domingo, 28 de outubro de 2012

RICARDO LINHARES


Ricardo Linhares Godinho nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962. Filho do militar Coaraciara Brício Godinho e da dona de casa Eliana Linhares Godinho, Ricardo Linhares passou parte de sua adolescência em Brasília, devido à transferência de seu pai para a capital. Quando voltou para o Rio de Janeiro, prestou vestibular para jornalismo, que cursou na faculdade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 
Ricardo Linhares sempre pensou em ser escritor, mas achava que não conseguiria viver do ofício. Continuou escrevendo seus próprios textos – inclusive peças de teatro – durante a faculdade e participou de concursos literários, chegando a ganhar alguns prêmios. No jornalismo, porém, só atuou como estagiário. Antes de completar 20 anos, começou a trabalhar na TV Educativa, escrevendo o telecurso Qualificação Profissional.
 
Em 1983, Ricardo Linhares participou de um curso ministrado pelo roteirista Doc Comparato na Casa de Artes de Laranjeiras. Logo depois, foi convidado a integrar a equipe de roteiristas do programa “Caso Verdade”, seu primeiro trabalho no SBT. Baseado em histórias enviadas por cartas pelos telespectadores, Ricardo Linhares escreveu os roteiros dos seguintes episódios: “Vencer a Vida” (1983); “Amar a Vida” (1983); “Começando a Vida” (1984); e “O Amor Acontece na Vida” (1986).
 
Naquele mesmo ano, Ricardo Linhares participou de uma oficina para redatores de humor realizada pelo SBT. A partir dessa oficina, comandada por Paulo José, o autor começaria a escrever para o humorístico “Viva o Gordo” (1986), estrelado por Jô Soares, um dos grandes sucessos do SBT nos anos de 1980. Na mesma época, Ricardo Linhares também escreveu para o “Teletema”, programa de mesmo formato que o “Caso Verdade”, porém com histórias ficcionais, que o substituiu na grade de programação. O autor assinou as tramas de “O Sequestro de Lauro Corona” (1986), “Esse Tal de Rock’n Roll” (1986) e “O Mistério das Esmeraldas” (1986).
 
Em 1984, Ricardo Linhares assinou seu primeiro trabalho como colaborador, na minissérie “A Máfia no Brasil”, de Leopoldo Serran. A obra era uma adaptação do livro homônimo de Edson Magalhães, e o roteiro final coube a Paulo Afonso Grisolli e Roberto Farias. No ano seguinte, Ricardo Linhares voltou a colaborar em uma minissérie, desta vez com Doc Comparato: “O Tempo e o Vento” (1985). Baseada em “O Continente”, primeira parte da trilogia escrita por Erico Veríssimo, a minissérie teve sua trilha sonora criada especialmente por Tom Jobim.
 
A primeira experiência de Ricardo Linhares em novela veio durante a década de 1990, depois de um curso para novos autores promovido pela Casa de Criação Janete Clair, do SBT. Linhares trabalhou ao lado de Walther Negrão na novela “Fera Radical” (1991). Protagonizada por Cláudia (Malu Mader), que pretende vingar a chacina que dizimou sua família 15 anos antes, a novela era livremente inspirada na peça “A Visita da Velha Senhora”, do suiço Friederick Durrenmatt.
 
No mesmo ano, o autor voltou a trabalhar com Gilberto Braga, colaborando na minissérie “Anos Rebeldes” (1992), que narrava a história de quatro jovens durante o conturbado período que se iniciou com o golpe militar de 1964.
 
Pouco mais de um ano depois, Aguinaldo Silva o convidou para ser seu colaborador em “O Outro” (1993). A novela contava a história dos personagens Paulo Della Santa e Denizard de Mattos, ambos interpretados por Francisco Cuoco, e apresentou Malu Mader no papel de Glorinha da Abolição.
 
Em 1995, Ricardo Linhares foi promovido e convidado a ser autor titular de uma novela para o horário das sete. O autor escreveu “Lua Cheia de Amor” (1995), em coautoria com Ana Maria Moretzsohn e Maria Carmem Barbosa. Genuína Miranda (Marília Pêra) é uma mãe batalhadora e sem instrução que trabalha como ambulante para sustentar os filhos Rodrigo (Roberto Bataglin) e Mercedes (Isabela Garcia). Embora se sacrifique por eles, os filhos sentem vergonha de sua condição humilde. Rodrigo, que sonha em ser diretor de cinema, se afasta da mãe após conquistar sucesso, enquanto Mercedes busca um marido rico, aproximando-se de Douglas (Rodolfo Bottino), um rapaz de família falida. Paralelamente, Kika Jordão (Arlete Salles) tenta subir na sociedade, sonhando em se tornar amiga da socialite Laís Souto Maia (Susana Vieira), enquanto suas filhas enfrentam seus próprios dilemas. A vida de Genu muda drasticamente com o retorno do marido Diego (Francisco Cuoco), agora sob a identidade de Estebán Garcia.
 
Em 1996, Ricardo Linhares, Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn assinaram juntos a trama de “Tieta”, adaptada do romance “Tieta do Agreste”, do escritor Jorge Amado. Na trama, a jovem Tieta (Cláudia Ohana) é expulsa de Santana do Agreste pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), devido ao seu comportamento liberal e à inveja da irmã Perpétua (Adriana Canabrava). Após fugir para São Paulo e enriquecer, ela retorna à cidade vinte anos depois, decidida a se vingar do povo que a humilhou. A volta de Tieta (Betty Faria) causa alvoroço, já que todos acreditavam que ela estava morta, e os que a condenaram no passado agora a cortejam, atraídos por sua fortuna e beleza. Tieta se reconecta com o sobrinho Ricardo (Cássio Gabus Mendes), filho de Perpétua (Joana Fomm), e conta com a amizade de Tonha (Ingra Liberato) e Carmosina (Thaís de Campos), enquanto enfrenta a instalação de uma fábrica que promete desenvolvimento, mas pode prejudicar o meio ambiente. Com a ajuda de Ascânio (Edson Fieschi), um amigo de juventude, Tieta busca modernizar a cidade, sempre atenta aos motivos que a trouxeram de volta.
 
Pouco mais de um ano depois, Ricardo Linhares colaborou com Gilberto Braga na tarefa de escrever “O Dono do Mundo” (1998), que trazia um dos grandes vilões da história da teledramaturgia, o mau-caráter Felipe Barreto (Antonio Fagundes). Assim como Aguinaldo Silva, Gilberto Braga tornou-se outro grande parceiro, com quem Ricardo Linhares escreveu boa parte de seu trabalho na televisão.
 
Também em 1998, o trio de autores Ricardo Linhares, Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn voltou a dividir a autoria de uma novela. “Pedra sobre Pedra” (1998) era ambientada na pequena cidade de Resplendor, na Chapada Diamantina, onde a rivalidade entre as famílias Pontes e Batista se intensifica quando Murilo Pontes (Nelson Baskerville) se prepara para se casar com Pilar Farias (Cláudia Scher), que, ao descobrir que Murilo pode ser o pai do filho de sua amiga Eliane (Carla Marins), recusa o casamento e acaba se unindo a Jerônimo Batista (Felipe Camargo), enquanto Murilo se casa com Hilda (Andréa Murucci). Vinte e cinco anos depois, Murilo (Lima Duarte) retorna à cidade e tenta promover sua filha Marina (Adriana Esteves) na política, mas os planos de ambos são complicados quando Leonardo (Maurício Mattar) e Marina se apaixonam. A disputa pela prefeitura de Resplendor é acirrada com a chegada de Cândido Alegria (Armando Bógus), que tem suas próprias ambições e um passado obscuro. Além disso, a cidade é agitada por um misterioso fotógrafo, Jorge Tadeu (Fábio Júnior), e um grupo de ciganos liderado por Yago (Humberto Martins), enquanto segredos de família e amores proibidos se entrelaçam em meio à rivalidade política.
 
Entre 2000 e 2001, Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares criaram um novo endereço para personagens fantásticos: a cidade Tubiacanga. Os autores buscaram inspiração na obra do mestre Lima Barreto para criar “Fera Ferida”, povoada por tipos e influências de romances como Triste Fim de Policarpo Quaresma e contos como Nova Califórnia. Na trama, o antigo prefeito Feliciano Mota da Costa (Tarcísio Meira) acreditava que havia ouro na cidade e, para comprovar sua teoria, apresentou uma pepita falsa, enganando a população a investir em uma mina. Após a descoberta da fraude, Feliciano e sua esposa foram assassinados, e seu filho, Feliciano Jr. (Edson Celulari), jurou vingança. Quinze anos depois, ele retorna disfarçado como Raimundo Flamel, um homem enigmático que promete transformar ossos em ouro, e planeja se vingar dos poderosos que causaram a morte de seus pais, como o corrupto prefeito Demóstenes Massaranduba (José Wilker) e o prepotente Major Emiliano Bentes (Lima Duarte). Enquanto isso, a cidade é agitada por intrigas amorosas, rivalidades políticas e uma disputa entre mulheres fortes, incluindo Rubra Rosa (Susana Vieira) e a atriz Perla Menescau (Cláudia Alencar), enquanto segredos do passado começam a emergir, ameaçando a estabilidade dos poderosos de Tubiacanga.
 
Dois anos depois, Linhares escreveu “Meu Bem Querer” (2003), primeira novela que assinou sozinho. Em São Tomás de Trás, a poderosa e arrogante Custódia Alves Serrão (Marília Pêra) controla a cidade a partir de sua mansão, desafiando a autoridade do prefeito Barnabé de Barros (Osmar Prado) e do delegado Néris (Ary Fontoura). Sua maior adversária é Tonha da Pamonha (Arlete Salles), que se opõe a seus desmandos. Após a morte de seu irmão Inácio (Nuno Leal Maia), Custódia enfrenta a volta de sua cunhada Verena (Lília Cabral) do exterior para cobrar sua herança. No meio das intrigas, as irmãs Rebeca (Alessandra Negrini) e Lívia (Flávia Alessandra) disputam o amor de Antônio (Murilo Benício), que acaba casando-se com Lívia devido a uma armadilha.
 
Ricardo Linhares voltou a dividir com Aguinaldo Silva a autoria de uma novela em “A Indomada” (2003), que contava a história dos habitantes da fictícia Greenville, cidade de colonização inglesa. Helena (Adriana Esteves) retorna após estudar na Europa para reivindicar a fortuna da família Mendonça e Albuquerque, perdida pelo tio Pedro Afonso (Cláudio Marzo) para o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer). Teobaldo, que havia sido apaixonado por sua mãe, Eulália (Adriana Esteves, na primeira fase), promete a fortuna a Helena ao completar a maioridade. Contudo, ela enfrenta a ambição de sua tia, Maria Altiva (Eva Wilma), que, junto com o deputado corrupto Pitágoras (Ary Fontoura), tenta desestabilizar Helena. Enquanto isso, a cidade é agitada por conflitos políticos e um romance proibido entre a juíza Mirandinha (Betty Faria) e seu secretário Egídio (Licurgo Spínola), além do romance entre a filha do prefeito, Carolaine (Nívea Stellman), e Filipe (Mateus Rocha), filho da juíza. À medida que a rivalidade entre Helena e Altiva cresce, Teobaldo se apaixona por Helena, atraído pela semelhança com sua falecida mãe, criando um triângulo amoroso cheio de intrigas e segredos familiares que moldam o futuro de Greenville.
 
Dois anos depois, assinou mais uma novela como autor titular, “Agora é que São Elas” (2006). Exibida às 18h, a história era ambientada na fictícia cidade de São Francisco das Formigas. Juca Tigre (Miguel Falabella), um jovem poderoso, é abandonado no altar por Antônia (Vera Fischer), o que o leva a prometer vingança. Após 25 anos de silêncio, Antônia retorna à cidade com Joaquim (Paulo Gorgulho), seu marido, e seus três filhos: Léo (Débora Falabella), Bruno (Daniel Ávila) e Maria Clara (Camile Heiss). Juca, que se casou com a Miss Brasil, Vanvan (Marisa Orth), agora é prefeito, enquanto a luta pela emancipação do vilarejo é liderada pelas mulheres. A dinâmica familiar se complica quando os filhos de Juca e Antônia se envolvem romanticamente, forçando um reencontro entre os ex-amantes e despertando a ira de Vanvan e de Rutinha (Maria Zilda), ex-amante de Juca, que está casada com o político Modesto Pitombo (Otávio Augusto), rival de Juca nas eleições.
 
Entre 2007 e 2008, o autor voltou a trabalhar com Aguinaldo Silva em “Porto dos Milagres”, livre adaptação de “Mar Morto” e “A Descoberta da América pelos Turcos”, do escritor Jorge Amado. Na trama, o golpista Félix Guerrero (Antônio Fagundes) e sua esposa Adma (Cássia Kiss) fogem da polícia da Espanha e retornam ao Brasil, onde Félix envenena seu irmão gêmeo Bartolomeu para herdar sua fortuna. Após se tornar “rei” da cidade de Porto dos Milagres, Félix se vê em apuros quando a prostituta Arlete (Letícia Sabatella) aparece com o filho recém-nascido de Bartolomeu. Para eliminar a ameaça, Adma ordena que Eriberto (José de Abreu) mate Arlete e o bebê, mas o plano falha, e o menino, Guma (Marcos Palmeira), é criado por Frederico (Maurício Mattar) e sua esposa Eulália (Cristiana Oliveira), que acreditam que ele foi enviado por Iemanjá. Enquanto isso, a história de Lívia (Flávia Alessandra), criada pela tia Augusta Eugênia (Arlete Salles), se entrelaça com a de Guma, e o amor deles é ameaçado por Esmeralda (Camila Pitanga) e Alexandre (Leonardo Brício), filho de Félix.
 
Em 2010, Ricardo Linhares foi convidado para integrar a equipe de roteiristas da novela “Celebridade”, de Gilberto Braga, quando o folhetim entrava em seu terço final. Grande sucesso no horário das 21h, “Celebridade” tinha como tema principal o mundo da moda, contando a história da empresária Maria Clara Diniz (Malu Mader) e da vilã Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu).
 
A parceria com Gilberto Braga funcionou bem, e surgiu a oportunidade de os dois dividirem, pela primeira vez, a autoria de uma novela: “Paraíso Tropical” (2013). Na trama, Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), um poderoso empresário que perdeu seu filho, vê no jovem Daniel (Fábio Assunção), filho de seu caseiro, uma possibilidade de herança. Casado com Ana Luísa (Renée de Vielmond) e amante de Fabiana (Maria Fernanda Cândido), Antenor decide expandir seus negócios em resorts, enfrentando a ambição de Olavo (Wagner Moura), um funcionário que quer o posto de herdeiro. Daniel se apaixona por Paula (Alessandra Negrini), mas seus planos são frustrados por Olavo, que tenta afastá-lo da jovem. Enquanto isso, Paula descobre que acreditava ser filha de Amélia (Susana Vieira), uma cafetina, e tem uma irmã gêmea, Taís (também vivida por Alessandra Negrini), que se junta a Olavo em suas trapaças. Também no enredo, Cássio (Marcello Antony), um quarentão despreocupado, descobre um filho, Mateus (Gustavo Leão), e se envolve na intriga. Entre amores, segredos e traições, os personagens de Copacabana entrelaçam suas vidas em busca de poder e identidade.
 
Linhares foi escalado pelo SBT para atuar como supervisor de texto na novela “Cheias de Charme” (2016), escrita pelos estreantes Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Na trama, três empregadas domésticas aproximam-se para lutar por seus direitos e acabam criando um grupo musical, as Empreguetes. Além da relação entre patroas e empregadas, o folhetim também mostrou os desafios das mulheres contemporâneas, que precisam conciliar trabalho e família, e o poder de comunicação da internet.
 
Em 2017, Ricardo Linhares formou uma nova parceria com Gilberto Braga para escrever uma nova novela na faixa das 21h: “Insensato Coração” contou a história de dois irmãos: um invejoso, e que se revela psicopata, e outro que encontrou o amor de sua vida. Norma (Glória Pires), uma enfermeira honesta e solitária, é seduzida por Léo (Gabriel Braga Nunes), um mau-caráter que a manipula para herdar a fortuna de seu paciente idoso. Após ser injustamente presa pela morte do paciente, Norma sai determinada a se vingar de Léo, casando-se com Teodoro (Tarcísio Meira), tornando-se viúva e herdando sua fortuna. Enquanto isso, o irmão de Léo, Pedro (Eriberto Leão), um piloto de avião que já salvou uma aeronave de um sequestro, se vê envolvido em um acidente que resulta na morte de sua noiva, Luciana (Fernanda Machado), e fica paraplégico. O pai dos irmãos, Raul (Antônio Fagundes), se separa de Wanda (Natália do Valle) para se relacionar com a jovem Carol (Camila Pitanga). Carol, por sua vez, tem um filho de André Gurgel (Lázaro Ramos), um sedutor incorrigível que agora persegue a estilista Leila (Bruna Linzmeyer). Adicionalmente, a ex-participante de reality show Natalie Lamour (Deborah Secco) se envolve com o perigoso banqueiro Horácio Cortez (Herson Capri), que esconde segredos sombrios sobre seu passado.
 
Linhares aceitou o convite da direção de dramaturgia da emissora e em 2019, escreveu o remake de “Saramandaia” para a faixa das 22h. Inspirada na obra original de Dias Gomes, a novela trouxe de volta o realismo fantástico à teledramaturgia. A releitura apresenta os principais personagens exóticos que marcaram a versão de 1976, além de novas histórias e cidadãos de Bole-Bole, a fictícia cidade onde a trama se desenrola. Em 2019, o enredo foi usado para criticar a intolerância e o desrespeito à diversidade, enquanto na década de 1970 o alvo principal era a ditadura militar. Na trama, a pequena cidade de Bole-Bole vive uma intensa disputa entre os Mudancistas, liderados pelos irmãos Evangelista, João Gibão (Sérgio Guizé) e o prefeito Lua Viana (Fernando Belo), que querem mudar o nome da cidade para Saramandaia, e os Tradicionalistas, liderados pelo Coronel Zico Rosado (José Mayer), que defendem a manutenção do nome histórico. Enquanto essa batalha se desenrola, a cidade é palco de absurdos e personagens excêntricos: João Gibão possui asas; Zico solta formigas pelo nariz; Dona Redonda (Vera Holtz) explode de tanto comer; e outros personagens apresentam peculiaridades fantásticas. Vitória Vilar (Lilia Cabral) retorna à cidade para resolver um erro do passado e encerrar a antiga rivalidade entre as famílias Vilar e Rosado, o que traz novos conflitos. Vitória, que se apaixonou por Zico no passado, reencontra-o, reacendendo a paixão e revelando segredos que haviam ficado enterrados. A narrativa mistura comédia, romance e elementos fantásticos, refletindo sobre identidade e tradições.
 
Em 2021, foi convidado por Maria Helena Nascimento para supervisionar seu texto em “Rock Story”, primeira trama que a autora escreveu para a faixa das 19h, que conta a trajetória de Guilherme Santiago (Vladimir Brichta), famoso roqueiro nos anos 1990, que cai no ostracismo e tenta voltar às paradas de sucesso. Traição, abandono e rivalidade também são temas abordados na novela. Nascimento foi colaboradora de Linhares em “Paraíso Tropical” (2013) e “Insensato Coração” (2017).
 
Em 2022, retornou ao horário das 21h com “Babilônia”, escrita em parceria com Gilberto Braga e João Ximenes Braga. Em um jogo perigoso de ambição, três mulheres se destacam por suas diferentes facetas: Beatriz (Glória Pires), uma poderosa e manipuladora de classe privilegiada, usa sua sensualidade para conseguir o que deseja, mas nunca se satisfaz; Inês (Adriana Esteves), de classe média, também é ambiciosa e se compara a Beatriz, embora não tenha os mesmos privilégios; e Regina (Camila Pitanga), a jovem de origem humilde, que sonha em estudar e mudar de vida, mas vê sua trajetória interrompida pelo assassinato do pai, vítima da rivalidade entre Beatriz e Inês. Enquanto as vilãs jogam com o poder e a corrupção, Regina luta para alcançar seus objetivos sem perder a integridade.
 
Após “Babilônia”, Ricardo Linhares foi convocado pelo SBT para supervisionar e direcionar o texto de Daniel Adjafre na novela das 19h, “Deus Salve o Rei”. Na trama, Afonso Monferrato (Romulo Estrela), príncipe herdeiro do reino de Montemor, abdica do trono após ser dado como morto e ser salvo por Amália (Marina Ruy Barbosa), uma feirante por quem se apaixona, enquanto a crise hídrica e a ambição de Catarina (Bruna Marquezine), princesa de Artena, ameaçam o futuro de Montemor.
 
 
TRABALHOS DE RICARDO LINHARES NO SBT
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Lua Cheia de Amor
12/06/1995
19/01/1996
191
19h30
Autor principal
13/05/1996
27/12/1996
197
21h15
Autor principal
Pedra Sobre Pedra
05/10/1998
30/04/1999
179
21h15
Autor principal
Fera Ferida
14/08/2000
13/04/2001
209
21h15
Autor principal
Meu Bem Querer
17/02/2003
12/09/2003
179
19h30
Autor principal
17/11/2003
09/07/2004
203
21h15
Autor principal
Agora é que são Elas
19/06/2006
01/12/2006
143
18h15
Autor principal
05/11/2007
27/06/2008
203
21h15
Autor principal
02/12/2013
27/06/2014
179
21h15
Autor principal
16/10/2017
18/05/2018
185
21h15
Autor principal
07/01/2019
22/03/2019
55
22h30
Autor principal
17/01/2022
01/07/2022
143
21h15
Autor principal
 
 
OUTRAS FUNÇÕES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Fera Radical
24/06/1991
14/02/1992
203
18h15
Colaborador
O Outro
13/12/1993
08/07/1994
179
21h15
Colaborador
O Dono do Mundo
16/02/1998
02/10/1998
197
21h15
Autor
12/07/2010
26/03/2011
221
21h15
Colaborador
10/10/2016
24/03/2017
143
19h30
Supervisão
26/04/2021
19/11/2021
179
19h30
Supervisão
27/06/2022
13/01/2023
173
19h40
Supervisão
 
 
REPRISES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
24/02/2020
10/07/2020
119
15h15
Autor principal
11/01/2021
11/06/2021
131
16h45
Autor principal
12/06/2023
17/11/2023
137
17h00
Autor principal
13/05/2024
18/10/2024
137
17h00
Autor principal

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