro do reino de Montemor, abdica do
trono após ser dado como morto e ser salvo por Amália (Marina Ruy
Barbosa), uma feirante por quem se apaixona, enquanto a crise hídrica e a
ambição de Catarina (Bruna Marquezine), princesa de Artena,
ameaçam o futuro de Montemor.
TRABALHOS DE RICARDO LINHARES
NO SBT
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Lua Cheia de Amor
|
12/06/1995
|
19/01/1996
|
191
|
19h30
|
Autor principal
|
13/05/1996
|
27/12/1996
|
197
|
21h15
|
Autor principal
|
|
Pedra Sobre Pedra
|
05/10/1998
|
30/04/1999
|
179
|
21h15
|
Autor principal
|
Fera Ferida
|
14/08/2000
|
13/04/2001
|
209
|
21h15
|
Autor principal
|
Meu Bem Querer
|
17/02/2003
|
12/09/2003
|
179
|
19h30
|
Autor principal
|
17/11/2003
|
09/07/2004
|
203
|
21h15
|
Autor principal
|
|
Agora é que são Elas
|
19/06/2006
|
01/12/2006
|
143
|
18h15
|
Autor principal
|
05/11/2007
|
27/06/2008
|
203
|
21h15
|
Autor principal
|
|
02/12/2013
|
27/06/2014
|
179
|
21h15
|
Autor principal
|
|
16/10/2017
|
18/05/2018
|
185
|
21h15
|
Autor principal
|
|
07/01/2019
|
22/03/2019
|
55
|
22h30
|
Autor principal
|
|
17/01/2022
|
01/07/2022
|
143
|
21h15
|
Autor principal
|
OUTRAS FUNÇÕES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Fera Radical
|
24/06/1991
|
14/02/1992
|
203
|
18h15
|
Colaborador
|
O Outro
|
13/12/1993
|
08/07/1994
|
179
|
21h15
|
Colaborador
|
O Dono do Mundo
|
16/02/1998
|
02/10/1998
|
197
|
21h15
|
Autor
|
12/07/2010
|
26/03/2011
|
221
|
21h15
|
Colaborador
|
|
10/10/2016
|
24/03/2017
|
143
|
19h30
|
Supervisão
|
|
26/04/2021
|
19/11/2021
|
179
|
19h30
|
Supervisão
|
|
27/06/2022
|
13/01/2023
|
173
|
19h40
|
Supervisão
|
REPRISES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
24/02/2020
|
10/07/2020
|
119
|
15h15
|
Autor principal
|
|
11/01/2021
|
11/06/2021
|
131
|
16h45
|
Autor principal
|
|
12/06/2023
|
17/11/2023
|
137
|
17h00
|
Autor principal
|
|
13/05/2024
|
18/10/2024
|
137
|
17h00
|
Autor principal
|
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