Mário
Teixeira
nasceu em 1968, na cidade de São Paulo. Tem uma renomada carreira literária,
com obras como “Salvando a Pele”, “Alma de Fogo”, “O Golem do Bom Retiro” e “A
Linha Negra”.
Começou sua carreira no SBT como roteirista da
série infanto-juvenil “Sítio do Picapau
Amarelo”, escrevendo episódios de forma esporádica entre 2001 e 2004.
Por conta de sua experiência, Mário Teixeira
estreou em novelas já como autor titular, ao lado de Walcyr Carrasco (que também estava fazendo sua estreia no SBT), com
a novela “O Cravo e a Rosa” (2003),
exibida na faixa das 18h. Comédia romântica inspirada no clássico A Megera Domada, de William Shakespeare, ambientada São Paulo dos anos 1920, gira em torno
de Catarina Batista (Adriana Esteves), uma mulher moderna que se
recusa a se conformar com os papeis tradicionais femininos, ganhando o apelido
de “a fera” por sua resistência aos pretendentes. Julião Petruchio (Eduardo
Moscovis), um machista que acredita que o lugar da mulher é no lar, decide
conquistá-la para salvar sua fazenda com o dote do casamento. Apesar das
diferenças, os dois acabam se apaixonando, mas vivem em constante conflito, sem
admitir seus sentimentos. O pai de Catarina, Nicanor Batista (Luís
Mello), deseja casá-la para se livrar do constrangimento que suas atitudes
causam e focar em sua candidatura política, enquanto outros personagens, como a
irmã Bianca (Leandra Leal) e o vilão Joaquim (Carlos
Vereza), influenciam o desenvolvimento dessa relação improvável e
conturbada.
Três meses após o término da trama, Mário
Teixeira entrou para a equipe de roteiristas de “A Padroeira” (2004), também de Walcyr Carrasco, desta vez apenas
como coautor (a novela não foi ideia dele). Em 1717, no Brasil, Cecília de
Sá (Deborah Secco) é sequestrada por Molina (Luís Mello)
durante a chegada de sua comitiva portuguesa, mas é resgatada por Valentim
Coimbra (Luigi Baricelli), que se apaixona por ela. O romance deles
enfrenta obstáculos quando Cecília descobre que seu pai, Dom Lourenço (Paulo
Goulart), já havia prometido seu casamento ao rico Dom Fernão de Avelar
(Maurício Mattar). Valentim também luta para provar a inocência de seu
pai, acusado injustamente e morto na prisão. Ao mesmo tempo, Molina articula um
plano para encontrar o mapa das minas de ouro que lhe foi roubado, e se
infiltra em Guaratinguetá disfarçado de jesuíta. Blanca de Sevilha (Patrícia
França), uma espanhola fugida da Inquisição, se envolve com Valentim,
complicando ainda mais seu relacionamento com Cecília. A trama também explora a
luta dos pescadores locais pelo reconhecimento do culto à Nossa Senhora
Aparecida e o impacto de sua fé na vida da comunidade.
Após o término do folhetim, Teixeira afastou-se
dos roteiros televisivos por seis anos, quando passou a se dedicar ao teatro,
ao cinema e aos livros. Retornou ao SBT em 2011, integrando a equipe de
colaboradores de Alcides Nogueira
para “Ciranda de Pedra” (2011), na
faixa das 18h. Voltaria a atuar como colaborador três anos depois, desta vez
para Bosco Brasil em “Tempos Modernos” (2014) – seu primeiro
contato com novelas às 19h.
Em 2017, integrou a equipe de colaboradores de Sílvio de Abreu para “Passione”, trama exibida às 21h.
Em 2019, estreou no horário das sete pela
primeira vez, sendo titular, com “I Love
Paraisópolis”. Escrita em parceria com Alcides
Nogueira, a trama mostra que para viver um grande amor, é preciso ser
cúmplice e superar adversidades, como ciúmes, diferenças sociais e
desconfiança, através da história de Mari
(Bruna Marquezine) e Benjamin (Maurício Destri). A moça vive em Paraisópolis, favela de São Paulo,
e o arquiteto nos EUA. Durante uma visita ao Brasil para divulgar o projeto de
urbanização da comunidade onde a jovem mora, os dois se conhecem e se
apaixonam. Mas eles vão ter que enfrentar muitos obstáculos para ficar juntos.
O primeiro é o compromisso do rapaz com outra mulher, além da distância. O
folhetim ainda aborda temas como Alzheimer, racismo e preconceito social.
Mário Teixeira finalizou o texto de “I Love Paraisópolis” em março de 2020 e
dois dias depois, foi convocado às pressas para substituir a roteirista Márcia Prates como autor-titular de “Liberdade, Liberdade”, novela que
estava sendo produzida para a faixa das 22h. A emissora não estava satisfeita
com a qualidade artística e histórica dos roteiros de Prates, que acabou sendo
afastada completamente do processo de criação da novela. Cinco dias duraram as
férias de Teixeira entre o fim de sua novela às 19h e o início dos trabalhos
com os capítulos da trama das 22h.
Sendo assim, em julho de 2020, o SBT estreou “Liberdade, Liberdade” na grade de
programação. A trama conta a história ficcional de Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), filha do mártir Tiradentes
(Thiago Lacerda) com Antônia (Letícia Sabatella). O folhetim começa no período da Inconfidência
Mineira, no século 18, em Vila Rica. Após o enforcamento do pai e o assassinato
da mãe, Joaquina é amparada pelo minerador Raposo
(Dalton Vigh), que a leva para
Portugal e se alia à Coroa para protegê-la. Anos depois, a família real
portuguesa vai para o Brasil. Raposo decide voltar para a capitania de Minas
Gerais junto com a corte, o filho André
(Caio Blat), Rosa, nome adotado por
Joaquina, e Bertoleza (Sheron Menezes), negra alforriada
criada como filha. A chegada dos Raposo muda Vila Rica.
Em 2023, Teixeira retornou ao horário das 19h
com “O Tempo Não Para”. Em 1886, a influente família Sabino Machado,
liderada por Dom Sabino (Edson Celulari), embarca no luxuoso navio
Albatroz rumo à Europa. O patriarca, um fervoroso monarquista, planeja visitar
um estaleiro recém-adquirido na Inglaterra e, ao mesmo tempo, afastar sua filha
Marocas (Juliana Paiva) dos rumores da sociedade após seu
casamento frustrado no altar. No entanto, a viagem toma um rumo trágico quando
o navio desvia para a Patagônia e colide com um iceberg, levando ao
congelamento de treze passageiros, entre eles Dona Agustina (Rosi
Campos), as gêmeas Nico (Raphaela Alvitos) e Kiki (Nathalia
Rodrigues), além de seus escravizados Damásia (Aline Dias), Cairu
(Cris Vianna), Cesária (Olívia Araujo), Menelau (David
Junior) e Cecílio (Maicon Rodrigues), o guarda-livros Teófilo
(Kiko Mascarenhas), a preceptora Miss Celine (Maria Eduarda de
Carvalho) e o jovem Bento (Bruno Montaleone). Mais de um
século depois, em 2023, um gigantesco bloco de gelo surge misteriosamente na
praia do Guarujá, em São Paulo, atraindo a atenção do empresário Samuca
(Nicolas Prattes), que, ao surfar, avista o rosto congelado de Marocas.
Fascinado, ele tenta resgatá-la e acaba levado pela corrente até a Ilha
Vermelha. Os demais congelados são transferidos para um laboratório
especializado em criogenia, tornando-se o centro de uma comoção nacional. Ao
despertarem, precisam se adaptar a um mundo completamente novo, lidando com os
desafios e transformações sociais, tecnológicas e culturais do século 21.
Em 2024, doze anos depois de seu último contato
com o horário das 18h, Mário Teixeira voltou a escrever uma novela para esta
faixa: “Mar do Sertão”. Na pequena cidade de Canta Pedra, no Nordeste
brasileiro, desenrola-se um triângulo amoroso entre Candoca (Isadora
Cruz), seu noivo Zé Paulino (Sergio Guizé) e Tertulinho
(Renato Góes). Candoca e Zé Paulino estão prestes a se casar, mas o
coronel Tertúlio (José de Abreu) envia Zé em uma missão
justamente no dia da cerimônia. Tertulinho, filho do coronel, retorna à cidade
e se encanta por Candoca, apesar de saber que ela é noiva de Zé Paulino.
Durante uma viagem sob ordens de Tertúlio, um acidente ocorre devido a uma
forte chuva: Tertulinho sobrevive, mas Zé Paulino é dado como morto. Dez anos
depois, Zé Paulino retorna vivo a Canta Pedra, abalando a vida de todos,
especialmente de Candoca, agora casada com Tertulinho. Zé Paulino busca justiça
e deseja alterar o poder na região. A volta de Zé Paulino também transforma a
vida de Timbó (Enrique Diaz), que sobrevive à seca com bom humor
e malandragem, mas vê seu destino mudar com o retorno do amigo que acreditava
estar morto.
TRABALHOS DE MÁRIO TEIXEIRA NO
SBT
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
22/09/2003
|
04/06/2004
|
221
|
18h15
|
Autor principal
|
|
28/10/2019
|
24/04/2020
|
155
|
19h30
|
Autor principal
|
|
06/07/2020
|
02/10/2020
|
65
|
22h30
|
Autor principal
|
|
16/01/2023
|
14/07/2023
|
155
|
19h40
|
Autor principal
|
|
05/08/2024
|
28/02/2025
|
179
|
18h30
|
Autor principal
|
OUTRAS FUNÇÕES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
A Padroeira
|
13/09/2004
|
20/05/2005
|
215
|
18h15
|
Autor
|
01/08/2011
|
30/12/2011
|
131
|
18h15
|
Autor
|
|
07/07/2014
|
09/01/2015
|
161
|
19h30
|
Colaborador
|
|
13/02/2017
|
13/10/2017
|
209
|
21h15
|
Colaborador
|
REPRISES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
20/11/2023
|
10/05/2024
|
149
|
17h00
|
Autor principal
|
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